Como é típico da raça humana, também aqueles sábios homens do oriente buscavam por algum sinal de Deus. Seja na natureza, na ciência ou mesmo nas práticas ocultistas, o ser humano é alguém em busca. Como disse Agostinho de Hipona, não há como escapar do fato de que o nosso coração só encontra descanso em Deus. Os mistérios do universo sempre despertaram a atenção da humanidade levando à conclusão de que há um Criador. No antigo Oriente também magos e eruditos estavam ocupados com o tema. Mais que isso, serviam também aos imperadores procurando prever o nascimento de qualquer governante que pudesse ameaçar os poderes correntes. Que ameaça poderia ser maior do que deparar-se de repente com o grande legislador do universo?
Não sabemos ao certo quantos eram os sábios que rumaram para a cidade de Belém. Apenas alguns poucos versículos da Bíblia são dedicados a eles. As palavras contidas no Evangelho de Mateus também não permitem tirar grandes conclusões sobre o que exatamente teria sido o sinal que os magos viram. Uma estrela? Um cometa? Um anjo? Uma conjunção de planetas? Fato é que eles seguiram caminho e primeiramente chegaram até o rei Herodes a quem perguntaram: "Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo" (Mateus 2.2). Como bom governante, Herodes também tinha os seus conselheiros constituídos por sacerdotes, mestres da lei e eruditos. Assustado com a notícia e a ameaça de um novo rei, tratou de consultá-los. Queria saber onde deveria nascer o Cristo. Dos primeiros, ouviu que seria "em Belém da Judéia; pois assim escreveu o profeta: ‘Mas tu, Belém, da terra de Judá, de forma alguma és a menor entre as principais cidades de Judá; pois de ti virá o líder que, como pastor, conduzirá Israel, o meu povo’" (Mateus 2.5-6). Herodes então despediu os magos do Oriente pedindo que fosse imediatamente avisado a respeito de qualquer informação mais precisa sobre o menino que nascera.
E, os magos seguiram o seu caminho rumo à Belém. Ao chegarem “viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram. Então abriram os seus tesouros e lhe deram presentes: ouro, incenso e mirra” (Mateus 2.11). Há quem veja nos presentes mais do que apenas valor material. O ouro simboliza que todo valor, toda riqueza pertencem a Cristo. O incenso serve como homenagem devida à sua divindade. E, a mirra prefigura a morte e os sofrimentos que aguardavam Jesus.
Realizados e cheios de júbilo, o grupo retornou à sua terra por outro caminho. Não eram conhecidos também como sábios em vão. Eles sabiam que a história de Herodes desejando saber o local exato para poder também ir adorar o novo rei, não passava de uma mentira. Com sua insegurança e sede de poder, ele seria capaz de qualquer coisa para eliminar tudo e todos que pudessem representar alguma ameaça.
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