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sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Fé é Relacionamento

“sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que Ele existe e que recompensa aqueles que o buscam”

Pesquisas feitas no Brasil sempre mostram que o brasileiro acredita em Deus. Numa das pesquisas mais recentes que foi feita entre jovens de todo o país, 99% dizem acreditar em Deus. Mas, acreditar seria o mesmo que crer ou ter fé em Deus? O que afinal significa para alguém dizer que acredita em Deus? Ao dizer que acredito em Deus estou dizendo que creio nele ou, que a minha fé está depositada em sua pessoa? Outra pergunta que ainda carece de resposta é: de que deus se está falando?

Se crer e acreditar são a mesma coisa que confiar ou ter como verídico, o que seria então a fé? Seria somente uma crença em doutrinas de uma determinada religião? O autor da carta bíblica aos Hebreus dedica todo um capítulo a falar da fé. Ele cita vários exemplos de fé e, para começar, dá uma definição: “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (Hebreus 11. 1). Sem dúvidas uma definição mais clara e original que alguns dos nossos melhores dicionários conseguem dar!

Todos os exemplos de fé citados em Hebreus 11 referem-se a pessoas que basearam essa fé no Deus que criou todas as coisas, o Deus revelado na Bíblia. Logo, chegamos à conclusão de que a fé não é algo em si mesmo, ou seja, se eu digo que tenho fé é porque eu tenho fé em... Assim, ao crer que a fé produz resultados, que ela é importante na minha vida, isso só acontece porque o “objeto” da minha fé o permite. Por isso, se eu disser apenas que ‘tenho fé’, é totalmente sensato alguém questionar: ‘sim, mas fé em quem?’ Já menos sensato seria um questionamento do tipo ‘fé em quê?’ Afinal, nesse caso, a fé seria apenas algo em si mesmo, onde a pessoa apenas projeta em algum objeto palpável e visível a esperança por um pouco de sentido na vida.

O que estamos querendo dizer é que a fé sempre depende de um outro. Ter fé, assim, não é o suficiente, por mais que isso possa trazer benefícios a alguém. Quando falamos de uma fé em nos referimos à fé como relacionamento. E eu não posso me relacionar apenas comigo mesmo, tampouco com um mero objeto inanimado. Um relacionamento só acontece entre duas ou mais personalidades. Caracteriza-se pela proximidade, pelo contato, pela convivência com alguém outro que possui a mesma liberdade que eu quero ter para dizer sim ou não.

Relacionamentos pressupõem diálogo e interação. Relacionamentos podem ser quebrados e reatados. Nenhuma vida humana pode ser plena sem relacionamentos. Se o Deus da humanidade nos criou seres relacionais, é porque Ele mesmo é um Deus relacional. Nem mesmo Ele optou por viver só. Deus nos criou para ter com quem se relacionar. E se em qualquer relacionamento humano as pessoas exigem confiança, também na relação com Deus é preciso crer. Sem confiança não há entrega. Sem entrega não há relacionamento. Eu não me agradaria com um relacionamento onde o outro não confia em mim. Da mesma forma “sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que Ele existe e que recompensa aqueles que o buscam” (Hebreus 11. 6). A diferença é que a minha confiança em outra pessoa é limitada pela imperfeição de ambos. Em Deus encontro a perfeição do amor, a soberania e o poder ilimitado de alguém superior a mim.

Ah, antes dissemos que os relacionamentos podem ser quebrados. Foi isso o que aconteceu entre Deus e a humanidade lá no Jardim do Édem. Mas, não desanime! Deus nos ama demais para nos deixar neste mundo a mercê da própria sorte. Ele mesmo veio a este mundo na pessoa de Jesus Cristo para reatar o relacionamento conosco. E como já disse o Apóstolo Paulo: “se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com Ele mediante a morte de seu filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida!” (Romanos 5. 10). É por isso que eu creio em... Que eu tenho fé em... Somente em Jesus!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Deixe-se Encontrar

“Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença?”


Um dos propósitos de Deus para o ser humano é a adoração A transcendência é a capacidade que Deus nos deu para nos relacionarmos com Ele. Não há como o ser humano ignorar essa essência que o faz questionar por Deus. “Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença?” (Salmo 139. 7) questiona o salmista. Se há sede pela eternidade, então o Eterno existe; se há sede por amor, então o Amor Verdadeiro existe. Se existe um vazio que o ser humano busca preencher, é porque existe algo que se perdeu e que precisa ser reencontrado. Como não pode ignorar a presença de Deus, o ser humano tem duas opções: viver lutando e fugindo, ou render-se ao amor do Pai...

Muitas são as nossas tentativas de fuga: dizer-se ateu, agarrar-se às riquezas e bens materiais, eleger outras ideologias como ‘religião’ que explica o mundo, confiar em si mesmo acima de tudo... Mas, nada pode preencher totalmente. Assim, vive-se aquele incômodo de que algo ainda não faz muito sentido. Seguimos errantes pelos caminhos da vida com a sensação de que algo está faltando. E, ao mesmo tempo, carregamos o sentimento de que tudo de que precisamos está tão perto.

O Salmista descobriu que a sua fuga jamais teria fim. Não importa onde pudesse esconder-se, a presença ignorada de Deus também lá o encontraria. Ninguém pode fugir de si mesmo. Carregamos em nós a imagem e a semelhança de Deus com a qual fomos criados. Por isso, temos sede de Deus, uma saudade do eterno. Saudade que nada mais é do que uma carência da presença real do Deus vivo.

Deus está em todos os lugares. Não se trata apenas de uma presença com olhar vigilante. Não apenas como um senhor sádico à espreita esperando surpreender-nos em alguma falta. As últimas palavras de Jesus registradas por Mateus foram: “E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28. 20). Eis uma certeza que todo filho de Deus pode carregar consigo! Como filhos e filhas de Deus, carentes da graça e do amor do nosso Pai Criador, nós podemos confiar e confessar junto com o Salmista: Eu dependo de Ti, Senhor. Tu me conheces perfeitamente, de um modo que vai muito além do conhecimento que tenho de mim mesmo. Tu sabes todas as minhas ações, todos os meus empreendimentos e minha maneira de lidar com tudo isso, até mesmo os meus pensamentos antes de eu os ter formulado conscientemente na cabeça e as minhas palavras antes de serem pronunciadas.

O Deus que deseja relacionar-se conosco é um Deus de amor. Podemos parar de fugir. Podemos parar de procurar. Basta a nós nos deixarmos encontrar.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

As Disciplinas da Vida


Quando Tu queres me guiar,

eu é que me controlo.

Quando Tu queres ser soberano,

eu é que dirijo a minha vida.

Quando Tu queres tomar conta de mim,

eu me basto.

Quando eu deveria depender de Tuas provisões,

eu me supro.

Quando eu deveria submeter-me à Tua providência,

eu faço a minha vontade.

Quando eu deveria ponderar, honrar, e confiar em Ti,

eu me sirvo.

Eu critico e corrijo as Tuas leis

para se adequarem a mim.

Em vez de a Ti eu busco a aprovação dos homens,

e eu sou por natureza idólatra.

Senhor, o que eu mais quero

é levar o meu coração de volta para Ti.

(Arthur Bennett)

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Uma Crise Ambulante

A frustração de muitos pode estar em que optam pela metamorfose sem conseguirem a mudança mais profunda que de fato almejam


Numa antiga composição de Raul Seixas ele cantava: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante / Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. O primeiro significado para a palavra metamorfose é mudança de forma. É uma mudança na forma e na estrutura do corpo dos estados juvenis ou larvares de muitos animais até chegarem ao estado adulto. Mudar de forma é o desejo de muita gente: plásticas, tinturas, piercings, tatuagens, roupas, maquiagens, etc... Mas será que daí pode surgir um novo ser?

Mudar a embalagem não significa necessariamente mudar a essência. Existe outra palavra que para muita gente não é simpática: conversão. Mais utilizado no contexto religioso, converter significa mudar, transformar. Porém, mais do que mudar de opinião ou de crença, para os cristãos a conversão começa com arrependimento. Arrependimento que tem origem na palavra grega metanóia, que traduzindo significa mudança de mente. Significa ver as coisas de um novo jeito. Implica mudança de hábitos, de comportamento e de atitude. A frustração de muitos pode estar em que optam pela metamorfose sem conseguirem a mudança mais profunda que de fato almejam.

Quem é você? O apóstolo Pedro era um rude pescador, às vezes precipitado, outras um covarde temperamental. O Apóstolo Paulo era um judeu que perseguia os cristãos e consentia na morte dos mesmos. Ambos passaram pela metanóia. Jesus avisou a Pedro que ao se converter, fortalecesse os seus irmãos (Lucas 22. 32). Após negar Jesus por três vezes Pedro chora amargamente, experimentando o arrependimento numa crise que o transforma num homem corajoso capaz de enfrentar todos os perigos por Jesus Cristo. Paulo experimenta algo semelhante. Sua crise no caminho de Damasco faz de um perseguidor de cristãos o maior divulgador da fé cristã no mundo da época. Foi Paulo quem disse que “se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” (2 Coríntios 5. 17).

O que é mais importante? Continuar numa metamorfose ambulante, sem opinião, sem personalidade, de onda em onda, sujeito à ditadura da beleza, da moda e da mídia? Nenhum retoque é capaz de fazer aquilo que Deus deseja para a vida humana: uma vida com propósitos e cheia de sentido. À exemplo de Paulo não corra sem alvo e nem lute como quem esmurra o ar. Mas, prossiga para o alvo maior de nossa regeneração que é a semelhança de Cristo Jesus (1 Coríntios 9. 26 e Filipenses 3. 14). Caráter, ética e personalidade, que esses sejam frutos do nosso arrependimento. Não quero mudar só a casca. Eu prefiro ser essa crise ambulante...

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Sob os Cuidados do Pai


Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas?

(Mateus 6.26)

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