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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Papel Aceita Tudo

Em que nós temos acreditado?

Frase muito utilizada quando alguém lê algo sobre o que não acredita. No Brasil muitos se expressam dessa maneira a cada nova lei promulgada. Outros lêem um pedido de desculpas, uma promessa de que as coisas serão diferentes, um compromisso assumido e, soltam: papel aceita tudo. É a incredulidade verbalizada numa frase pronta. Uma forma de ver o mundo encontrando um ditado popular para se revelar. Um modelo de pensamento que não permite mais reflexão ou questionamento. Um ‘é sempre assim’ dito com outras palavras.

Quantas outras expressões prontas e ditos populares ouvimos todos os dias? Sequer paramos para pensar o quanto essas frases revelam sobre a cultura, o desenvolvimento, os valores e comportamentos de um povo. Não pensamos também nas crenças que estão por trás de cada sentença. Frases que o senso comum tratou de eternizar devido à sabedoria popular que carregam. Poucas palavras capazes de dizer tanto. Além da poesia, da forma perfeita, do poder de síntese, um ditado popular é capaz de revelar mais até que o sentido implícito ao próprio ditado.

Uma mentira repetida mil vezes pode tornar-se uma verdade, como dizia Joseph Goebbels, ministro da Propaganda na Alemanha nazista. Será que é somente o papel que aceita tudo? Em que nós temos acreditado? A nossa vida depende daquilo em que cremos. É nosso interior que vai determinar o exterior. Todo ser humano é essencialmente religioso. Para compreender o mundo todos nós buscamos uma ideologia que faça algum sentido. Você já ouviu aquela outra expressão, mais ou menos assim: ‘Quem é bom com o martelo, acha que tudo é prego’? Pois é, dependendo da visão de mundo e de nós mesmos que tivermos, nossa vida poderá refletir valores e princípios diferentes. E, essa crença vai influenciar todo o nosso estilo de vida.

Se eu, por exemplo, acreditar que a voz do povo é a voz de Deus, irei sempre considerar que a maioria tem razão. Se eu for alguém que confia em Deus e ao mesmo tempo acredita nesse ditado, não vou poder contestar a decisão de um povo, afinal, é a voz do próprio Deus. Se um país elege um político tirano será que a voz do povo refletiu mesmo a vontade de Deus? Conhecedores das crenças que movem um povo, muitos profissionais ou entendidos da publicidade podem fazer coisas incríveis a serviço de políticos, empresas e ideologias através da mídia. E eu só pude escrever isso tudo aqui porque papel aceita tudo! Mas a minha mente não é de papel.

sábado, 23 de agosto de 2008

Nele se alegra o nosso coração

Nossa esperança está no SENHOR;
ele é o nosso auxílio e a nossa proteção

Nem sempre é fácil escrever um artigo por semana. Eu aproveito para publicar aqui no Blog os textos que preparo para o Jornal Diário Popular aqui da região sul do RS. O espaço que limita o tamanho da narrativa, a preocupação em não escrever demais e ao mesmo tempo fazer-se entendido, os prazos quanto à data de envio... Algumas vezes falta inspiração, outras, acontecem coisas não muito boas e inesperadas. O texto da semana passada dizia que Deus é fiel. Hoje, devo confirmar que apesar dos acidentes de trânsito, Deus é fiel, apesar dos prejuízos materiais, Deus é fiel, por Ele nos guardar de ferimentos, Deus é fiel. Se as conseqüências tivessem sido mais graves, Ele ainda assim é fiel.

Hoje quero compartilhar com vocês a bela canção Deus É Fiel de Asaph Borba: Em meio aos muitos problemas, Em meio às lutas sem fim, Por entre os muitos dilemas, Que se apresentam para mim. Às vezes eu posso passar uma noite inteira a chorar, Mas sei que meu Deus logo pela manha Fará novamente o sol brilhar. E encherá de alegria os meus lábios E o meu coração de louvor. Assim vou descansar, sim eu vou confiar No seu grande e imenso amor. Deus é fiel, é fiel. Acima de todas as coisas, eu sei. Eu sei que meu Deus é fiel.

Para finalizar, deixo o Salmo 33 para meditação. Creio que ele resume e até diz melhor o que tentei transmitir com meus seis últimos textos: “Cantem de alegria ao SENHOR, vocês que são justos; aos que são retos fica bem louvá-lo. Louvem o SENHOR com harpa; ofereçam-lhe música com lira de dez cordas. Cantem-lhe uma nova canção; toquem com habilidade ao aclamá-lo. Pois a palavra do SENHOR é verdadeira; ele é fiel em tudo o que faz. Ele ama a justiça e a retidão; a terra está cheia da bondade do SENHOR. Mediante a palavra do SENHOR foram feitos os céus, e os corpos celestes, pelo sopro de sua boca. Ele ajunta as águas do mar num só lugar; das profundezas faz reservatórios. Toda a terra tema o SENHOR; tremam diante dele todos os habitantes do mundo. Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo surgiu. O SENHOR desfaz os planos das nações e frustra os propósitos dos povos. Mas os planos do SENHOR permanecem para sempre, os propósitos do seu coração, por todas as gerações. Como é feliz a nação que tem o SENHOR como Deus, o povo que ele escolheu para lhe pertencer! Dos céus olha o SENHOR e vê toda a humanidade; do seu trono ele observa todos os habitantes da terra; ele, que forma o coração de todos, que conhece tudo o que fazem. Nenhum rei se salva pelo tamanho do seu exército; nenhum guerreiro escapa por sua grande força. O cavalo é vã esperança de vitória; apesar da sua grande força, é incapaz de salvar. Mas o SENHOR protege aqueles que o temem, aqueles que firmam a esperança no seu amor, para livrá-los da morte e garantir-lhes vida, mesmo em tempos de fome. Nossa esperança está no SENHOR; ele é o nosso auxílio e a nossa proteção. Nele se alegra o nosso coração, pois confiamos no seu santo nome. Esteja sobre nós o teu amor, SENHOR, como está em ti a nossa esperança”.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Deus é Fiel

Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre

É comum ouvirmos pessoas reconhecendo a fidelidade de Deus após alguma coisa ter dado certo. Alguém é curado de uma doença e logo ouvimos um ‘Deus é fiel’ emoldurando a boa notícia. Outro escapa de um perigo eminente e o testemunho geralmente é finalizado num suspiro: ‘Deus é fiel!’ Os testemunhos que reconhecem a fidelidade e presença de Deus geralmente estão num contexto de vitórias, bênçãos, sucesso e prosperidade! Assim, a fé, para muitos, está diretamente relacionada com o ‘se dar bem’. Deus é não mais do que um resolvedor de problemas. Quando as coisas não estão bem, Ele é culpado. Se as coisas vão bem e consigo reconhecer Deus no processo, então Ele é fiel. Logo, a fidelidade de Deus passa a depender das circunstâncias da vida humana. Pelo menos é assim que muitos têm construído sua vida de fé e relacionamento com Deus.

Esse Deus idealizado e circunstancial não é o Deus da tradição judaico-cristã. José é um personagem bíblico que passou por inúmeras circunstâncias difíceis: foi invejado e por isso vendido como escravo pelos irmãos; longe de casa sofreu outras injustiças que o levaram a prisão... No entanto, anos depois de ter sido separado da família ele é capaz de reconhecer a fidelidade de Deus em todo processo da sua vida. Ao estar novamente diante dos irmãos pode perdoá-los e enxergar quem verdadeiramente está no controle da história: “não foram vocês que me mandaram para cá, mas sim o próprio Deus” (Gênesis 45. 8). Outro belo exemplo nós encontramos na vida de Jó, um homem temente a Deus que perde família, riquezas e saúde e mesmo assim é capaz de palavras como estas: “Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei. O SENHOR o deu, o SENHOR o levou; louvado seja o nome do SENHOR” (Jó 1. 21). O Novo Testamento apresenta relatos da vida de Estevão. Incriminado injustamente, ele foi apedrejado até a morte por religiosos fanáticos e irados. Durante o tempo de martírio ele orava e suas últimas palavras foram: “Senhor, não os consideres culpados deste pecado” (Atos 7. 60). Uma rápida olhada na vida de Jesus nos permitirá conclusões semelhantes: Não são as circunstâncias da nossa vida que fazem Deus ser Deus.

Apesar do dia feio, Deus é fiel; apesar das minhas frustrações, Deus é fiel; apesar do desemprego, Deus é fiel; apesar dos meus sonhos frustrados, Deus é fiel; apesar das minhas orações não atendidas, Deus é fiel; apesar da fome no mundo, Deus é fiel; apesar de eu não ter sido aprovado, Deus é fiel; apesar da doença, Deus é fiel; apesar da morte, Deus é fiel. “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre” (Hebreus 13. 8). Deus é fiel, é fiel, acima das circunstâncias, eu sei, eu sei que o meu Deus é fiel... Assim como o sol continua a brilhar apesar das nuvens que me impedem de vê-lo, eu sei que o Senhor é fiel!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A Ordem da Criação

A desobediência e rebeldia humana contra Deus é que degenera todas as coisas

O livro bíblico de Gênesis revela o início de todas as coisas. Deus, um ser pessoal e livre decide dar início à Criação. O texto descreve o surgimento da luz, dos astros, da terra, dos mares, dos animais de todos os tipos e espécies, das plantas e, finalmente do ser humano. Um dos fatores que chama a atenção no relato é como Deus vai fazendo cada coisa a seu tempo. Deus vai criando e avaliando aquilo que Ele produz. No primeiro capítulo do livro de Gênesis aparece seis vezes a palavra bom: “E Deus viu que ficou bom”. Ao final de cada etapa da criação Deus observa, contempla, aprecia as coisas criadas. E, ao final do sexto dia, após ter criado o ser humano Deus mais uma vez observa e conclui: “tudo havia ficado muito bom”. Quem de nós também não fica orgulhoso após concluir um trabalho bem feito!?

Além de todas as coisas visíveis e palpáveis que Deus criou, Ele estabeleceu também ordens para que tudo pudesse continuar muito bom. Existem leis como, por exemplo, a gravidade que nos ajudam a viver com segurança, bem fixos ao chão. Ninguém ousa desafiar essas ordens ou princípios de maneira irresponsável. Seria estupidez fazê-lo. Existem, assim, vários princípios e ordens que servem para o bem da humanidade. E, sempre que essas leis são ignoradas ou quebradas irresponsavelmente, as conseqüências não tardam. A desobediência e rebeldia humana contra Deus é que degenera todas as coisas. Assim, não conseguimos olhar para a criação de Deus hoje e constatar que está tudo muito bom. O impulso humano de querer ser Deus acaba transformando-o num tirano. A nossa incapacidade de administrar bem os recursos que o Senhor nos confiou acabam gerando problemas para nós mesmos.

Exemplificando o que estamos dizendo vemos que após a Criação Deus descansou. Estaria mesmo o Deus Todo-Poderoso cansado? Deus descansou no sétimo dia, não por estar cansado, mas porque não sobrara mais nada sem forma ou vazio. Sua obra criadora já estava concluída — sendo de todo eficaz, absolutamente perfeita, muito boa. Não tinha de ser repetida, consertada ou revista, e o Criador descansou para comemorá-la. Deus estava muito contente com todas as coisas. O sétimo dia significou: Basta, está tudo muito bom, agora é hora de parar um pouco e curtir toda essa maravilha. No Evangelho de Marcos encontramos Jesus dizendo que “o dia de descanso foi feito por causa do homem”. Ou seja, somos nós que precisamos descansar. Nós também recebemos o direito de ter um dia para curtir, descansar, contemplar o fruto do nosso trabalho, estar com a família e os amigos, ter um tempo maior de devoção a Deus. E, ao não considerarmos esse princípio, nós sofremos com o aumento de estresse, agitação, correria, ataques cardíacos, depressão e infelicidade. O ‘tudo muito bom’ que era para ser agradável passa a se algo ruim a ser suportado.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

O Homem Não Se Redime

A religião é invenção humana

Negar a morte redentora de Cristo é sintoma do pecado. Mostra o quanto temos dificuldades para admitir a corrupção do nosso próprio coração. Se o pecado não existe, então, o sacrifício de Jesus também não pode ter nada de remidor, foi em vão... Por outro lado, vemos a necessidade de tribunais, prisões, polícia, governos, tantas instituições que provam a incapacidade humana de viver pacificamente. O ser humano não nasce bom e depois vai se corrompendo. Todos nós já nascemos corruptos. E, isso não se resolve por nós mesmos. É preciso a intervenção daquele que no início criou tudo muito bom. Se aconteceu alguma coisa no passado que desviou o projeto inicial, então é preciso que alguma coisa interfira novamente para restabelecer a ordem. E, foi o que aconteceu, “porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele” (Evangelho de João 3. 16, 17).

O mais triste é que nem mesmo as igrejas e o povo que se declara cristão em nosso país parecem acreditar nisso. Vivem como se tudo estivesse perdido, alienam-se em seus mega templos com suas músicas razas e discursos vazios. Posicionam-se sempre na defensiva como se o ‘mundo’ fosse apenas um grande território das trevas pronto a despedaçar o povo de Deus. Travam batalhas espirituais quixotescas e declaram profecias que nunca se cumprem. Conhecem um deus mesquinho e limitado que se interessa somente em ser agradado e temido. Transformaram a fé numa relação de troca ignorando o sacrifício definitivo de Cristo. Poucos da multidão neoevangélica sabem o que significa redenção, vocação e espiritualidade. Vivem como se Deus se preocupasse apenas com as almas e ignorasse as aflições cotidianas vividas pelo corpo.

A religião é invenção humana. Na busca por recuperar aquilo que se perdeu, o ser humano busca explicar para si o que acontece a sua volta. Desintegrados, separados, alienados, seguimos vagando em busca daquilo que possa dar sentido às nossas vidas. Nesse processo, não faltam aqueles que aproveitam para obter vantagens. Se existe a procura, apressam-se em produzir ofertas. Descrentes da realidade ou intervenção divina e real, vão depositar suas esperanças no materialismo puro. Utilizam-se da necessidade religiosa de uma massa ignorante para encontrarem sentido na sua própria religião ignorada. Pedem provas da existência de Deus, mas são incapazes de provar a sua inexistência. Debochando da ingenuidade e boa fé do povo, desprezam a sua própria necessidade de sentido que os leva a elaborar a sua própria religião.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Ele Morreu Por Mim

ninguém é refém das circunstâncias da vida

Vivemos um tempo em que poucas pessoas admitem o pecado. Encontraremos aqueles que argumentam tratar-se de uma coisa criada pela igreja. Como se o sentimento de culpa fosse uma instituição possível de ser criada por algum ser humano. Seria o egocentrismo também algo que resultou da criatividade humana? Até mesmo criancinhas angelicais já demonstram egoísmo e violência quando contrariadas. A dificuldade em compartilhar as coisas, a natureza voltada para si, o desejo de levar vantagem... Não são características que vemos apenas em alguns adultos desequilibrados. Ninguém é apenas fruto do meio social onde cresceu. Sim, todos nós sofremos influências que marcam nosso caráter e personalidade. No entanto, ninguém é refém das circunstâncias da vida. Muito embora, a maioria das pessoas precise de ajuda e orientação para se libertarem.

A Bíblia Sagrada trata o ser humano de maneira bem realista. As diversas histórias e aspectos biográficos dos personagens não são mascarados. A Bíblia é diferente dos nossos livros de história romanceados. Os heróis não são perfeitos. Os maiores personagens têm suas mazelas e deslizes expostos. Diante de Deus a questão não é o quanto podemos nos mostrar perfeitos. E, sim, o quanto estamos dispostos a admitir nossas limitações e necessidade que temos da redenção. Apesar de conseguirmos corromper toda a bela Criação, Deus nunca desistiu de nós. Seu amor jamais permitiria que ficássemos entregues a nossa própria sorte. Por isso, podemos ter sempre a certeza de que jamais estaremos sozinhos em nosso planeta azul.

Muita gente no mundo conhece ou já ouviu falar de Jesus Cristo. Desses, muitos ainda acham que ‘Cristo’ é apenas o sobrenome de Jesus. Outros vêem apenas um mito, um personagem, um Jesus que não existiu de verdade. Encontraremos também aqueles que admiram o Cristo por suas idéias e belos exemplos. Tantos ainda equiparam Jesus a um Che Guevara, Gandhi, Maomé ou Kardec. Pessoas que idolatram um Jesus idealizado, fabricado segundo suas próprias expectativas e necessidades existenciais. Poucos, pouquíssimas pessoas tem se aprofundado na questão maior: a morte de Jesus Cristo na Cruz do calvário. O que isso significou? O que continua significando para a humanidade em pleno século XXI? Jesus demonstrou o tempo todo saber das coisas que o aguardavam. Diante das autoridades da época, deixou claro que estava seguro e consciente quanto ao que ocorria e ainda estava para ocorrer. Podemos ainda admirar os grandes feitos e ensinamentos de Jesus e, ao mesmo tempo, ignorar os aspectos mais relevantes da sua passagem sobre a Terra? Você compreende o grande mistério da morte daquele homem que afirmava com toda convicção ser o filho de Deus?

sábado, 9 de agosto de 2008

Ficou Tudo Muito Bom

Na sua soberania Deus decide entregar a gestão do planeta aos seres humanos

Nosso Deus criador é um Deus muito bom. Por isso, tudo aquilo que Ele fez só poderia ser também muito bom. Após ter criado muitas coisas, inclusive os seres humanos, o Senhor para e contempla: “E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom” (Gênesis 1. 31). Saber disso leva muitas pessoas a questionarem: onde está toda essa beleza da criação de Deus? O que aconteceu com o mundo? Onde foi que as desgraças começaram a fazer o lucro e a alegria dos jornais sensacionalistas? O que foi que deu errado? Onde afinal está Deus em meio a tantas desgraças?

Foi o amor relacional de Deus que o levou a criar a nós, seres humanos. Somos a única espécie criada à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1. 27). Deus escolheu criar-nos para se alegrar conosco. Ele inclusive nos confiou toda a sua criação. Deixou-nos como co-responsáveis pelo seu belo jardim. O ser humano foi privilegiado para dar continuidade a criação. Como um ser criativo a semelhança de Deus podemos desenvolver a cultura através das artes, do trabalho e da ciência. Na sua soberania Deus decide entregar a gestão do planeta aos seres humanos. Ele poderia controlar todas as coisas, mas nos criou com liberdade. Deus não tem interesse em fazer de nós bonequinhos manipulados por cordas. Ele confiou a nós a responsabilidade de administrarmos toda a sua criação. O que nós fizemos daquilo que Deus nos confiou? O que estamos fazendo?

Onde está Deus diante de tanta miséria, dor e violência? Seria esta a pergunta mais justa e correta a fazer? Talvez esteja na hora de finalmente nos darmos conta de que a questão está invertida. A pergunta mais honesta é: Onde está o ser humano diante de tanta miséria, dor e violência? Até quando vamos continuar fugindo da nossa responsabilidade? Até quando vamos procurar a culpa em Deus, no governo, no passado, em nossos pais, etc? Será mesmo que não podemos fazer nada? Seríamos assim tão medíocres e limitados ao ponto de termos que aceitar tudo como se fosse assim mesmo?

A história nos apresenta exemplos de coisas das mais horríveis e tiranas. Exemplos tristes de fatos que nasceram da mente e do coração dos seres humanos. Mas, temos também homens e mulheres que fizeram jus a capacidade de amar, de colocarem-se a serviço, de somarem com sua criatividade. Podemos continuar a produzir belas obras de arte, encontrar a cura para muitas outras doenças, construir lindos arranjos arquitetônicos, mostrar amor e solidariedade com o menos favorecido... Basta deixarmos Deus ser Deus. E quanto a nós, que nós sejamos mais Humanos!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Um Início Harmonioso

as pessoas esbanjavam saúde, disposição e equilíbrio

Na fé cristã acreditamos que Deus é criador de todas as coisas. Não acreditamos que Deus esteja em tudo. Mas, que Ele criou tudo. Também não cremos que Deus tenha simplesmente dado início a tudo e se ausentado depois disso. Não cremos que a humanidade esteja entregue a própria sorte. A criação conhecida hoje como natureza e humanidade está sim aberta às intervenções divinas. O mundo não é só matéria. Mas, quais eram as intenções de Deus ao criar todas as coisas? Será que Deus precisa de nós para alguma coisa?

Deus é completo em si mesmo. Ele vive numa perfeita comunhão na sua trindade (Pai – Filho – Espírito Santo). No entanto, em sua soberania, decidiu dividir a glória dele. O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus. Para nos criar Ele olhou para si mesmo. O próprio Deus é a referência quando Ele decide criar homem e mulher (Gênesis 1. 27). Por isso, na fé cristã toda vida humana é intrinsecamente sagrada. Toda prática que desvaloriza a vida e que vê as pessoas como objetos deve ser combatida. Cristãos são contrários, por exemplo, a prática do aborto. Cremos num Deus relacional que se vulnerabiliza para compartilhar conosco da sua essência.

A imagem de Deus em nós revela que somos também seres relacionais. A essência de Deus em nós faz também com que sejamos seres espirituais. Na Bíblia lemos ainda que “o SENHOR Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo” (Gênesis 2. 15). Isso significa que somos também seres com uma dimensão física. E, se Deus pôde dizer para a humanidade: “Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá” (Gênesis 2. 16, 17), isso significa que as pessoas podem discernir entre o certo e o errado. A sabedoria também é algo que compõe a essência humana.

Deus estava satisfeito com a sua criação. Todas as tardes Ele passeava pelo jardim para encontrar-se com as pessoas e conversar com elas. Existia uma perfeita harmonia entre todas as coisas. Espiritualmente havia harmonia entre Deus e sua criação, entre o ser humano e seu Criador. Nos relacionamentos entre os seres humanos também havia harmonia, respeito e companheirismo. Fisicamente as pessoas esbanjavam saúde, disposição e equilíbrio. Todos podiam entender a ordem da criação de Deus e se submeter a essa ordem. Qual seria a razão para que as coisas não tenham continuado assim? O que deu errado? Onde começou a reinar a desarmonia na Terra? A vontade de Deus é que as coisas tivessem continuado como no princípio.

sábado, 2 de agosto de 2008

Uma vida solitária

Ele nasceu em um vilarejo desconhecido, o filho de uma camponesa. Cresceu em outro vilarejo onde trabalhou em uma carpintaria até completar trinta anos. Então, durante três anos, foi um pregador itinerante. Nunca escreveu um livro. Nunca ocupou uma posição. Nunca teve uma família ou uma casa. Não freqüentou a faculdade. Nunca conheceu uma cidade grande. Não se afastou sequer trezentos quilômetros do lugar onde nasceu.
Não fez nada do que normalmente acompanha o poder. Não tinha credenciais, era simplesmente ele.
Tinha apenas 33 anos quando toda a opinião pública se voltou contra ele. Seus amigos fugiram e um deles chegou a negá-lo.
Foi entregue a seus inimigos e passou pelo escárnio de um julgamento. Foi crucificado entre dois ladrões.
Quando estava morrendo, seus executores disputavam por suas roupas, suas únicas propriedades neste mundo. Quando morreu, foi sepultado em um túmulo emprestado por um amigo misericordioso. Dezenove séculos se passaram, e hoje ele é a figura central da raça humana.
Todos os exércitos que já marcharam, todas as frotas navais que já navegaram, todos os parlamentos que já existiram e todos os reis que já reinaram, colocados juntos, não influenciaram a vida do homem como essa vida solitária.

(James Allan Francis)

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