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domingo, 30 de setembro de 2012

Existe Mesmo Um Deus?*

Ninguém está aqui neste mundo para viver uma vida sem sentido. Se o sentido da vida começa a ser vislumbrado quando nos rendemos a Deus, uma pergunta pode surgir de imediato: Como eu posso conhecer a Deus se eu não tenho a certeza de que Ele existe?
Trata-se de uma pergunta legítima e honesta. A Bíblia ensina que Deus se revela. E, mediante essa revelação, somente os tolos negam a sua existência (Salmos 14.1). As Escrituras testemunham ainda que “desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas” (Romanos 1.20). Além da criação de Deus que dá testemunho de sua existência, há também a nossa consciência, uma vez que fomos criados à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1.27).
Encontramos por toda a Bíblia argumentos e afirmações que deixam claro que os “céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos” (Salmos 19.1). Não se trata, portanto, de simplesmente provar a existência de Deus pela Bíblia, mas, como ela mesma aponta, a existência de Deus é mais fácil de ser observado ao nosso redor do que negado.
  Lembramos que o ser humano foi feito à imagem de Deus. Quando Deus nos criou, nos fez para sermos um reflexo de si mesmo; somos criaturas que lembram o nosso Criador de formas distintas. Temos livre arbítrio; somos criaturas racionais; somos criativos; somos feitos para um trabalho significativo; não devemos viver sozinhos, somos seres sociais – em todos estes aspectos, entre outros, somos feitos à imagem de Deus. Por esta razão, sentimos, mesmo sem ser ensinados, que deve haver um Deus.
Um estudioso missionário canadense chamado Don Richardson descobriu que em todas as tribos que ele estudou, desde as mais antigas na história, todas criam num ser supremo. É claro que as formas e manifestações destas crenças são diferentes. Não é curioso como muitos ao ouvirem o Evangelho pela primeira vez declaram algo tipo: “Este é aquele (referindo-se a Deus) a quem sempre busquei conhecer!”
Em um de seus livros Charles Colson conta a história de Irina Ratushinskaya. Ela, uma dissidente soviética presa por cinco anos em um campo de concentração, criou e memorizou (sem redigir) trezentos poemas. Quando Irina finalmente conseguiu publicar os poemas eles foram um sucesso. Num livro intitulado A Esperança é Cinza Irina conta a sua história de vida e prisão.
Os pais e professores de Irina eram ateus. Aos nove anos de idade, crescendo em meio aos ensinos ateístas, Irina pensou: “Meus pais me disseram que não existem fantasmas nem duendes. Mas disseram isso apenas uma vez. Eles me dizem toda semana que não existe Deus. Deve haver um Deus”. Em outras palavras, por que estariam lutando com tanto empenho contra algo que não existe?
Foi aí que Irina começou a ler obras de grandes autores russos como Pushkin, Tolstoy e Dostoyevsky. As obras desses autores contêm muito do evangelho. Irina tornou-se cristã por causa dessa literatura.
Anos mais tarde, na prisão, as autoridades tentaram congelar Irina até a morte encurralando-a contra um muro. Foi nesse momento que ela diz ter experimentado uma sensação incrível como se centenas de pessoas por todo o mundo estivessem orando por ela. Ela estava certa, isso realmente estava ocorrendo. Muitos cristãos oravam por Irina e ela, de alguma maneira, soube disso naquela hora.
As pessoas, mesmo em culturas que não foram evangelizadas, sabem que há um Deus. Até mesmo pessoas que dizem não crer, vez ou outra podem ser flagradas agradecendo a Deus por algo que experimentam no dia a dia: uma bela paisagem, um momento com um filho, uma boa conversa, etc... Mesmo sem saber que Deus é, muitas pessoas sabem que deveriam ser gratas.
Um conhecido ateu chamado Bertrant Russell certa vez escreveu um livro intitulado Por que Não Sou Cristão. Antes de morrer ele escreveu uma carta a um amigo: “Há alguma coisa em meu ser que insiste em dizer que pertenço a Deus; contudo, sinto ao mesmo tempo uma recusa a entrar em qualquer tipo de comunhão terrena – ao menos é assim que eu me expressaria se pensasse que há um Deus. Isso é estranho, não? Eu me preocupo grandemente com este mundo e com muitas coisas e pessoas nele, e no entanto... o que é tudo isso? Deve haver algo mais importante, e isto é o que eu sinto, embora não creia que exista”
Apesar de nossa rebelião, Deus existe e sabemos disso. A existência de Deus é evidente. Poderíamos dizer novamente que é mais fácil admitir que Deus existe do que tentar comprovar o contrário. Você já leu com atenção o que o Apóstolo Paulo diz em Romanos 2.14-15? Um estudioso de Oxford conhecido como C.S. Lewis (autor das Crônicas de Nárnia) foi um dos maiores intelectuais do século XX. Ele era um ateu que se propôs a provar que não existia Deus. Mas, ao invés disso, o que aconteceu foi que ele tornou-se um cristão professo. Ele diz em um livro intitulado Cristianismo Puro e Simples que um senso de certo e errado, uma espécie de senso de dever, é universal. Mas, de onde vem esse senso? Para Lewis isso não vem da biologia, da genética ou da psicologia. Vem de Deus - a imagem de Deus da qual todos nós somos participantes. O fenômeno universal da consciência prova que deve haver um Legislador, um Deus que nos dá este inexplicável entendimento.
Portanto, existem evidências por todos os lados, nós é que simplesmente decidimos rejeitá-las ou, simplesmente, ignorá-las. A história e as conclusões de grandes pensadores coincidem com o que a criação e a consciência declaram: Sim, Deus existe, sem dúvida alguma.

* Este texto é uma adaptação de um trecho do livro Respostas Às Dúvidas de Seus Adolescentes de Charles Colson. Editora CPAD.

domingo, 16 de setembro de 2012

Deus Nunca Fica Off Line

Na era das redes sociais as pessoas não precisam mais estar presentes fisicamente para se comunicarem. Basta saber se elas estão on line ou off line. Estar off line significa estar desligado, desconectado, enfim, ausente, é estar ‘por fora’, alheio aos acontecimentos, ficar desatualizado. Logo, num mundo de conexões ninguém gosta de ficar desconectado. Não importa que não estejamos num chat efetivamente com o outro. Vê-lo on line na lista de contatos já me tranquiliza, pois sei que, de alguma forma, você está lá. A presença é um ícone (“bolinha”) verde. Cinza ou vermelho simbolizam ausência, distância.

Se fossemos imaginar o nosso mundo como se estivéssemos numa grande rede virtual, poderíamos dizer que, de alguma maneira, ao estar em contato com você através deste texto agora, estou on line. Enfim, de algum modo estamos conectados. Se o ícone verde substitui a presença física é discutível. Não quero seguir por aí, pelo menos não hoje. Eu apenas pensei em como nós, seres humanos necessitamos saber que o outro está próximo, seja fisicamente, seja por um sinal na tela do... bem, a lista vai desde celulares até computadores de última geração. Talvez, daí nós possamos depreender a dificuldade que temos com Deus e a sua presença. Afinal, como saber se Ele está on line ou off line? Além de não termos uma presença física não temos sequer um íconezinho na tela! Ora, não é isso que sempre buscamos? E, não é por isso que tão facilmente duvidamos ou acabamos criando os ídolos?

Dentre as diversas passagens bíblicas que eu poderia recorrer para ilustrar o que eu quero dizer destaco duas. No Antigo Testamento o povo de Israel era guiado por Deus pelo deserto com uma coluna de fumaça durante o dia e com uma coluna de fogo durante a noite. Moisés era o interlocutor entre Deus e o povo. Quando Moisés se ausentou para o monte onde passou vários dias, o povo sentiu que Deus ficou off line. Logo, pediram a Arão para “produzir” algo que lhes desse a segurança de novamente ver algo a que pudessem se apegar. O resultado foi um bezerro de ouro (Êxodo 32). No Novo Testamento, após a morte de Jesus, para os discípulos, o mestre simplesmente ficou sem conexão. Caiu a rede. Quando o ícone verde apareceu para alguns deles Tomé não estava on line para ver, por isso, duvidou. Tomé disse que só acreditaria que Jesus estava novamente on se pudesse ver o status e clicar sobre o ícone de Jesus.

A boa notícia é que Deus esteve e está sempre on. Nós é que não conseguimos nos manter conectados o tempo todo. Não se trata, portanto, de um problema no provedor, mas em nosso equipamento. Cuidado para não substituir o ser por um simulacro! Não seria este o alerta de Deus no segundo mandamento (Êxodo 20.4)?

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A Campanha Eleitoral

Imagine a seguinte situação: um cidadão caminha pelas ruas de sua cidade. Ele é um eleitor. Procura levar essa responsabilidade muito a sério. Mas, ainda está com dúvidas sobre em quem votar. Afinal, os candidatos são muitos. Todos aparecem simpáticos demonstrando uma grande preocupação com a cidade. De repente passa um carro de som gritando o nome e o número de um destes candidatos. Uma música cuja letra foi colocada sobre uma canção famosa qualquer exalta o candidato e apela para que o eleitor o privilegie nas urnas. A paródia é repetida exaustivamente até que o carro desaparece na esquina à frente. Alguns metros adiante, ao atravessar a rua, o cidadão se depara com estacas no canteiro central que estampam um número e a imagem do candidato. Sim, é o mesmo que antes era anunciado em alto e... (é, nem tão bom som assim, mas...). Nesta hora ele pensa: “Oh! É um sinal! A minha dúvida foi sanada! Este é o político ideal e que certamente merece o meu voto! Ele me convenceu!”

Alguns candidatos devem pensar que é assim que os eleitores se definem para votar. O meu medo é que eles estejam certos! No entanto, é difícil acreditar que eleitores conscientes façam a sua escolha desta maneira. É lamentável o que se vê e o que se escuta pela cidade em época de campanha eleitoral. Falta criatividade, faltam propostas, falta bom senso. Candidatos que se apresentam portadores de uma nova proposta, que ostentam a bandeira da renovação, que se declaram diferentes, não conseguem libertar-se de velhos vícios. Fazem o discurso do novo, mas, apenas repetem o velho. Há um abismo entre o discurso e a prática. Dizem-se preocupados com o bem e o futuro da cidade, mas, não hesitam em poluir tudo com cartazes, estacas e cavaletes no espaço público. Falam em qualidade enquanto conseguem piorar o que já é ruim nas paródias infelizes que seus carros e motocicletas espalham sem a menor preocupação com a poluição sonora. Não importa o dia, se é domingo de manhã ou feriado. Não importa se há um hospital ou se é um bairro residencial. A tarefa é repetir como a um mantra na esperança de que o eleitor grave aquela informação e não hesite no dia sete de outubro.

Nem tudo está perdido. Pode ser difícil encontrar. Mas, acredito que existam, sim, candidatos sérios e que deveriam ser eleitos. Estes, provavelmente sentem-se até constrangidos em se anunciar. Não querem entrar nessa corrida desvairada que gera até suspeitas tamanha é a sede por “estar lá”. É possível encontrar candidatos além destes que poluem o nosso ambiente já tão castigado. Quais são as suas propostas? Como descobri-los? Como estão conseguindo fazer a sua campanha? Certamente existem muitas maneiras. Pode ser que não seja apenas pelo tipo de campanha que devemos fazer a escolha pelo candidato em quem votar em outubro. Mas, penso que já seja um bom indício. Quem não respeita a cidade e a sua população nem em época de campanha, o que não fará depois de eleito!? Cabe a nós, eleitores, exercer a nossa cidadania com responsabilidade e compromisso com a nossa cidade. Talvez isso dê um pouco de trabalho, pois nos obriga a buscar pelos melhores candidatos e não apenas ouvir aqueles que gritam na porta de nossas casas.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Sacerdócio Geral

Um dos importantes legados da Reforma Protestante do século XVI foi, sem dúvidas, a ênfase de Martinho Lutero no sacerdócio geral de todos os cristãos. Tornou-se, por isso, um ponto importante na confessionalidade luterana. Mas, o que isso quer dizer exatamente? O que significa, afinal, o sacerdócio geral? Lutero queria dizer, basicamente, que não há qualquer distinção entre os cristãos. No período medieval tornou-se popular uma ideia de que aqueles que possuíam funções clericais eram mais nobres ou espirituais do que as pessoas que trabalhavam na lavoura, como artesãos ou em serviço doméstico. O fato de as pessoas desempenharem tarefas diferentes no dia a dia não significa que isso faz de alguém um ser superior a outro.

Assim, Lutero entendia que mediante o batismo todo cristão é um sacerdote. Quando necessário, mesmo que não seja o seu ofício cotidiano, o cristão pode e até mesmo deve assumir tarefas consideradas eclesiásticas. Pois todo serviço é uma atividade em favor do próximo. Foi no texto de 1 Pedro 2. 9 que Lutero encontrou uma base bíblica que o deixou ainda mais convicto sobre isso: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Não há, portanto, uma hierarquia entre os cristãos. Ninguém precisa de um pastor, um padre ou mesmo um papa para intermediar a sua relação com Deus. Se há alguma distinção entre os cristãos, esta se dá tão somente no âmbito das diferentes funções que somos chamados a desempenhar em serviço no reino de Deus. No mais, pastores e “leigos” estão em pé de igualdade.

Portanto, a salvação não se dá pela instituição eclesiástica ou pela figura de um sacerdote intermediário. Todos são diretamente reconectados com Deus por meio de Jesus Cristo. Uma consequência direta dessa compreensão é que a interpretação das Escrituras não é mais monopólio de alguns especialistas. O poder é descentralizado e a comunidade valorizada. Sempre que alguém hoje se levanta reivindicando uma autoridade especial ou se declarando ‘o ungido’ intocável, lembre a essa pessoa que esta é uma ideia medieval há muito superada. Os ministros ordenados são importantes e tem a sua função. Mas, eles não têm autoridade para se autodeclarar como tais. A ordenação é algo que se recebe e não uma conquista pessoal que se autolegitima.

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