Escrevendo para a igreja de Roma, o apóstolo Paulo apresenta um trecho interessante e que deveria ser motivo de reflexão neste momento que o Brasil está vivendo. Já naquela época Paulo trata de questões que envolvem a relação entre cristãos (igreja) e Estado. A época e o contexto político obviamente são diferentes. Paulo não está falando de nenhum Estado cristão. Também sequer está falando de governantes cristãos. O cristianismo era marginal, estava iniciando. Não havia governantes cristãos ou alguma coisa parecida com um Estado cristão. Pelo contrário, eram todos romanos ou judeus e, na maioria dos casos, bastante hostis aos cristãos. Refiro-me ao trecho de Romanos 13. 1-7.
“Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos. Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser pelos que praticam o mal. Você quer viver livre do medo da autoridade? Pratique o bem, e ela o enaltecerá. Pois é serva de Deus para o seu bem. Mas se você praticar o mal, tenha medo, pois ela não porta a espada sem motivo. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal. Portanto, é necessário que sejamos submissos às autoridades, não apenas por causa da possibilidade de uma punição, mas também por questão de consciência. É por isso também que vocês pagam imposto, pois as autoridades estão a serviço de Deus, sempre dedicadas a esse trabalho. Deem a cada um o que lhe é devido: Se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra” (Romanos 13:1-7).
Nosso partidarismo pode fazer com que tenhamos diferentes reações diante destas palavras. Alguns podem celebrá-lo, outros condená-lo. Enquanto para alguns o texto não passa de manipulação religiosa para manter as coisas como estão, outros o tomam como justificativa para falar contra toda e qualquer manifestação. As reações aos acontecimentos em torno das manifestações no Brasil tornaram-se uma disputa ideológica. As leituras mais superficiais veem tudo como uma disputa entre esquerda e direita. Enquanto permanecer esse tipo de disputa partidária e ideológica do poder pelo poder, as razões legítimas que levam o povo a clamar nas ruas mais uma vez ficam em segundo plano. E, o que é pior, não importa quem, no final, vencerá a guerra, o mais importante não é o que se pode agora fazer pelo povo, mas, apenas impor a sua agenda pelo poder absoluto. Enquanto se desenrola batalha após batalha na luta pelo poder, a única certeza que se têm é que os perdedores continuam os mesmos.
Para ler mais sobre o meu pensamento a respeito de como os cristãos deveriam se colocar frente às ideologias e pluralidade de propostas, lei o artigo O Cristão Retém O que é Bom.
Agradeço a todas as visitas e comentários! Seja bem vindo!!! Que Deus abençoe a tua vida!
segunda-feira, 24 de junho de 2013
terça-feira, 18 de junho de 2013
O Brasil Em Ebulição
O dia dezessete de junho de 2013 ficará para a história como aquele em que o Brasil acordou mais uma vez. Manifestações por todo o país tomaram conta das manchetes. A televisão não consegue mais ter o mesmo poder de distorcer os fatos. A internet e as redes sociais parecem começar a mostrar a sua força. Entre as diversas frases em cartazes erguidos por jovens podia se ler um que dizia: “saímos do Facebook!” Outra marca deste momento é o repúdio demonstrado contra os partidos políticos. Embora algumas bandeiras de partidos pudessem ser vistas, os protestantes em geral as hostilizavam. Em Belo Horizonte a letra de uma canção estampava outro cartaz: “o meu partido é um coração partido”. Enquanto nas grandes cidades do país milhares saem às ruas, na internet, no rádio e na televisão “especialistas” são entrevistados e chamados a dar sua opinião sobre o momento. Embora ainda não se saiba ao certo quais serão as consequências práticas de toda esta mobilização, o Brasil chamou a atenção do Mundo com algo mais que samba, mulatas e futebol.
Os governantes, num país democrático, são eleitos para cargos específicos e devem atender a objetivos bem concretos. Quando estes não cumprem aquilo para o que foram eleitos, a população tem todo o direito de se manifestar. A violência e o vandalismo devem ser repudiados. Dentre as expectativas pelo desdobramento das manifestações vislumbra-se um ano de eleições em 2014. Será que tudo isso repercutirá nas urnas? Pois é fato que muitos dos que hoje ocupam cargos nas diversas esferas de poder precisam ser retirados de lá. As vultosas quantias de dinheiro que são desviados com a corrupção poderiam garantir melhores condições de saúde, educação, segurança e transporte. Aliás, o discurso sobre a falta de recursos para estas questões básicas em contraste com os bilhões gastos para construir estádios suntuosos Brasil afora, soou como um despertador para um país que repousava em berço esplêndido.
A revolução dos vinte centavos extrapolou para uma pauta mais ampla. O perigo é se perder em generalizações e questões intangíveis que dispersam. Também não faltarão aqueles para se aproveitar do momento. Muitos oportunistas tentando se promover à custa! É quase impossível evitar algumas anomalias deste tipo bem como aqueles que saem para depredar o patrimônio público. Existe um risco sempre presente em grandes aglomerações. Mas, se o movimento ainda não mobilizou ao patamar das “Diretas Já” de 1984 ou dos “Caras Pintadas” pelo impeachment de Fernando Collor em 1992, é fato que a mobilização popular volta a pressionar. A primeira eleição direta após a ditadura não foi imediata. E, quando ocorreu, elegeu Collor. Estaríamos demonstrando que estamos aprendendo mais algumas lições sobre democracia?
Os governantes, num país democrático, são eleitos para cargos específicos e devem atender a objetivos bem concretos. Quando estes não cumprem aquilo para o que foram eleitos, a população tem todo o direito de se manifestar. A violência e o vandalismo devem ser repudiados. Dentre as expectativas pelo desdobramento das manifestações vislumbra-se um ano de eleições em 2014. Será que tudo isso repercutirá nas urnas? Pois é fato que muitos dos que hoje ocupam cargos nas diversas esferas de poder precisam ser retirados de lá. As vultosas quantias de dinheiro que são desviados com a corrupção poderiam garantir melhores condições de saúde, educação, segurança e transporte. Aliás, o discurso sobre a falta de recursos para estas questões básicas em contraste com os bilhões gastos para construir estádios suntuosos Brasil afora, soou como um despertador para um país que repousava em berço esplêndido.
A revolução dos vinte centavos extrapolou para uma pauta mais ampla. O perigo é se perder em generalizações e questões intangíveis que dispersam. Também não faltarão aqueles para se aproveitar do momento. Muitos oportunistas tentando se promover à custa! É quase impossível evitar algumas anomalias deste tipo bem como aqueles que saem para depredar o patrimônio público. Existe um risco sempre presente em grandes aglomerações. Mas, se o movimento ainda não mobilizou ao patamar das “Diretas Já” de 1984 ou dos “Caras Pintadas” pelo impeachment de Fernando Collor em 1992, é fato que a mobilização popular volta a pressionar. A primeira eleição direta após a ditadura não foi imediata. E, quando ocorreu, elegeu Collor. Estaríamos demonstrando que estamos aprendendo mais algumas lições sobre democracia?
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Sobre as Manifestações Pelo Brasil
Um Salmo:
"Deus está na congregação dos poderosos; julga no meio dos deuses. Até quando julgareis injustamente, e aceitareis as pessoas dos ímpios? Fazei justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o necessitado. Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios. Eles não conhecem, nem entendem; andam em trevas; todos os fundamentos da terra vacilam. Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo. Todavia morrereis como homens, e caireis como qualquer dos príncipes. Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois tu possuis todas as nações"
(Salmos 82:1-8)
Um comentário da época da Reforma Protestante:
"[...] tudo o mais precisa ser tentado antes de se recorrer às armas. E nas duas espécies de atividade [a guerra e a punição de criminosos] os magistrados não devem se deixar empolgar por nenhuma paixão de ordem pessoal, porém ser guiados exclusivamente por uma preocupação pelo bem público. Fazer qualquer outra coisa representa o pior abuso de sua autoridade, que lhes é dada para o benefício e o serviço de outros, e não deles próprios"
(João Calvino, As Institutas - Sobre o Governo Civil)
O desafio consiste em observar os princípios e manter a capacidade de indignar-se contra a injustiça!
"Deus está na congregação dos poderosos; julga no meio dos deuses. Até quando julgareis injustamente, e aceitareis as pessoas dos ímpios? Fazei justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o necessitado. Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios. Eles não conhecem, nem entendem; andam em trevas; todos os fundamentos da terra vacilam. Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo. Todavia morrereis como homens, e caireis como qualquer dos príncipes. Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois tu possuis todas as nações"
(Salmos 82:1-8)
Um comentário da época da Reforma Protestante:
"[...] tudo o mais precisa ser tentado antes de se recorrer às armas. E nas duas espécies de atividade [a guerra e a punição de criminosos] os magistrados não devem se deixar empolgar por nenhuma paixão de ordem pessoal, porém ser guiados exclusivamente por uma preocupação pelo bem público. Fazer qualquer outra coisa representa o pior abuso de sua autoridade, que lhes é dada para o benefício e o serviço de outros, e não deles próprios"
(João Calvino, As Institutas - Sobre o Governo Civil)
O desafio consiste em observar os princípios e manter a capacidade de indignar-se contra a injustiça!
jovem com cartaz em manifestação em Belo Horizonte |
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Navegar na Rede Sem Cair na Teia
Não sei qual tem sido a tua experiência com a internet e, especialmente as redes sociais. No meu caso, já desde o velho Orkut, um desafio tem sido encontrar uma utilidade que seja realmente construtiva. É muito fácil perder a noção do tempo enquanto navegamos pela rede. O brasileiro é quem, em média, passa mais tempo na internet, mais de oito horas diárias. Como temos investido esse tempo? Acredito que as redes sociais podem, sim, ser de grande utilidade, tanto para a nossa formação como também os nossos relacionamentos.
Ao refletir sobre o uso que fazemos da internet, de modo geral, não consigo ver outro caminho além da velha questão da disciplina. O mal não está naquilo que temos à nossa disposição. Apesar de o ser humano criar algumas coisas que são ruins em si, a regra é que a imagem e semelhança de Deus que herdamos faz com que criemos coisas boas (Genesis 1.31). Se devemos evitar certas coisas não é por causa da coisa em si, mas, por causa de nossa fraqueza. Nós é que damos uma direção errada à boa criação. E, isso acontece desde sempre, seja com a boa criação de Deus seja com a boa criação dos seres humanos. Antes de atacar a internet e as redes sociais, portanto, preciso lembrar-me de que sou pecador e que há dentro de mim um potencial para destruir, desvirtuar, corromper e buscar aquilo que alimente meus vícios e tendências autodestrutivas.
Pesquisas demonstram que infrações na web como racismo, homofobia e pornografia infantil vêm crescendo a cada ano. O mesmo acontece com crimes contra a honra da pessoa, como calúnia, difamação e injúria. De certa forma, a internet parece agir como um encorajador. Explico: pense naquela antiga estratégia de tomar ‘um gole’ antes para conseguir coragem para ir flertar com alguém. A internet funciona mais ou menos assim: pessoas que jamais teriam coragem de fazer determinados comentários frente a frente são capazes de postar ofensas e agressões sem nenhum pudor nas redes sociais. Navegar na rede funciona como estar num boteco virtual. E, isso não só pela ‘embriaguez’ que encoraja, mas também pelo tipo de conteúdo que geralmente é compartilhado. A questão é que nos enganamos, pois assim como somos vistos em nossas gafes depois de uns goles a mais, também há uma pessoa real por trás de cada perfil ou avatar na web. Portanto, não nos embriaguemos demais com a falsa sensação de anonimato e de invisibilidade no uso da internet! Como a rede mundial de computadores oferece cada vez mais um espaço onde as pessoas se relacionam, cresce também a preocupação a respeito de como ali nos relacionamos. A questão, portanto, não é demonizar, mas, conscientizar e fazer bom uso de nossa liberdade.
Ao refletir sobre o uso que fazemos da internet, de modo geral, não consigo ver outro caminho além da velha questão da disciplina. O mal não está naquilo que temos à nossa disposição. Apesar de o ser humano criar algumas coisas que são ruins em si, a regra é que a imagem e semelhança de Deus que herdamos faz com que criemos coisas boas (Genesis 1.31). Se devemos evitar certas coisas não é por causa da coisa em si, mas, por causa de nossa fraqueza. Nós é que damos uma direção errada à boa criação. E, isso acontece desde sempre, seja com a boa criação de Deus seja com a boa criação dos seres humanos. Antes de atacar a internet e as redes sociais, portanto, preciso lembrar-me de que sou pecador e que há dentro de mim um potencial para destruir, desvirtuar, corromper e buscar aquilo que alimente meus vícios e tendências autodestrutivas.
Pesquisas demonstram que infrações na web como racismo, homofobia e pornografia infantil vêm crescendo a cada ano. O mesmo acontece com crimes contra a honra da pessoa, como calúnia, difamação e injúria. De certa forma, a internet parece agir como um encorajador. Explico: pense naquela antiga estratégia de tomar ‘um gole’ antes para conseguir coragem para ir flertar com alguém. A internet funciona mais ou menos assim: pessoas que jamais teriam coragem de fazer determinados comentários frente a frente são capazes de postar ofensas e agressões sem nenhum pudor nas redes sociais. Navegar na rede funciona como estar num boteco virtual. E, isso não só pela ‘embriaguez’ que encoraja, mas também pelo tipo de conteúdo que geralmente é compartilhado. A questão é que nos enganamos, pois assim como somos vistos em nossas gafes depois de uns goles a mais, também há uma pessoa real por trás de cada perfil ou avatar na web. Portanto, não nos embriaguemos demais com a falsa sensação de anonimato e de invisibilidade no uso da internet! Como a rede mundial de computadores oferece cada vez mais um espaço onde as pessoas se relacionam, cresce também a preocupação a respeito de como ali nos relacionamos. A questão, portanto, não é demonizar, mas, conscientizar e fazer bom uso de nossa liberdade.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Na Varanda
Eu contei. Desde quando nasci foram dezessete casas. Muitas mudanças. Quase uma a cada dois anos. Só não consigo me recordar da primeira. Foi onde nasci. Das cinco primeiras casas, até os meus dez anos de idade, todas elas tinham varanda. Depois, quanto maior as cidades, menos varandas.
As varandas da minha infância permanecem vivas na lembrança. Lugar de sentar com os irmãos, a família. Não se importar com o tempo que passa lentamente. Lugar de onde se enxerga longe. Observar e contar os carros que passam na estrada. Varanda é onde o vento passa livremente e a chuva alcança a gente. Lugar de brincar e de comer pão com doce de leite. Lugar também de ensaiar os primeiros desenhos com caroço de abacate. Como a tela foi a parede, os pais não gostaram muito. A varanda era lugar especial nas noites quentes de verão. Lugar de bater papo com os vizinhos.
Varanda virou sacada. Do lugar de convívio sobrou um cubículo decorativo. Hoje me dei conta de que a vida sem varandas é mais triste!
As varandas da minha infância permanecem vivas na lembrança. Lugar de sentar com os irmãos, a família. Não se importar com o tempo que passa lentamente. Lugar de onde se enxerga longe. Observar e contar os carros que passam na estrada. Varanda é onde o vento passa livremente e a chuva alcança a gente. Lugar de brincar e de comer pão com doce de leite. Lugar também de ensaiar os primeiros desenhos com caroço de abacate. Como a tela foi a parede, os pais não gostaram muito. A varanda era lugar especial nas noites quentes de verão. Lugar de bater papo com os vizinhos.
Varanda virou sacada. Do lugar de convívio sobrou um cubículo decorativo. Hoje me dei conta de que a vida sem varandas é mais triste!
Casas de tios... ES |
terça-feira, 4 de junho de 2013
Coando Mosquitos e Engolindo Camelos
Tempos difíceis! Como diria Cícero: "O tempora, o mores" (Que tempos os nossos! E que costumes!). Por um lado o patrulhamento do politicamente correto deixando tudo mais chato, mais afetado, mais hipócrita! Por outro lado, o cinismo e a indiferença que oprimem, gerando ainda mais incredulidade e acomodação. Todos parecem enxergar o que está errado. Todos denunciam as mazelas e a corrupção. Desde a mais alta cúpula do governo até donas de casa histéricas que espancam seus cachorrinhos, nada escapa às timelines de nossas páginas do Facebook. Se por um lado parece que não se pode dizer mais nada, por outro, se fala até demais. Vulgarização total! Superficialidade e pseudointelectualismo arrotados aos cântaros. Mendigamos um curtir ou, quem sabe, um compartilhar que eleve a nossa autoestima. Frases de autores que nunca lemos, imagens com causas que sequer compreendemos, divulgação da vida privada que vai desde o que comemos no café da manhã até onde estamos no momento (se for um aeroporto ou lugar turístico, melhor, claro!).
Não. Não quero escrever uma mera crítica às redes sociais. Elas até que tem o seu lado positivo. O problema, mais uma vez, somos nós, seres humanos. É a direção que damos para as coisas, ou seja, a maneira como decidimos usá-las que é a questão. Portanto, vida longa às redes sociais e a tudo que elas tem de bom! Vida longa também a nós, seres humanos, para que tenhamos mais tempo para aprender a viver! Uma coisa, no entanto, continua incomodando. Quanto menos tolerância para com os pensamentos mais profundos, quanto menos reflexão e leitura, mais se multiplicará a mediocridade e o lugar comum. O problema é que não é necessário nenhum esforço para se acostumar com o medíocre. Basta deixar a vida te levar. Se você anda de bicicleta, imagine a diferença entre pedalar um caminho morro acima e outro morro abaixo. Se pudéssemos, faríamos sempre estradas que tivessem somente descidas! É claro que este é um absurdo ilógico. Mas quem ainda se preocupa com lógica ou coerência!?
Tudo aquilo que exige esforço e disciplina é impopular. Ler e ver um filme, por exemplo, não tem graça se não for por diversão. Logo, não temos mais “saco” para as coisas chatas que podem nos ensinar algo. Até mesmo escrever mais um texto para este espaço é enfadonho às vezes. Como evitar que isto seja notado? Uma contradição? Esconder nos tempos em que queremos revelar tudo (ou, quase tudo!)!? Não. Ninguém quer se mostrar como realmente é, ou, como realmente se sente. O importante é ser. Mas, se não dá, a gente faz parecer que é.
“Terminando mais um texto para o meu blog” (:
Não. Não quero escrever uma mera crítica às redes sociais. Elas até que tem o seu lado positivo. O problema, mais uma vez, somos nós, seres humanos. É a direção que damos para as coisas, ou seja, a maneira como decidimos usá-las que é a questão. Portanto, vida longa às redes sociais e a tudo que elas tem de bom! Vida longa também a nós, seres humanos, para que tenhamos mais tempo para aprender a viver! Uma coisa, no entanto, continua incomodando. Quanto menos tolerância para com os pensamentos mais profundos, quanto menos reflexão e leitura, mais se multiplicará a mediocridade e o lugar comum. O problema é que não é necessário nenhum esforço para se acostumar com o medíocre. Basta deixar a vida te levar. Se você anda de bicicleta, imagine a diferença entre pedalar um caminho morro acima e outro morro abaixo. Se pudéssemos, faríamos sempre estradas que tivessem somente descidas! É claro que este é um absurdo ilógico. Mas quem ainda se preocupa com lógica ou coerência!?
Tudo aquilo que exige esforço e disciplina é impopular. Ler e ver um filme, por exemplo, não tem graça se não for por diversão. Logo, não temos mais “saco” para as coisas chatas que podem nos ensinar algo. Até mesmo escrever mais um texto para este espaço é enfadonho às vezes. Como evitar que isto seja notado? Uma contradição? Esconder nos tempos em que queremos revelar tudo (ou, quase tudo!)!? Não. Ninguém quer se mostrar como realmente é, ou, como realmente se sente. O importante é ser. Mas, se não dá, a gente faz parecer que é.
“Terminando mais um texto para o meu blog” (:
Assinar:
Postagens (Atom)