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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

João Ninguém

Quem nunca ouviu essa expressão!? Lembrei-me dela ao refletir sobre esse período do ano que os cristãos conhecem como Advento. Estamos no período de quatro semanas que antecede o Natal. O Novo Testamento trás em suas primeiras narrativas um pouco sobre a vida de João Batista. Se o Advento é também um período de preparação, de vinda e chegada, João é apresentado como aquele que veio como “testemunha, para testificar acerca da luz” que vem ao mundo (João 1.7). E, assim costumava apresentar-se: "Eu sou a voz do que clama no deserto: ‘Façam um caminho reto para o Senhor’" (João 1.22-23). Depois de Maria, José e Antônio, uma pesquisa revelou que João é o quarto nome mais comum no Brasil. João já era também um nome comum nos tempos bíblicos. O Advento e os Evangelhos oferecem-nos a oportunidade de refletir sobre como Deus olha para os João Ninguéns deste mundo.

A expressão João Ninguém se tornou popular significando um “indivíduo sem importância, que não tem peso social e destituído de qualquer poder econômico”; um “homem insignificante”; alguém que “não consta” ou, “pouco vale”. Mas, o que tem a ver a vida de João Batista com um João Ninguém? Por trás de cada nome existe um ser humano. Filho de um sacerdote chamado Zacarias e sua esposa Isabel, João é fruto de um desses milagres considerados mais extraordinários da vida. Ele nasceu quando seus pais já estavam numa idade bastante avançada. Um período em que normalmente o ser humano já não gera mais filhos. João nasceu e cresceu numa região montanhosa da Judéia. Ele tinha alguns hábitos estranhos, inclusive para aquela época. “As roupas de João eram feitas de pêlos de camelo, e ele usava um cinto de couro na cintura. O seu alimento era gafanhotos e mel silvestre” (Mateus 3:4). Ele era o que na época chamavam de um asceta. Alguém que se separava, praticando exercícios espirituais como jejum, purificações, mortificação do corpo e etc, a fim de progredir espiritualmente. João Batista é também normalmente conhecido como a voz no deserto.

Esse João de hábitos excêntricos é que é anunciado como o homem que surgiu como enviado por Deus (João 1.6). Um João Ninguém que, apesar dos modos rudes e da mensagem dura, conseguia audiência. Tinha, inclusive, um bom grupo de seguidores. O significado que popularmente conhecemos para João Ninguém não existe para Deus. Para Ele não existem João Ninguéns! Este João, diz o Evangelho, “veio como testemunha, para testificar acerca da luz, a fim de que por meio dele todos os homens cressem” (João 1:7). Talvez fosse algo como isso que Paulo tivesse em mente quando ele diz que “Deus escolheu as coisas loucas do mundo”, que Ele “escolheu as coisas insignificantes do mundo, as desprezadas e as que nada são” (1 Coríntios 1.27-28). Sim, Deus escolhe um João Ninguém e faz deste um alguém. Alguém que pode agora dar testemunho de que anunciar o Cristo, faz a sua alegria ser completa (João 3.30).

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