Neste mundo nos deparamos todos os dias com coisas maravilhosas. Lugares fantásticos como a Cascata do Caracol em Canela-RS; o esplendor do pôr do sol do Guaíba em Porto Alegre; a beleza do sul da França retratada em importantes obras de Van Gogh; a música de Johann Sebastian Bach; os incríveis aparelhos eletrônicos com seus múltiplos recursos... Por que tudo isso está aqui? De onde vieram todas estas coisas? Nenhuma pessoa com algum bom senso diria que é acaso ou sorte. Para tudo aquilo que existe a partir da engenhosidade humana ninguém responderia que veio do nada, da sorte ou do acaso. Essa resposta é permitida apenas para as coisas maiores, como o Planeta, o Universo e, até para o próprio ser humano.
Quando se sobe a qualquer ponto mais alto no norte do estado do Espírito Santo é possível contemplar os montes e rochas imensos no horizonte. Dos morros mais próximos com suas plantações de café e pastagens até as rochas mais longínquas. A tonalidade vai passando cada vez mais do verde para o azul. Se eu fosse poeta poderia descrever melhor, sem dúvida, o que significava, na minha adolescência, contemplar a formação de uma tempestade ao longe nessas paisagens. Sentia-se a chuva antes mesmo dela chegar. O cheiro de terra molhada é simplesmente inconfundível. Os dias quentes de verão suavizados pela brisa no alto de uma mangueira com seus frutos bem ali, ao alcance das mãos! A percepção clara da presença de Deus! O semeador estava a semear...!
Contemplando a natureza, as paisagens do campo, a simplicidade dos panoramas rurais, de repente nos sentimos diante de verdadeiras parábolas da Criação. O mundo natural, diferente do que muitos possam pensar, ajudam a iluminar o evangelho. É “quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste”, declama o salmista, que “pergunto: Que é o homem, para que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes?” (Salmos 8:4). Se não acreditamos que as maravilhosas obras de nossas mãos sejam fruto de mero acaso, como deduzir assim de todo esplendor à nossa volta? Fico imaginando o que estava diante de Davi, inspirando-o quando compôs o Salmo 19: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite...” (Salmos 19:1-2). O que levou às conclusões de Paulo: “desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas” (Romanos 1:20). O semeador continua a semear...!
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