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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Política se discute?

Ou se aceita e pronto!?

Um dos livros pouco explorados no Antigo Testamento bíblico é Juízes. O texto relata o período que vai da morte de Josué (sucessor de Moisés) até a unção de Saul como o primeiro rei de Israel. Neste período Israel não era organizado politicamente nem socialmente como nação. Viviam como tribos que cultivavam a terra e criavam rebanhos.

 Juízes relata acontecimentos envolvendo o povo de Israel durante um período em que eles ainda não eram uma monarquia. A autoridade dos juízes, na maioria das vezes, limitou-se a áreas específicas. Eles não foram reis, mas, heróis locais que livraram porções do território de Israel dos seus opressores estrangeiros. Um famoso Juíz em Israel foi Gideão. Sua trajetória ficou marcada por sua recusa ao oferecimento de ser rei em Israel.

Eram tempos difíceis, de muito conflito, guerras e morte. Se Gideão repeliu o desejo do povo de fazê-lo rei, o mesmo não aconteceu com seu filho ilegítimo Abimeleque. Para isso, ele encomendou a morte de todos os demais descendentes de Gideão que poderiam representar alguma ameaça aos seus planos. De um total de setenta, apenas Jotão conseguiu escapar da chacina. Abimeleque não pode ser considerado o primeiro rei de Israel, uma vez que seu domínio se estendeu apenas sobre algumas poucas aldeias e povoados ao redor. A monarquia em Israel seria estabelecida somente mais tarde com Saul, Davi e Salomão.

Jotão, o filho caçula de Gideão que havia escapado à matança, decide então compor uma parábola ou alegoria que ilustrava o que havia acontecido. Do topo de um monte ele surge declamando sua fábula com o objetivo de advertir o povo contra o reinado de seu cruel irmão Abimeleque: “Certo dia as árvores saíram para ungir um rei para si. Disseram à oliveira: ‘Seja o nosso rei!’ A oliveira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu azeite, com o qual se presta honra aos deuses e aos homens, para dominar sobre as árvores?’ Então as árvores disseram à figueira: ‘Venha ser o nosso rei!’ A figueira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu fruto saboroso e doce, para dominar sobre as árvores?’ Depois as árvores disseram à videira: ‘Venha ser o nosso rei!’ A videira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu vinho, que alegra os deuses e os homens, para ter domínio sobre as árvores?’ Finalmente todas as árvores disseram ao espinheiro: ‘Venha ser o nosso rei!’ O espinheiro disse às árvores: ‘Se querem realmente ungir-me rei sobre vocês, venham abrigar-se à minha sombra; do contrário, sairá fogo do espinheiro e consumirá até os cedros do Líbano!’” (Juízes 9. 8 – 15).

sábado, 27 de setembro de 2008

Antes só...

Antes só do que mal acompanhado. Não seria esse ditado somente mais uma desculpa fácil de quem quer se livrar de alguém? Não existe a companhia perfeita. O amor existe exatamente por causa disso. Fôssemos todos perfeitos e agradáveis talvez nunca tivéssemos ouvido falar de amor. Errar é humano. Ninguém é perfeito. Essas duas últimas frases também são ditados populares, no entanto, revelam verdades. Estar com alguém significa estar com uma pessoa falha, imperfeita, limitada, frágil, carente por aceitação, cuidado e carinho. Vivemos um tempo de banalização das palavras. Muito se expressa, mas, poucas pessoas ainda se importam com o significado das palavras.

Amor, amizade, sexo, lascívia, paixão, atração... A confusão é grande. As pessoas sentem atração e acham que é paixão. Possuem um sentimento lascivo e acreditam estar amando. Chamamos uma relação sexual de fazer amor. E assim, tudo é normal e aceitável. Quem ainda compreende o que significa ‘amar o próximo como a si mesmo’?. Será que amor sempre envolve sexo? Será que uma verdadeira relação de amizade não é baseada no amor sincero? Será que as pessoas ainda se encontram?

Atribui-se a Nelson Rodrigues a frase “todo amor é eterno. Se não é eterno, não era amor”. Mário Quintana teria dito que “a amizade é um amor que nunca morre”. Vinicius de Moraes, por sua vez, ao falar do amor concluiu: “que seja infinito enquanto dure”. Detalhe: Vinicius casou-se pelo menos nove vezes. E assim, as circunstâncias ajudam a modelar nossas verdades. Nossas crenças influenciam a maneira como vamos escrevendo a nossa parte da história.

E você, o que prefere, a solidão ou o estar mal acompanhado? Quem de nós gostaria de passar os últimos anos da vida sozinhos? Filmes como O Náufrago e Robinson Crusoé revelam o dilema de quem se vê perdido e sozinho numa ilha. Em o Náufrago o personagem principal improvisa um amigo pintando um rosto numa bola. Robinson Crusoé passa anos sozinho até que encontra um nativo com quem vivencia vários conflitos até que se tornam amigos. Se o ser humano encontra dificuldades para conviver com outras pessoas, a solidão parece ainda mais indesejável. Atualmente estima-se que nos Estados Unidos da América exista um cachorro por domicílio. Logo, antes um animalzinho do que estar mal acompanhado.

A solidão só terá fim quando o valor de dois gestos fundamentais forem compreendidos e praticados: ouvir e perdoar. Quem descobre essa arte verá que é melhor estar mal acompanhado do que sozinho. O ser humano se sente incompleto quando vive só. Nós não fomos projetados para sobrevivermos muito tempo no isolamento. Até mesmo o sábio autor de Eclesiastes já dizia que “é melhor ter companhia do que estar sozinho” (Eclesiastes 4. 9).

Leia também O ANEL QUE TU ME DESTE de Ed René Kivitz.

 

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

1976:

Steve Jobs e Steve Wozniac lançam a Apple

Acontecem os Jogos Olímpicos de Montreal, Canadá

O Internacional vence o Campeonato Brasileiro de futebol

James Hunt é campeão mundial de Fórmula 1

Salvador Dalí pinta 'Gala Contemplating the Sea'

Com gol de Joãozinho aos 43 do segundo tempo, o Cruzeiro vence o River Plate da Argentina e de igual maneira conquista a Taça Libertadores da América pela primeira vez

Fidel Castro torna-se presidente da república de Cuba

O punk rock se torna um movimento musical de grande repercussão nos EUA e Inglaterra, a partir das bandas Ramones e Sex Pistols.

Lançamento dos filmes Carrie, a Estranha; Rocky, Um Lutador;

Falecem: Juscelino Kubitschek, 24° Presidente do Brasil; Mao Tse-Tung , político República Popular da China; Di Cavalcanti, pintor Brasileiro; João Goulart , 27º Presidente do Brasil

Nascem: Colin Farrell, actor irlandês; Simony, cantora e de igual maneira apresentadora de televisão brasileira; Gustavo Kuerten, tenista profissional do Brasil; Ronaldo Nazário, jogador brasileiro de futebol e, muitos anônimos mundo a fora, inclusive eu.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Ladrão que rouba ladrão...

A lógica do toma lá dá cá. A justiça do devolver na mesma moeda. Se eu ‘me dei mal’, porque não posso me vingar nem que seja em outra pessoa? O referido ditado está entre mais uma daquelas mentiras que os seres humanos contam. O jeitinho brasileiro já é internacionalmente conhecido. O povo critica os políticos corruptos e, assim, revela toda a sua incoerência. Nossos governantes são escolhidos por um povo que acredita que ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão. Logo, temos na política um reflexo da nossa cultura: o esperto tentando levar vantagem em tudo. Se é a ocasião que faz o ladrão, como poderíamos julgar aqueles que não resistem às tentações!? A ocasião é mais forte! A culpa é do sistema! Assim, vamos eximindo o ser humano da sua responsabilidade.

Essa questão é tão evidente no Brasil que atitudes que deveriam ser normais ganham destaque na mídia. Se alguém encontra uma considerável quantia em dinheiro e devolve para o dono, logo se tornará herói nacional. No fundo, pensamos: ‘é um trouxa!’ Mas, não fica bem explicitar as verdadeiras intenções. Observamos calados tentando entender o que leva alguém a abrir mão de tal oportunidade! O governo rouba da gente, que mal faz me aproveitar de alguns objetos da repartição? Os comerciantes roubam nos preços, qual o problema em ficar quieto e guardar o troco que foi passado a mais? Já comprei o carro com problemas, tenho o direito de passá-lo adiante sem dizer toda a verdade! E assim, todo mundo vai dando um jeito!

Toda generalização é burra. Inclusive essa. Acredito sim na integridade, honestidade e sinceridade. Conheço pessoas que ainda cultivam esses valores. Mas, se antes era vergonhoso, anormal, desrespeitoso agir desonestamente, hoje as coisas se inverteram. É quase uma contravenção social ser íntegro, honesto e sincero. As pessoas te olham estarrecidas, mudas diante do incompreensível. Na internet já é possível encontrar testes para medir seu grau de honestidade. Rejeitar o gabarito antes de um teste, assumir que cometeu a falta num jogo coletivo, não fugir do local do acidente e assumir a responsabilidade pelo erro, devolver o troco a mais, rejeitar suborno, etc. Infelizmente são atitudes cada vez mais raras!

Os ditados populares revelam muito dos nossos padrões mentais. São eles que definem as nossas crenças e, conseqüentemente, a sociedade que construímos. Biblicamente falando, a conversão significa uma mudança de vida. Depende da crença que estamos deixando e da nova que vamos abraçar. Não basta mudar o rótulo. Não se trata somente de um novo jeito de se vestir. Tudo começa na mente: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa mente” escreveu o Apóstolo Paulo (Romanos 12. 2).

domingo, 7 de setembro de 2008

Burro Velho...

O que alguém estaria querendo dizer com o ditado Burro velho não perde a mania? Ou cachorro velho não aprende truque novo? Se a maneira como pensamos determina o modo como vivemos, quais seriam os valores por trás de ditados populares como estes? Trata-se da mesma crença que produziu também o ditado pau que nasce torto nunca se endireita (morre torto). Em outras palavras: não adianta nem tentar; nasceu assim vai morrer assim; se não aprendeu quando era jovem, agora não aprende mais; pessoas que passaram dos quarenta anos de idade não precisam mais tentar estudar, nem para trabalhar servem mais...

Você costuma utilizar esse tipo de ditado no dia-a-dia? Já parou para pensar qual é o tipo de sociedade que crenças assim acabam gerando? Tudo aquilo que nós fazemos, os valores e princípios que regem a nossa vida, começam a se formar em nossa mente. São fruto daquilo em que nós acreditamos. Vivemos numa época onde tudo é relativo e a verdade é aquela em que você optou por acreditar. Esse espírito acaba gerando confusões e distorções incríveis. Uma sociedade injusta e aquém daquilo que poderia ser resulta das mentiras que aceitamos como verdade. Assim como existem ditados populares que transmitem sabedoria e verdade, existem também aqueles que transmitem mentiras e ignorância. Vai depender daquilo em que a pessoa acredita. Você concorda mesmo que um ser humano não pode mais mudar depois que passa de certa idade? Pare um pouco e reflita sobre as crenças por trás dos ditados acima. Que tipo de comportamentos essa maneira de ver o mundo acaba gerando? Você acredita mesmo nisso?

É certo que uma pessoa vai encontrando maiores dificuldades e limitações a medida que vai envelhecendo. Mas, isso significa que devemos desistir delas? Significa que vão tornando-se inúteis para a sociedade? Será que eu também estou me aproximando da idade em que vou estacionar? Recuso-me a acreditar nisso. O potencial humano é algo simplesmente fantástico. Poder de superação, criatividade, capacidade para se adaptar... A aposentadoria jamais deveria ser algo reconhecido como entrar na inatividade. Ninguém sobrevive muito tempo sem fazer nada. Quem de nós não conheceu alguém ou ouviu notícia de pessoas que passaram dos setenta, oitenta anos de idade e concluíram uma faculdade ou recém começaram a estudar? São pessoas que não aceitam as mentiras impregnadas na cultura dominante. O ser humano é livre para acreditar naquilo que desejar. E, dependendo da sua crença, vai ser mais ou menos feliz, vai desenvolver culturas mais ou menos evoluídas, vai produzir mais ou menos qualidade de vida... Eu jamais vou querer subestimar um ‘burro velho’!

 

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Filho de Peixe...

Alguns ditados populares podem ser mentirosos. Tão mentirosos que chegam a ser cruéis. O que dizer dos ditados que revelam um determinismo conformista como ‘filho de peixe peixinho é’!? Ou, ‘tal pai tal filho’! ‘Pau que nasce torto nunca se endireita (morre torto)’. Imagine os danos que pode causar a alguém crescer ouvindo essas mentiras! São palavras que revelam as crenças que estão incutidas numa sociedade. Poucas pessoas se conscientizam do quanto de nossas atitudes e comportamentos são o resultado das nossas crenças mais profundas.
De acordo com o ditado ‘filho de peixe peixinho é’ ou ‘tal pai tal filho’, os filhos estão condenados a ser uma réplica dos seus progenitores. Será que todo filho de pai alcoólatra será um alcoólatra? Seria mesmo verdade que todo aquele que tem pai íntegro e honesto vai refletir na vida esses mesmos valores? Uma mãe ausente e desequilibrada vai necessariamente determinar que sua filha seja igualmente problemática? Os filhos de uma pessoa sensata, regrada e econômica serão também comedidos nas decisões e administração financeira? Quem de nós nunca ouviu ou mesmo pronunciou a frase ‘nem parece que é filho de fulano’!?
A crença por trás de mentiras aceitas como esta, impede as pessoas de lutar por mudança. Paralisam toda e qualquer intervenção que possa influenciar a ética, o comportamento e poder de iniciativa das pessoas. Alguém ouve falar de um adolescente que cometeu seu primeiro furto e já vai largando: ‘Ah, esse aí teve a quem puxar, olha o pai, já foi preso várias vezes!’ Assim, nos conformamos com um futuro que parece inevitável, dadas as circunstâncias presentes. Com isso, não estamos dizendo que o exemplo dos pais não exerça influência na vida e educação dos filhos. Muito pelo contrário. Porém, não é determinante a ponto de considerarmos que os filhos automaticamente serão iguais a seus pais em tudo no que diz respeito a valores, princípios, atitudes e comportamentos. Mudar é algo inerente às características do ser humano. Mesmo que eu sinta fortes inclinações a reproduzir distorções de caráter do meu pai, existe a possibilidade de fazer diferente.
Filho de peixe, peixinho é. Esse ditado pode se aplicar ao mundo animal. Ou, se considerado às espécies: filho de ser humano, ser humano é. O que passar disso é mentira. E, acreditar nessa mentira pode acabar fazendo dela uma verdade. Quando alguém acredita que assim está determinado, dificilmente vai buscar forças para ser diferente. Eu posso não ser melhor e nem pior do que foi o meu pai. Mas, com certeza, eu não sou ‘peixinho’.

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