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segunda-feira, 31 de março de 2014

Família II

Existe um texto nos Evangelhos que é bastante revelador sobre a postura de Jesus quanto ao tema da família. Em Mateus 19. 3-12, encontramos uma situação onde...

Alguns fariseus aproximaram-se dele (Jesus) para pô-lo à prova. E perguntaram-lhe: "É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo?” 
Ele respondeu: "Vocês não leram que, no princípio, o Criador ‘os fez homem e mulher’ e disse: ‘Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’? 
Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe". 
Perguntaram eles: "Então, por que Moisés mandou dar uma certidão de divórcio à mulher e mandá-la embora?”
Jesus respondeu: “Moisés lhes permitiu divorciar-se de suas mulheres por causa da dureza de coração de vocês. Mas não foi assim desde o princípio. 
Eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério". Os discípulos lhe disseram: "Se esta é a situação entre o homem e sua mulher, é melhor não casar". 
Jesus respondeu: "Nem todos têm condições de aceitar esta palavra; somente aqueles a quem isso é dado. 
Alguns são eunucos porque nasceram assim; outros foram feitos assim pelos homens; outros ainda se fizeram eunucos por causa do Reino dos céus. Quem puder aceitar isso, aceite".

Minha reflexão com este texto não vai tanto nos pormenores que poderíamos extrair aqui. Mas, chamar a atenção para alguns pontos que nos levam novamente para a questão mais abrangente e, quem sabe, central.

Nós vivemos uma realidade onde muitos veem a religião como uma espécie de fenômeno que se propaga à base do “pode ou não pode”. E, muitas vezes, esse ‘o que pode e o que não pode’ é tomado como algo totalmente arbitrário, como se fosse instituído pelas religiões apenas para se distinguir, ou, infernizar a vida de seus fiéis. Daí vem a famosa frase “a minha religião não permite!”
Divórcio: Pode ou não pode?
Sexo antes do casamento...
Homossexualidade...
Ou, o que é melhor? Casar ou permanecer solteiro...? Ter ou não ter filhos...?

A pergunta dos fariseus lembra muito algumas perguntas e comentários que muitos de nós também escutamos hoje em dia. É uma percepção da religião, típica de quem não compreende as implicações mais profundas da fé, da vontade de Deus, do que significa viver num mundo criado, ou seja, um mundo e uma realidade que tem uma origem num Deus pessoal, soberano, todo-poderoso.

Quando buscamos no relato de Gênesis a vontade de Deus no que se refere aos seres humanos e à vida familiar, encontramos revelações muito claras. Existe uma ordem para a criação de Deus e, esta, não exclui as relações humanas, a vida em sociedade e a família, pelo contrário.
o Senhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá". (Gênesis 2:16-17).

Se Deus é o criador de todas as coisas, ninguém melhor do que ele para saber o que é o melhor para a sua criação.


Na próxima postagem vamos comentar um pouco mais sobre algumas coisas que Jesus diz em sua conversa com os fariseus e discípulos no relato de Mateus 19.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Família

O tema da família é de grande importância para a sociedade. Embora muito tematizado, parece cada vez mais difícil se posicionar sobre este assunto. Frente aos diversos questionamentos e busca por modelos, a igreja cristã vem se debatendo de forma que, na maioria dos casos, age de maneira reativa, jogando na defesa. Como cristãos, cremos que a família, como tal, é criação de Deus, é projeto original do Criador de todas as coisas.

 Falar da família, enfatizar o valor da família, defender a família não pode ser meramente um discurso reativo frente aos ataques de um mundo hostil. Antes, a família é algo que, independente das distorções - que geram desde celebração até arrepios -, está na concepção de algo que compõe a ordem da criação de Deus. Isso quer dizer que qualquer limitação causada pelo pecado não legitima as distorções da experiência humana. Tampouco a nossa limitação deveria se tornar justificativa para um comodismo frente aos desafios, dificuldades e obstáculos que se apresentam. Ainda é possível falar de um referencial quando o assunto é família?

Sem perdermos a perspectiva da graça, da misericórdia e do projeto de redenção de Deus, devemos também manter aberta as nossas mentes e nossos corações, de modo que a tolerância, no melhor sentido da palavra, permaneça como uma marca distintiva do caráter cristão. E, isso no que se refere ao fato de sermos diariamente desafiados a sermos imitadores de Cristo, tanto em nossa vida pessoal, de santidade, quanto em nossos relacionamentos com o próximo.

Existem diversos meandros e sutilezas, vários exemplos que poderíamos citar aqui e que dizem respeito a esta temática. Desde as tentativas de mudar a nomenclatura, típico da ideologia do politicamente coreto e seus eufemismos, até as investidas da mídia em tornar normal algo que, especialmente na visão deles, escandaliza os religiosos e conservadores, existem vários exemplos, relatos e questões que poderíamos discutir. Casamento e divórcio, heterossexualidade e homossexualidade, casar ou permanecer solteiro, ter ou não ter filhos, aborto, fidelidade e infidelidade, homem e mulher, sexo ou gênero, etc... são assuntos que inevitavelmente surgem dentro deste tema maior da família.

O que poderíamos fazer diante de toda confusão e crise familiar? Existe algo que a fé cristã e a tradição protestante têm a dizer sobre isto? De que modo as Escrituras e a vontade de Deus se posicionam com relação à família? De que modo nós poderíamos manter uma postura firme, em amor, de modo que sejamos tolerantes, acolhedores e misericordiosos? Ainda é possível ser um cristão, acreditar e defender a família sem compactuar com tudo aquilo que vem se querendo instituir como “legítimo” e “normal” na sociedade?


Enquanto você reflete sobre estas questões e posta seus comentários e opiniões, aguarde nosso próximo post onde continuaremos o assunto.

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