Uma das mensagens que praticamente desapareceu no anúncio das igrejas evangélicas nos últimos tempos é aquela que fala sobre a volta de Jesus Cristo. Talvez seja o reflexo de um mundo imediatista e materialista que, cada vez mais, vem perdendo a dimensão do eterno. Na busca desesperada por se viver tudo hoje, aqui e agora, as pessoas cada vez menos dão importância para o amanhã. Sem esperança a humanidade também evita os assuntos que lembrem o fato de que um dia terão que encarar a morte. A morte é cada vez mais evitada, escondida, prorrogada. A ressurreição vem deixando de fazer parte das perspectivas humanas. Para a Igreja de Corinto Paulo escreveu que “se os mortos não ressuscitam, ‘comamos e bebamos, porque amanhã morreremos’. Não se deixem enganar: ‘As más companhias corrompem os bons costumes’” (I Co 15. 32). Poderíamos nos perguntar quem ou o quê vem nos corrompendo?
Um dos livros bíblicos mais lembrados quando se fala na volta de Cristo ou no final dos tempos é o Apocalipse. A questão em Apocalipse é a grande confusão, os mitos, o sensacionalismo que se criou em torno desse livro. Hoje é fácil ouvir nas igrejas coisas sendo repetidas como verdades, mas que sequer encontramos no livro do Apocalipse. Livros e filmes ajudam a aumentar ainda mais a confusão. Poucos separam hoje o que é realidade daquilo que é ficção. Identificar o que é de fato autoria bíblica e o que é devaneio da cabeça de autores e diretores bem como de líderes religiosos inescrupulosos ou desavisados, exige um pouco de estudo e discernimento.
Depois da mensagem às sete igrejas, o livro do Apocalipse apresenta um simbolismo com figuras e personagens que podem amedrontar. Isso se acentua ainda mais quando não nos preocupamos em obter um conhecimento mais integral da Bíblia. A literatura de linguagem fácil e romanceada bem como os filmes com todas as suas imagens, suspense e ação, prendem muito mais a atenção das pessoas. E, é daí que muitos tiram as suas conclusões e elaboram as suas opiniões. O resultado é a perpetuação de um senso comum que vai gerando idéias tomadas como verdades sem que nos demos conta disso. Logo estaremos defendendo com unhas e dentes idéias e opiniões que sequer sabemos de onde vieram. E, o que é pior, não possuem nenhuma sustentação na realidade. O resultado final será uma crença popular distorcida e equivocada com relação à intenção original dos autores bíblicos. O que ajuda a explicar o tipo de igreja e de cristãos que muitas vezes não conseguem dar o testemunho que Jesus viveu e ensinou.
Um comentário:
Paz,
Irmão Rodomar,seu texto além de ótimo ,muito oportuno ,nós nem podemos achar (rsrsrsr)na verdade temos certeza que as coisas são assim mesmo,estamos vivendo tempos difíceis,onde a busca não é por salvação,é por resultados imediatos de solução de problemas,a eternidade não é assunto atrativo,não enche os bancos das igrejas,a cruz não é mensagem agradável,pois,querem ouvir o que gostam,não o que precisam,e a mídia tem se divertido,mergulhado em milhões,resultado de um povo que está longe da verdade, mas bem abraçado com o engano lamentavelmente.
A volta do nosso Salvador é assunto que nos faz lembrar de nossos pecados,de arrependimento,de ter temor,e amar a sua vinda não é algo que interesse aos que estão buscando as glórias do mundo.
Mas,o tempo está próximo,é bom a igreja despertar desse sono ,antes que seja tarde.
Paz e graça,que o Eterno o abençoe,o texto anterior também está uma benção!
Abraço em Cristo!
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