Existem muitos livros e vários tipos de mensagens procurando despertar a atenção do público com títulos que prometem revelar algum grande segredo para o sucesso. Não passam, em sua maioria, de tentativas para destacar-se em meio a uma era saturada de informações. Infelizmente, também muitas igrejas caem na tentação de reduzir a sua mensagem às técnicas de marketing. Por outro lado, haveria ou não algo de essencial para a vida cristã? Qual seria "o segredo" de uma vida cristã bem sucedida? Arrisco-me a apontar três questões.
1. Meditação: não se trata de nenhum tipo de meditação transcendental como tantas outras. Não tem nada a ver com um mero esvaziar-se. A meditação cristã consiste em deixar-se preencher (Efésios 5. 18ss). Permanece a importância do silêncio e da solitude. A meditação cristã consiste em conhecer, estudar e refletir na Palavra de Deus. A Bíblia, portanto, é indispensável, leia-a.
2. Oração: inúmeros líderes cristãos concordam que orar é simplesmente dialogar com Deus. Além da Bíblia, a oração é outra maneira indispensável de manter comunhão com Deus. Orar, porém, não é tentar impressionar a Deus com palavra bonitas ou piedosas. Orar é deixar que seus pensamentos mais íntimos e sinceros sejam dirigidos ao Senhor. Descobrir um Deus que nos conhece totalmente e ainda assim é capaz de nos amar é uma experiência profundamente libertadora. Você pode orar em qualquer lugar, com palavras ou pensamentos. Ore.
3. Comunhão: Uma autentica vida de meditação na Palavra de Deus e de oração inevitavelmente nos tornarão sensíveis ao próximo. Não existe comunhão com Deus sem comunhão com outras pessoas. A fé cristã não foi feita pra ser vivida no isolamento. É na comunhão e por causa da existência de outras pessoas que os fruto do Espírito (Gálatas 5. 22, 23), por exemplo, fazem todo sentido. Afinal, "se alguém afirmar: 'Eu amo a Deus', mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê" (I João 4. 20). Essa comunhão se traduz em serviço, amor e perdão. Perdoe.
A estas coisas chamamos de disciplinas. Pois não possuem nenhum poder em si mesmos para agradar a Deus ou para com isso ganharmos pontos para a nossa salvação. Somente podemos praticar essas disciplinas porque Ele nos amou primeiro (I João 4. 19). E, nessa consciência, sinto-me motivado a viver no Seu amor. Ah, não fique surpreso se você concluiu que já sabia disso o tempo todo. O desafio permanece: fazer com que aquilo que você já sabe torne-se uma prática.
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