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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Você Não Precisa Agradar a Deus

Assim como nós gostamos de ser agradados também sabemos agradar outros. Podem ser duas as motivações para se querer agradar alguém. Amor altruísta que deseja ver o outro realmente feliz, realizado, satisfeito. Ou, desejo egoísta que só espera algo em troca. Assim, agradamos pensando no outro ou em nós mesmos. O agradar que pensa somente em si mesmo costuma ser fruto de insegurança, baixa auto-estima, imaturidade ou complexo de rejeição. Esse lado, digamos, mais doentio que parte de uma espécie de necessidade de agradar, pode extrapolar para o aspecto religioso. Ou você nunca se preocupou em agradar a Deus?
Muitas pessoas, inclusive cristãs, estão preocupadas sobre o que devem fazer para agradar a Deus. Fazem da sua religiosidade um fardo por vezes pesado demais devido a ansiedade e o sentimento de culpa resultante dessa auto-exigência. Acreditam que coisas acontecem ou deixam de acontecer em suas vidas porque Deus não está satisfeito com elas. A idéia de um Deus que precisa ser agradado para que, assim, possa liberar favores àqueles que lhe prestam o sacrifício, remonta o paganismo. Existem vários exemplos. Na índia, celebra-se o casamento entre sapos para agradar ao Deus da chuva acreditando que, em troca, os solos receberão nuvens carregadas para regar as plantações. Os egípcios antigos faziam rituais e oferendas aos deuses. Era uma forma de conseguirem agradar aos deuses, conseguindo ajuda em suas vidas. Os Incas sacrificavam tanto animais como humanos para agradar seus deuses. Em um festival tradicional do Nepal, milhares de animais são mortos como oferendas aos deuses, enquanto o público assiste à decapitação de inúmeros búfalos e bodes para agradar ou apaziguar diferentes deuses. Também no Brasil existem as crenças em deuses ou deusas que se agradam das oferendas ou de determinadas vestes dos fiéis em dias especiais. As oferendas são os rituais compostos de frutas, alimentos, animais, carnes, bebidas, flores, louças e adereços que servem para oferecer aos deuses ou entidades a fim de agradá-los e conseguir deles algum favor.
Existe uma cena descrita no Novo Testamento que revela a alegria de Deus para com Jesus. A descrição não insinua em nenhum momento um gesto, uma oferta ou um sacrifício de Cristo naquele momento. Jesus está saindo das águas do Jordão após ser batizado e ouve a voz de Deus que diz: "Este é o meu filho amado, em quem me agrado" (Mateus 3. 17). Você já pensou sobre a alegria de Deus por simplesmente amar-te?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Uns Aos Outros

Uma das coisas mais tristes em nossa sociedade é que ela vem perdendo cada vez mais, o senso comunitário. Não se trata somente de saudosismo. Na verdade o ser humano sempre teve certa dificuldade com esse negócio de importar-se com o outro. No entanto, a modernidade vem marcada ainda mais fortemente pelo individualismo.

Jesus ordenou que "vos ameis uns aos outros" (João 15. 12). Porém, nossos relacionamentos são marcados pela indiferença. Paulo novamente enfatizou: "Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal" (Romanos 12. 10). Fingimos ainda não compreender. Dentro da perspectiva do amor, o mesmo Paulo exorta: "Não nos julguemos mais uns aos outros" (Romanos 14. 13). E, a cada dia, nos tornamos mais hábeis em apontar o dedo. Paulo disse mais: "Acolhei-vos uns aos outros" (Romanos 15. 7), e a cada dia nos vemos obrigados a instalar mais alarmes e construir muros mais altos; "Suportai-vos uns aos outros" (Colossenses 3. 13); e, precisamos cada vez mais de advogados e psicólogos; "Consolai-vos, pois, uns aos outros" (I Tessalonicenses 5. 11); e nossas lágrimas molham os travesseiros por não encontrarem ombros sensíveis; "Levai as cargas uns dos outros" (Gálatas 6. 2), inventamos o 'jeitinho' para levar vantagem às custas do outro. Também Tiago orienta: "orai uns pelos outros" (Tiago 5. 16); e, nos revelamos melhores em falar pelas costas da vida alheia. E, ainda Pedro aconselha: "Servi uns aos outros" (I Pedro 4. 10), mas, todos queremos apenas ser servidos.

A igreja é então chamada a exercer profeticamente o desafio de viver em comunidade. O espírito comunitário da fé cristã permeia as Escrituras. Está presente na vida e ensinamento de Cristo. Expressa-se na Santa Ceia onde irmãos comungam do mesmo sangue e do mesmo corpo lembrando o sacrifício de amor de Cristo. Uma das imagens utilizadas pelo Apóstolo Paulo para a Igreja é corpo. Um corpo constituído por vários membros, diferentes entre si, mas cooperando e expressando unidade.

Estamos diante de um aspecto primordial para discernir a verdadeira Igreja de Cristo em nossos dias. Ela, teimosamente, insiste na contramão das tendências fragmentárias. Trata-se de um fruto, um sinal visível, concreto dos discípulos de Jesus Cristo. "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (João 13. 35).

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