Mais um domingo de eleições. É o segundo turno. Assim como a grande maioria dos eleitores eu também gostaria de acreditar que ainda é possível confiar na democracia, na boa intenção dos políticos, e, que algo de substancial poderá acontecer se votarmos com consciência. Não é isso o que todos dizem!? “Vote consciente!”. Não sei se existe voto inconsciente, no entanto, sei que existe muita manipulação, informações distorcidas, campanhas milionárias, agressivas ações de marketing e muita coisa suspeita. Uma conta muito simples é o suficiente para deixar qualquer um desconfiado. Some o valor que um político ganhará em salários pelos próximos quatro anos se eleito e, compare com os valores que ele gastou na campanha. Você verá que tem uma conta aí que não fecha.
Talvez encontremos aqueles que acreditam que um governante cristão ou evangélico seria a solução. Eu já penso que isso não garante nada. Precisamos é de pessoas competentes e comprometidas. O fato de alguém ser cristão ou evangélico não lhe credencia como melhor político ou como alguém que está livre de cair na mesma tentação que qualquer outro. Portanto, não me iludo. O apóstolo Paulo nos chama à realidade: “Não há distinção, pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Romanos 3:22-23). Alguém já disse que a linha entre o bem e o mal não está entre você e eu, mas, passa pelo coração de cada ser humano. Não deveríamos, portanto, nos deixar levar tão facilmente pelas paixões que nos colocam em disputas e campanhas maniqueístas como se tudo fosse apenas “preto e branco”. É emblemático quando ouvimos alguém dizer que está “torcendo” para que determinado candidato vença as eleições ou, quando pessoas comuns chegam a brigar por causa de preferências políticas. Geralmente, estes desconhecem as propostas daquele a quem apoiam, mas, sabem muito bem desqualificar o “inimigo”.
Tive a oportunidade de dizer a um prefeito eleito no último pleito que agora ele ganhará diversos amigos até assumir efetivamente o cargo. E, depois de eleito, ganhará muitos inimigos. Quando os discípulos de Jesus sentiram que se aproximava o momento de tomar o poder (era isso que muitos pensavam que ia acontecer), dois deles vieram com um pedido especial. Um queria estar à direita e outro à esquerda do grande rei quando este finalmente se sentasse no trono. A resposta de Jesus nos ajuda a compreender como as coisas são e como deveriam ser entre aqueles que temem a Deus: "Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo” (Mateus 20:25-26). Quando os nossos políticos compreenderem que foram colocados em seus cargos para servir, então, sim, finalmente teremos governantes dignos e nosso respeito e admiração!
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