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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Um Abençoado Ano de 2010 à Todos!


O Galo Cantor

Em um galinheiro não muito distante daqui havia um galo chamado Abelardo que era tratado como um rei. Todas as galinhas e frangos e, até mesmo os outros galos cuidavam muito bem dele. Todos traziam para ele as melhores comidas e davam-lhe os melhores lugares no galinheiro. Abelardo tinha tudo o que queria e todos o cercavam com grande luxo e cuidado. Ninguém podia ao menos pensar na possibilidade de que Abelardo ficasse doente. Pior ainda, ninguém queria que ele ficasse rouco. O fato é que todos acreditavam, e Abelardo também, que o canto daquele galo fazia o sol nascer. Isso porque alguns minutos depois que ele cantava, na madrugada, todos viam o sol nascer. Com isso, divulgou-se entre todos no galinheiro, o mito de que Abelardo tinha um canto muito poderoso e que o seu canto fazia o sol nascer.
O problema, porém, foi que uma noite Abelardo foi dormir muito tarde e quando percebeu, havia errado a hora e ao correr para cantar, viu que o sol já havia nascido. Qual não foi a decepção e frustração de Abelardo ao olhar ao redor e ver todos os habitantes do galinheiro com os olhos de reprovação voltados para ele. Alguns zombavam e outros diziam-se enganados pelo galo charlatão.
Desde aquele dia a vida de Abelardo nunca mais foi a mesma. Perdeu os amigos e foi condenado a uma terrível solidão. Sempre que passava pelos companheiros do galinheiro ele era desprezado e lhe davam as costas.
Todavia, depois de um certo tempo e alguma reflexão, Abelardo acordou com uma nova disposição. Subiu em um galho e com toda a força dos pulmões, cantou lindamente. Quando ele terminou de cantar, todos os habitantes do galinheiro estavam reunidos e em coro diziam: "Ah seu galo tolo. Você pensa que nos engana novamente? Sabemos que não é o seu canto que faz o sol nascer!"
Abelardo então respondeu: "Realmente eu era um tolo, pois também pensava que o meu canto fazia o sol nascer. Agora, porém, sei que há um Criador que sustenta todas as coisas e dá sentido à vida. Hoje, não canto para fazer o sol nascer, mas canto porque ele já nasceu em minha vida!"
Assim, querido leitor, se você passou um ano de 2009 cansado e sobrecarregado com responsabilidades e compromissos, se você, com todo o seu esforço, ainda se decepcionou por ter percebido que não é indispensável, lembre-se: o essencial já está feito! Viva e alegre-se pelo que Deus já fez e continuará a fazer em 2010! Liberte-se da religião que pede sacrifícios e esforços para ativar o poder divino. Viva a gratidão por tudo que Deus já fez, apesar de não sermos merecedores!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Aos Líderes Que Ainda Desejam Edificar Igrejas Relevantes

A quantidade de informações sobre a proliferação de igrejas nas cidades brasileiras só é maior, talvez, do que o número de igrejas. Uma de nossas comunidade de bairro em Pelotas fica a menos de três quilômetros de nossa casa. Para chegar lá não transitamos em mais do que quatro ruas, e, no trecho maior de uma delas, passamos por quatro igrejas. O que chama a atenção do observador mais critico é a semelhança entre elas. O mesmo estilo de pregação, as mesmas músicas e estilo de louvor, os mesmos apelos emocionais, uma ordem simples e previsível: saudação, louvor, pregação, apelo, oferta. Os líderes geralmente não têm a Bíblia como fundamento do seu ministério, mas, as técnicas de marketing, mensagens de internet e imitação de pregadores de rádio e televisão. Os músicos, por sua vez, buscam inspiração em shows, workshops e discos de artistas renomados do meio gospel.
Diante disso temos uma igreja sem identidade, superficial, sem impacto na sociedade. Quando muito, contribuem causando escândalos como frequentemente aparecem nos noticiários. As mensagens não desafiam a uma transformação de caráter, à ética e ao engajamento por um mundo melhor. Deus, Jesus e a Bíblia tornaram-se apenas palavras mágicas utilizadas para ordenar e determinar milagres de acordo com a vontade de cada um. Não se sabe mais o que é reverência, santidade ou autoridade. Explora-se o que já existe de pior no ser humano: cobiça, ganância e sede de poder. Diante disso, quero oferecer algumas dicas ou conselhos aos líderes que ainda sonham em edificar comunidades cristãs sérias.
1. Substituam o marketing, a internet e a televisão pela Bíblia. Estudem e formulem as suas própria conclusões. Paulo, o apóstolo, só tinha autoridade para pedir que a igreja o imitasse porque ele mesmo tinha consciência que era um imitador de Cristo. Leia menos livros sobre a Bíblia e tire mais tempo para ler a própria Bíblia.
2. Preste atenção às pessoas, ao contexto em que a sua comunidade está inserida. Valorize as particularidades, respeite a caminhada de cada um, deixe que a igreja cresça naturalmente e que a palavra de Deus seja a inspiração.
3. Conheça e deixe-se conhecer pelas pessoas. Não banque o super-crente que não passa por problemas. O caminho de Jesus foi um caminho humano, de fragilização e identificação. Jesus não andava em jatinhos, não tinha camarim e também não dependia de roupas de grife para se sentir importante.
4. Fuja das tentações: de ser famoso, de querer edificar uma igreja grande, do imediatismo, de ficar rico no ministério, de poder e do sexo. Tudo isso costuma andar junto. Uma coisa puxa a outra.
5. Ajude os ministros de louvor da tua igreja a compreenderem que unção e autoridade dependem muito mais de submissão, obediência, vida comunitária, oração e estudo da Palavra de Deus do que da participação em shows, workshops e congressos com cantores e bandas famosas. Ajude-os a compreenderem que o trabalho deles é um serviço cuja qualidade dependem 50% de inspiração e 50% de transpiração. O Espírito Santo não supre o desleixo, a falta de ensaio, estudo e preparo. Essa última parte vale também para os pregadores.

sábado, 12 de dezembro de 2009

O Que é Igreja?

Muitas coisas são compreendidas de maneira errada ou equivocadas. Isso também acontece no caso da Igreja de Jesus Cristo. Por isso, talvez seja importante, antes de falarmos o que é igreja, esclarecermos o que a igreja não é:
1. Igreja não é clube – Por isso, sua programação não tem o objetivo de divertir, entreter e oferecer recreação ou paparicos aos sócios. A Igreja não é uma sociedade recreativa.
2. Igreja não é associação – Assim, a igreja não possui sócios. Ela é composta de membros. O sócio paga mensalidade em troca de alguns benefícios. Igreja não cobra mensalidade, ela sobrevive das ofertas voluntárias oferecidas pelos membros de coração grato.
3. Igreja não é time – Por isso, na igreja não são apenas algumas pessoas que participam do jogo enquanto a maioria assiste a tudo de forma passiva. A igreja também não se resume a uma turma de amigos ou de pessoas de atividades ou classes semelhantes.
4. Igreja não é empresa – Por isso ela não está obrigada a desenvolver produtos ou programas para obter lucro ou mesmo gerar empregos e renda.
5. Igreja não é supermercado ou shopping center – Assim, igreja não é lugar para passar o tempo ou ir apenas buscar uma benção nova na prateleira espiritual.
6. Igreja não é casa de espetáculo – Por isso, igreja não é lugar onde procurar ou oferecer shows e apresentações bizarras com efeitos especiais.
7. Igreja não é prédio – O local onde um grupo de pessoas se reúne para louvar, adorar, comungar e ouvir a pregação da palavra de Deus não pode ser confundido com igreja. O templo físico é apenas um espaço onde parte da igreja se reúne.
A diferença básica é que para participar da maioria das entidades ou eventos acima, basta estar vivo, ter prestígio, talento ou dinheiro. Mas, a igreja é a comunhão daqueles que crêem e confessam o nome do Senhor Jesus Cristo. Fé, Cristo e Igreja estão intimamente relacionados. No livro Meu Sonho de Igreja, o pastor Hartmut Weyel diz que “uma pessoa somente se torna alguém que crê quando passa a participar, pela fé, pelo arrependimento e renascimento, daquilo que foi dado à igreja, a saber, ser corpo de Cristo”.
A definição mais correta para a igreja é a Bíblica: Um corpo (Efésios 1. 22; 4. 15; 5. 23 e Colossenses 1. 18). Por isso, as pessoas que compõe a igreja não são associadas, empregadas, clientes ou espectadores, mas membros.
A igreja é o corpo de Cristo, onde Ele mesmo é a cabeça. Os crentes são os membros desse corpo. E, como membros, estamos sempre sujeitos à vontade da cabeça. Assim como não existe uma cabeça sem um corpo, também não pode existir um corpo sem uma cabeça.
Assim, a igreja pode apresentar características de tudo aquilo que o ser humano já conseguiu criar ou organizar, afinal, a igreja é composta por seres humanos, porém é única e diferente de tudo o que ele já produziu em seu mundo ganancioso e capitalista. Isso porque a igreja não surge primeiro com pessoas, mas ela existe porque Deus existe e a elege. O Espírito Santo é dado a igreja e o corpo de Cristo está presente antes da fé pessoal de cada indivíduo.
E, se não podemos falar de igreja sem falar de Cristo e fé, cabe ainda lembrar as palavras do pastor Weyel: “Fé sem Cristo é incredulidade. Fé sem igreja é fé deturpada. Fé fora da igreja é supertição”. Ou seja, a igreja é a comunhão de todos aqueles que crêem e confessam a Jesus Cristo como seu único e suficiente senhor e salvador. Numa sociedade onde a maioria das pessoas espera ser servida, as pessoas que constituem a igreja precisam aprender sempre de novo com o seu Cabeça: “Pois nem mesmo o Filho do Homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Jesus Cristo - Marcos 10. 45).

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O Que Está Faltando Para Um Feliz Natal?

O tempo de quatro semanas que antecedem o Natal é conhecido na tradição cristã como advento. Advento significa vinda, chegada. Está relacionado à chegada de Deus ao mundo. Tempo determinado para a preparação da festa do nascimento de Jesus. Por falar em festa, você já foi a uma festa de aniversário onde havia muita comida, muita alegria, muita celebração, diversos presentes, música, conversa animada? É provável que sim. E, você já foi a uma festa de aniversário desse tipo onde o aniversariante estava ausente? Pois o Natal, cada vez mais, está se tornando isso: uma festa de aniversário sem o aniversariante.
Na minha história pessoal, o advento nunca significou alguma coisa. Não que o advento não signifique nada. Mas, para mim nunca significou! O comum, no mundo, é ver as pessoas agitadas em torno das arrumações de fim de ano, das festas, das compras, das ceias especiais, dos presentes, das férias, das viagens, etc... E, como eu venho de uma família que social e economicamente estava excluída desse advento de consumo e, que também não compreendia tão bem assim as questões mais religiosas do ano litúrgico, o advento e a chegada do natal eram esperança do tipo: 'este final de ano será diferente', ou, talvez apareça alguma visita inesperada ou um presente improvável... Pouco sabíamos sobre o real significado que, pelo menos no discurso, muitos cristãos ainda procuram preservar.
Apesar de tantos adventos, natais e finais de ano frustrantes, fui aprendendo que a frustração é fruto de expectativas equivocadas. Hoje, a vida sem símbolos natalinos, sem árvores de natal e luzinhas pendurados por tudo não fazem qualquer diferença. Compreendi que a grande maioria das coisas que cercam essa data não passa de ilusão para mascarar a tristeza de corações vazios. É a festa dos que celebram sem a presença da razão principal. Daqueles que celebram, comem regaladamente, soltam fogos, se abraçam... para logo depois acordar com dor de cabeça e iniciarem um novo ciclo. Continua o sentimento do 'parece que falta alguma coisa!' O advento é espera que possui traços de comportamento próprios de uma vigília. Tempo de expectativa das comunidades cristãs (venha o teu reino) relacionada à nova vinda de Cristo, a chegada do "novo Céu e a nova terra". Não existe mais o 'menino' Jesus. Ele já nasceu! E, agora, quando Ele vier será em glória para instaurar definitivamente o reino de Deus em toda a sua plenitude! A vida cristã não se resume a ciclos. Ela é progressiva. Por isso, não aguardamos mais o Jesus 'menino', mas, o Jesus Senhor e Salvador. Não o Jesus que vai nascer, mas o Jesus ressurreto. Então, se apesar de toda celebração, presentes, chocolate e decoração permanecer o sentimento de 'falta alguma coisa', reflita: não estaria faltando o principal!?

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