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sexta-feira, 30 de maio de 2008

Na Cidade

no Brasil a miséria é um negócio que rende bilhões

A cidade é esse espaço de vida e morte, de ordem e caos, de idas e vindas, de multidões e ao mesmo tempo solidão, do calor do sol no asfalto e da frieza nos corações. Nas últimas décadas as cidades brasileiras representaram esperança para famílias do campo que migraram em massa. As cidades tornaram-se metrópoles. O crescimento desordenado inchou a periferia. Miséria, abandono, drogas, exploração sexual, criminalidade, desemprego e todo tipo de problema social foi recebido com certa complacência pelos dirigentes públicos e poderosos das cidades. Sob a justificativa do desenvolvimento, todo tipo de programas e produtos de consumo encontrou mercado. Hoje, no Brasil a miséria é um negócio que rende bilhões. O desmatamento na Amazônia, a seca no nordeste e as favelas jamais poderão ter fim, pois servem de justificativa para alimentar cofres sem fundo de tiranos vorazes e insaciáveis. Tiranos que manobram o poder político e comandam a direção ideológica da grande mídia.

O templo de Ártemis na antiga cidade de Éfeso (Atos 19) foi uma das sete maravilhas do mundo antigo. O templo dava muito lucro. Muita gente passava por ali levavando algum suvenir de lembrança. A idolatria geralmente tem dimensões ignoradas por grande parte do povo. Uns poucos se beneficiam. São os promotores de um ídolo que a grande massa segue num fanatismo obscurantista e ignorante. A sinceridade da busca humana por Deus e por condições melhores de vida representa prato cheio a quem não tem escrúpulos para tirar disso algum proveito.

Depois de alguns poucos anos de anúncio corajoso de um Evangelho libertador, as coisas em Éfeso já não eram mais as mesmas. Um dos grandes parasitas da sociedade dos efésios se levanta num discurso ao povo: “Senhores, vocês sabem que temos uma boa fonte de lucro nesta atividade e estão vendo e ouvindo como este indivíduo, Paulo, está convencendo e desviando grande número de pessoas aqui em Éfeso e em quase toda a província da Ásia. Diz ele que deuses feitos por mãos humanas não são deuses” (Atos 19. 25, 26). Ou, que deuses produzidos nos corações humanos não são deuses. E qual foi a reação do povão? “Grande é a Ártemis dos efésios!” E hoje, como reage a ‘opinião pública’ diante dos eloqüentes discursos do deus mercado? “Todos contra a AIDS”; “Abaixo ao preconceito”; “Deixa o homem trabalhar”; “Salve Rainha”; “Roubou, mas fez”; “deus nos fez cabeça e não cauda”; “Jesus é 10, Jesus é 10”; “Aleluia”; “Viva a modernidade”; “Tudo pelo desenvolvimento”.

Na época, as ruas, praças e os templos eram lugares onde os oradores tinham acesso ao povo. Hoje a TV, rádio, revistas e jornais encontram uma tribuna de honra dentro das nossas próprias casas para manobrar as nossas mentes como bem entendem!

domingo, 25 de maio de 2008

Entre Dois Senhores

quem se utiliza da religião para obter lucro ou qualquer outro benefício
irá sempre se opor ao anúncio da Palavra de Deus

Com a chegada do Apóstolo Paulo e seus amigos anunciando o Evangelho na cidade de Éfeso, algumas coisas começaram a mudar. Muitos vêem suas fontes de lucro ameaçadas. Por isso, quem se utiliza da religião para obter lucro ou qualquer outro benefício irá sempre se opor ao anúncio da Palavra de Deus. O amor gracioso de Deus é libertador e comunitário. Jesus jamais tolerou que o templo ou o nome de Deus fossem utilizados para proveito individual, ou, para alguém alcançar posição de poder ou obter maiores rendimentos financeiros.

O Evangelho liberta as pessoas da sede por riquezas e bens materiais, liberta da escravidão aos ídolos e da dependência por objetos sagradas. Um enorme mercado religioso se cria em torno da idolatria, da alienação causada pelo pecado, da exploração da boa fé das pessoas. E, quando o Evangelho chega decretando o fim de toda dependência, verdadeiros principados e potestades sentem-se ameaçados no seu poder escravizador. A oposição a Cristo então se levanta. Surgem as ameaças, as intimidações, os boicotes, pessoas inescrupulosas tentando de todas as maneiras resguardar a sua fonte de segurança.

Essa dependência nós também encontraremos nas igrejas cristãs. Muitos dependem do seu ministério, de um cargo de liderança, de um serviço que prestam para, assim, sentirem-se úteis e importantes. Encontram na estrutura da igreja a oportunidade de status e poder. Logo, o serviço deixa de ser o amor ao próximo para ser algo que trás algum mérito pessoal: reconhecimento, elogios, gratificações, oportunidade de decidir sobre a vida das pessoas, a chance de freqüentar certas rodas, algo para ocupar o tempo e o coração vazios... Vive-se dentro da estrutura eclesiástica, aparentemente tão perto de Deus, porém, ao mesmo tempo, tão longe. Aquilo que deveria ser o ambiente comunitário de amor e liberdade no reino de Deus acaba se transformando numa arena de disputas de poder entre egos inflamados. Então, também ali, o Evangelho que deveria ser algo natural e bem vindo, passa a ser ameaça. O Cristo é imobilizado e ignorado. O Evangelho que me desestabiliza, que ameaça a minha segurança física, emocional, social e financeira, não é bem vindo.

Todo esse contexto de idolatria que alimenta a indústria religiosa, seja hoje ou no tempo da antiga cidade de Éfeso, me lembra as palavras de Jesus no sermão da montanha onde Ele diz que “ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mateus 6. 24). Dois senhores: Um é Deus. E o outro? Não se trata de uma estátua ou qualquer imagem, um objeto, uma pessoa em si, um local, algum templo... Todas essas coisas são apenas manifestações físicas. São as formas que encontramos para simbolizar o deus a quem servimos.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

A Cidade no Propósito de Deus

Éfeso se assemelha em muito com nossas cidades pós-modernas

Na época do antigo império romano existia na Ásia uma cidade chamada Éfeso. É onde atualmente fica a Turquia. Éfeso era a mais importante cidade comercial da Ásia Menor, capital da Ásia provincial e protetora do templo de Ártemis (a deusa romana Diana). Todos se orgulhavam dos impressionantes monumentos históricos da cidade. O templo de Ártemis se destacava. A moeda local tinha esculpido ‘Guardiã do templo’, pois era assim que a cidade era conhecida. Esse templo era na época, uma das sete maravilhas do mundo. Éfeso era uma das mais famosas e populosas cidades da Ásia. Tinha uma população de cerca de 350 mil habitantes. Sua localização estratégica próximo ao Mar Egeu fez com que a cidade se tornasse importante rota comercial graças ao grande porto em torno do qual a cidade se organizou. O seu teatro comportava 25 mil pessoas sentadas. A cidade era também orgulhosamente chamada de ‘A Luz da Ásia’.

Guardadas as devidas proporções, principalmente as diferenças culturais e históricas, Éfeso se assemelha em muito com nossas cidades pós-modernas. Cidades de médio porte, com muito comércio, exploração, imperialismo, religiosidade de todos os tipos, gente procurando se dar bem a qualquer preço, miséria, orgulho de um passado que não volta mais, o povão servindo como massa de manobra aos políticos e poderosos sem escrúpulos, etc... Num contexto assim, tudo que possa ameaçar as forças opressoras que estão levando vantagens terá que ser eliminado (ou comprado). Só para ficar em um exemplo, O templo de Ártemis em Éfeso dava lucro. Muita gente passava por ali e levavam algum suvenir de lembrança. As miniaturas do templo confeccionadas em prata vendiam como água no deserto. O povo consome objetos sagrados de uma forma impressionante! Inúmeros templos se multiplicam até hoje nesse ramo de negócios que rende milhões.

A coisa em Éfeso começou a esquentar quando um certo Paulo chegou acompanhado de uns amigos ensinando algumas coisas diferentes. Paulo entrou na sinagoga e ali falou com liberdade durante três meses, argumentando convincentemente acerca do Reino de Deus” (Atos 19. 8). Como muitos se opuseram, Paulo alugou uma escola e ali passou mais dois anos ensinando. A partir desse trabalho de Paulo muita coisa começou a mudar na cidade: pessoas foram libertas, curas e milagres aconteceram, muitos abandonaram as práticas antigas, houve confissão e arrependimento, famílias eram reestruturadas, enganadores e aproveitadores foram desmascarados, livros, amuletos e todo tipo de material sobre ocultismo foi queimado e o nome de Jesus era engrandecido. O Evangelho libertador de Jesus trouxe transformação. Inevitavelmente, para alguns, os negócios começavam a piorar. Pois é, o Evangelho não tem muito a ver com negócios e comércio...!

sábado, 17 de maio de 2008

Jesus no Templo

Não abandone a igreja, nem por descuido nem por negligência

Ainda hoje Igreja é confundida com denominação, religião e principalmente o templo. A figura do templo foi bem forte na época anterior a Jesus Cristo. Mesmo depois de Cristo e seus primeiros discípulos terem ensinado que a Igreja são as pessoas que formam a comunidade de fé, muitos ainda a confundem fortemente com instituições e prédios específicos. Os templos hoje deveriam ser lugar onde a igreja se reúne para orar, adorar e celebrar o amor de Deus. Um espaço também de comunhão entre os irmãos na fé. Richard Wurmbrand no livro "Alcançando as alturas" explana sobe o episódio onde Jesus entra no templo e expulsa os mercenários. A casa de oração não deveria ser conhecida como um covil de ladrões e mercenários.

Muitos cristãos estão insatisfeitos com as suas igrejas. Isto era de se esperar em vista do trabalho de autodemolição que bispos e pastores sem fé tem feito na igreja. Será que Jesus chamaria essas igrejas modernas de "covis de ladrão"? Ou, talvez, ‘agencia de mercenários’? Quantos "ladrões" havia na casa de oração? Alguns dos mais altos líderes do templo eram desonestos e traziam má reputação para o templo. Mas no meio dos sacerdotes e do povo em geral havia muitas pessoas consagradas. Zacarias, um sacerdote, e sua esposa, Isabel, pais de João Batista, "ambos eram justos diante de Deus". Eram justos no covil de ladrões. Simeão, movido pelo Espírito foi ao templo (ao covil de ladrões). Portanto, o Espírito Santo trabalha nos templos (na Igreja), mesmo quando eles se tornam em covis de ladrões.

Um publicano (agente cobrador de impostos a serviço do imperialismo romano) foi ao templo, ao "covil de ladrões", e não teve coragem de continuar na sua vida de pecado. Ao contrário, batia no peito, dizendo, "Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador". Este homem desceu justificado para sua casa (Lucas 18. 13).

Portanto, um homem pode achar a salvação até mesmo num templo que se deteriorou ao ponto de se tornar covil de ladrões. Mas, as exceções não impediram Jesus de se indignar e entrar no templo para purificá-lo. O templo judeu não era uma igreja morta ou apóstata. Era um covil de ladrões que o Messias não tinha abandonado, aonde ele ia adorar, onde os rituais ordenados por Deus eram realizados, onde a lei podia ser cantada e onde havia muitos santos.

Procure os santos da sua igreja também. Não abandone a igreja, nem por descuido nem por negligência. Melhor ainda, seja um santo. Deixe que Deus faça de você um instrumento de purificação da Igreja dos nossos dias.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

O Deus Que Frustra

Como está a nossa busca espiritual?

Após a ressurreição, Jesus encontra os discípulos tristes, com medo, chorando. Ele censura a incredulidade e o coração endurecido dos onze. É assim! Muitas vezes a vontade de Deus nos choca, e, até nos frustra. A nossa vontade geralmente está fora da sintonia da vontade de Deus. Nossos desejos e tendências são contrários aos propósitos de Deus. O pecado faz-nos resistentes ao seu amor e à sua graça. Quando a minha vontade é diferente da vontade de Deus o resultado pra mim será sempre frustração. Eu esperando ganhar uma bicicleta e Deus me dá um livro; Eu preocupado comigo mesmo, em satisfazer as minhas vontades e Deus dizendo ‘ame o seu próximo’. Os discípulos esperavam que Jesus tomasse o poder de Roma e, no entanto, vêem seu mestre ser crucificado.
É por isso que a igreja, ou gera frustrados ou atende as vontades de cada um e vai se distanciando da vontade de Deus. A igreja do mercado usa a lógica do Marketing: dar aquilo que o consumidor deseja – satisfação das vontades do cliente! Fazem de Deus um produto ao gosto das vontades de cada cliente. Já a igreja de Jesus Cristo que tem por objetivo implantar o Reino de Deus caminha por outra lógica: Ela anuncia a Palavra e a vontade de Deus, mesmo que isso não dê IBOPE. Pois o reino de Deus é onde a vontade de Deus prevalece! Quando todos querem satisfazer apenas as suas próprias vontades temos o reino de satanás! Como está a nossa busca espiritual? Temos experimentado frustração? A Palavra de Deus incomoda, exorta, desafia? Se diante da vontade de Deus eu vejo as minhas próprias vontades desafiadas e contrariadas, então estou no caminho certo. Um evangelho ‘água com açúcar’ que fica tentando ajeitar as coisas para que todos tenham as suas vontades satisfeitas não é o Evangelho de Jesus Cristo.
“Jesus apareceu aos Onze enquanto eles comiam; censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração” (Marcos 16. 14). Ah! Como eu preciso sempre de novo da repreensão de Jesus! A minha natureza egocêntrica sempre de novo me lança na incredulidade petrificando o meu coração. Um coração de pedra já não se deixa exortar, corrigir, aconselhar... O rebelde desconhece a fé. O critério, a referência não é Deus ou a sua vontade. O EU é a referência: Meus gostos, Meus interesses, Minhas vontades.
A rebeldia não aceita nenhuma autoridade: Deus é visto como um estraga prazeres, alguém que está sempre querendo se meter na minha vida. Aceitar a exortação de Jesus que revela a vontade de Deus significa ser desafiado: desafiado a viver para o outro; desafiado a amar e colocar os interesses do outro acima dos meus próprios interesses; Jesus me desafia a viver uma igreja onde Ele é Senhor. A vontade de Deus incomoda, pois o meu ego precisa ser desinstalado para dar lugar ao Senhorio de Cristo sobre a minha vida.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Stop

Entre os dias 07 e 10 de maio estarei no Mosteiro São Bento em Vinhedo/SP. Acredito que essa parada será importante nesse período de mudanças...
O PGM é um programa de mentoria espiritual e discipulado que tem sido muito importante para vários líderes cristãos desde o seu início. São dias de paz, quietude, amizade, e muita Lectio Divina!


Como a corça anseia por águas

correntes,

a minha alma anseia por ti,

ó Deus.

A minha alma tem sede de Deus, do

Deus vivo.

Quando poderei entrar

para apresentar-me a Deus?

(Salmo 42. 1, 2)



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