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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Ampliando Horizontes

Com o tempo e os modernos recursos tecnológicos, o nosso horizonte foi diminuindo. Deixamos de contemplar belas paisagens do alto de colinas para focar o mundo por meio de televisores, telas de computador, tablets e smartphones. As notícias que nos chegam são mediadas. Se deixarmos de questionar, logo nos tornaremos pessoas portadoras de uma visão reduzida, limitada, imposta por outros. Perdemos com isso, nossa conexão com o passado e a perspectiva com o futuro. Perdemo-nos na efemeridade do aqui e agora. Naufragamos num mar de notícias vazias e sem grande importância na história.
Lendo o profeta Daniel somos confrontados com nossa limitada visão da realidade. Uma marca do livro são os sonhos e as visões. Deus estava revelando que existe algo mais, que a história e o mundo vão além dos projetos pessoais, dos impérios globais, dos projetos de poder. O alerta permanece: “tu te exaltaste acima do Senhor dos céus. [...]. Mas não glorificaste o Deus que sustenta em suas mãos a tua vida e todos os teus caminhos” (Daniel 5:23). Que Deus nos conceda força para deixarmos janelinhas de quatro a janelões de setenta e duas polegadas para contemplarmos a soberania daquele que é o alfa e o ômega!

Deus em Missão

É natural que quando uma pessoa é alcançada pelo Evangelho ela queira compartilhar de sua alegria com amigos, familiares e até estranhos. Mais do que isso, o desejo profundo é que o maior número de pessoas possível também se renda a Cristo e desfrute da sua comunhão. Assim, muitos cristãos iniciados na fé saem a compartilhar suas novas experiências e descobertas. E, em pleno século 21, com a proliferação das redes sociais na internet, este tem sido um veículo também bastante utilizado para compartilhar descobertas, experiências e conteúdos religiosos. A frustração de muitos que saem a compartilhar algo tão importante, profundo e libertador é que nem todos aceitam ou compreendem. O livro de Oseias, no Antigo Testamento, revela algo intrigante sobre muitas pessoas que não aceitam a fé. “Se eles me vissem, não reconheceriam o eterno” (Oséias 5.4). Realmente, quando estamos embriagados no pecado, nem mesmo se o próprio Deus aparecesse diante de nós, daríamos atenção. Sem a misericordiosa intervenção do Espírito de Deus nosso coração permanecerá endurecido e obstinado no pecado. Portanto, nem sempre vale a pena discutir e debater. Compartilhemos o nosso testemunho em amor e deixemos para Deus a obra de quebrantar o coração das pessoas!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Reforma é Movimento

A palavra reforma é muito comum no vocabulário cotidiano das pessoas. Reformar é algo que todos acabam fazendo, seja com uma peça de roupa, um carro, um móvel e de uma casa. Uma coisa certa em qualquer reforma é que se conserva uma estrutura básica. Diante do objeto a ser reformado a questão primeira é: o que é originalmente esta peça ou edificação que desejo reformar? Por mais que a ação do tempo tenha desfigurado uma casa que se deseja reformar, uma coisa é certa: ela continua sendo uma casa. E, depois da reforma é isto que teremos: uma casa. Uma casa reformada, para sermos mais precisos. E quem já encarou uma reforma dessas sabe que isso envolve muito trabalho. Há quem diga que é melhor começar algo do zero do que reformar a partir do que já existe.

A Igreja de Jesus Cristo é um organismo vivo composto por pessoas que creem na revelação das Escrituras. Assim, é um povo que está espalhado pelo mundo e se organiza em diversas instituições. Dentre estas temos as diferentes tradições que se desdobram em denominações, congregações ou comunidades de fé. Existe toda uma estrutura que os seres humanos acabam criando como igreja. E, importa destacar que há também doutrinas e confissões que ajudam a forjar uma identidade em torno daquilo que se crê. No caso da Igreja Cristã tais confissões e doutrinas baseiam-se na Bíblia. Assim, o movimento de Reforma que ocorreu na igreja no século 16 tinha por objetivo exatamente resgatar o sentido da verdadeira igreja segundo as Escrituras. Foi neste sentido que Gisbertus Voetius (1589-1676), um teólogo holandês, teria cunhado a famosa frase “Ecclesia Reformata et Semper Reformanda est” (Igreja Reformada está Sempre se Reformando).

Reforma é movimento. Reformar exige trabalho. Consiste em encarar desafios, barreiras, oposição. Velhas estruturas costumam impor resistência, pois desejam permanecer de pé. Reformadores como Martim Lutero (1483-1546), Ulrico Zuínglio (1484-1531), Felipe Melanchthon (1497-1560), Martim Bucer (1491-1551) e João Calvino (1509-1564), para citar alguns dos nomes mais proeminentes, enfrentaram muita resistência. Eles estiveram profundamente envolvidos e atuantes nos eventos que sacudiram a Europa 500 anos atrás. Um grupo de pessoas com grandes ideais que foram capazes de transformar a história do mundo ocidental. Com o retorno à bíblia, diversas consequências se espalharam de modo que se tornou impossível dimensionar os efeitos da Reforma Protestante no mundo. Além das mudanças na igreja e na relação das pessoas com a fé e com Deus, questões como a justificação pela fé, a mudança nos sacramentos, a doutrina da predestinação e tudo o mais acabou gerando repercussões para além dos muros eclesiásticos.

Hoje, cinco séculos depois daquele movimento espetacular, a Igreja permanece viva, atuante, espalhada pelo globo terrestre. Ninguém duvida das distorções e da necessidade de se manter vivo o slogan de Voetius: Igreja Reformada está Sempre se Reformando. Perto de celebrarmos os 500 anos da Reforma, a necessidade de retornar às Escrituras e perguntar pela igreja de Jesus Cristo continua. Não se trata de buscar meramente a mudança pela mudança. Mas, que o movimento de Reforma permaneça. E, para isso é fundamental que a Igreja retorne às origens em busca de seu fundamento. Continuemos o movimento. Um movimento de retorno às Escrituras com vistas a reforma constante da igreja em busca da fidelidade ao Senhor da Igreja!

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Orem e Trabalhem Pelo Melhor!

Ao lermos as Escrituras, vemos que desde o início Deus tinha propósitos claros para a humanidade neste mundo: sujeitar a terra, multiplicar, dar nomes aos animais, cuidar e cultivar (Gênesis 1 e 2). É, portanto, equivocada a ideia de que o trabalho e o desenvolvimento cultural sejam fruto da queda e do pecado.
O desejo de que as pessoas se envolvam com este mundo e assumam a sua responsabilidade por uma vida melhor está evidenciado em outras passagens da Bíblia. Enquanto o povo de Deus estava em terra estrangeira, exilado e oprimido, a palavra de Deus para eles foi esta: "Construam casas e habitem nelas; plantem jardins e comam de seus frutos. Casem-se e tenham filhos e filhas; escolham mulheres para casar-se com seus filhos e deem as suas filhas em casamento, para que também tenham filhos e filhas. Multipliquem-se e não diminuam. Busquem a prosperidade da cidade para a qual eu os deportei e orem ao Senhor em favor dela, porque a prosperidade de vocês depende da prosperidade dela" (Jeremias 29:5-7).
Enquanto somos estrangeiros neste mundo, há muito que fazer, portanto. De que forma nós estamos envolvidos com a nossa cidade, lutando para sua prosperidade? Temos nos lembrado de orar por nossa cidade, estado e nação? Que tipo de embaixadores do reino de Deus os cristãos tem sido no mundo? Não basta apenas criticar os outros, importa começar por mim!

"...o Senhor, o seu Deus, estará com você"

Grandes líderes fazem sucessores. Depois de Moisés chegou a vez de Josué liderar o povo de Israel. E, o que se vê mais uma vez é que Deus está ao lado daqueles que são chamados para um grande propósito: “Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar" (Josué 1:9).
Com certeza deve ter sido muito encorajador e estimulante para Josué receber de Deus esta palavra. Mais do que uma palavra é a confirmação de uma companhia, de alguém que se põe ao lado, que instrui, orienta, ensina e fortalece! Se há um Deus que nos chama é ele também quem capacita e se coloca junto na caminhada.
Se Deus está chamando você saiba também que ele não deixará que você siga em frente sozinho. A obediência implica em ter Deus ao nosso lado. Obedecer e seguir na direção dos propósitos de Deus nos fará experimentar o cuidado de Deus e o seu agir na história.

#Partiu II

Quando somos desafiados para algo novo podemos esboçar diferentes reações. Por um lado podemos nos sentir empolgados e agarrar a chance. Ou, podemos sentir medo, fugir, dar inúmeras desculpas. Como reagimos diante dos propósitos de Deus para a nossa vida?
Moisés levava uma vida tranquila com sua família, cuidando das ovelhas do sogro, meditando na paz das paisagens rurais. De repente Deus lhe aparece com uma proposta que daria uma reviravolta incrível na sua história. Antes de partir, no entanto, Moisés argumentou com Deus e apresentou suas desculpas: 1) Insegurança; 2) Medo; 3) Impotência; 4) Falta de capacitação (Êxodo 3 e 4).
Não há nada, porém, que Deus não possa suprir na missão que Ele tem para nós. O importante é que Moisés partiu rumo aos planos de Deus e foi um agente de transformação para o seu povo. Que tal deixar que sua vida tenha também um antes e um depois?

#Partiu

Deus nunca deixou o comando da história. Ele agiu e continua agindo. Tudo segue ao seu divino propósito. E, a maneira preferencial de Deus agir na história é através de nós, seus filhos.
Desde o Antigo Testamento testemunhamos o agir de Deus na vida de homens e mulheres que se movem em obediência e serviço para cumprir a vontade de Deus. Um destes exemplos é Abraão. Basta uma lida a partir do capítulo 12 do livro de Gênesis para nos surpreendermos com a maneira que a história toma um rumo todo especial a partir da intervenção de Deus na vida de Abraão.
Entregues à nossa própria sorte, seguindo os rumos do nosso coração idólatra, também podemos fazer história. Mas, para experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus é necessário uma coisa: obediência.
Daquela família que deixou Ur dos caldeus, o Senhor escolheu um homem para algo especial. O que acontece a partir daí é fruto da coragem, da obediência, da fé de Abraão. Depois de ouvir as orientações do Todo Poderoso, “partiu Abrão, como lhe ordenara o Senhor...” (Gênesis 12:4).

Deus Provê bençãos materiais, mas, também intelectuais!

A história nos revela que, assim como em nossas vidas, também os países, com a sua política e a sua economia, tem seus altos e baixos. Tempos de bonança são seguidos por épocas de escassez. Quando não nos precavemos enquanto tudo vai bem, pode ser que num período difícil as coisas sejam ainda piores.
Atualmente muitas nações tem experimentado isso. Um destes casos é o da Grécia. Mais próximo de nós temos como exemplos a Argentina e a Venezuela. Falta planejamento e pensamento de longo prazo. Na história bíblica vemos que Deus não apenas chama pessoas para o serviço da evangelização com a pregação da Palavra. José foi um administrador que foi benção para todo um povo, inclusive pagãos e descrentes. Mediante a realidade de sete anos de vacas gordas e, depois, um período de vacas magras, o plano de José revelou a sua sabedoria e o faraó do Egito concluiu que não haveria outra pessoa melhor para ser o seu "primeiro ministro" (Genesis 41).
Que Deus continue chamando pessoas para atuarem em todas as áreas da sociedade. E, que possamos aprender com José e a história a nos precavermos com sabedoria e confiança em nosso Senhor! Não ignoremos a sabedoria de nosso Senhor!

terça-feira, 2 de junho de 2015

O Crente Ateu

Não é nenhuma novidade o fato de que muitas pessoas se declaram descrentes. Muitos ateus, além de confessarem seu ceticismo para com a existência de Deus, ainda zombam daqueles que creem. Há, no entanto, outro grupo de descrentes que é mais difícil de ser identificado. São os crentes ateus, ou, os cristãos descrentes. Estes dizem crer em Deus, frequentam igrejas e programas religiosos, ostentam símbolos que remetem ao cristianismo, mas, vivem como todo mundo vive. No que se refere aos hábitos religiosos e à frequência em programas eclesiásticos eles podem parecer até bastante fervorosos. Cantam, oram, cerram os olhos, erguem as mãos, gritam, pulam, giram, e estão em busca de uma experiência sempre nova, cada vez mais sensacional. Olhando para eles é como se Deus dissesse: “Só porque não grito e não faço escândalo, vocês acham que não existo?” (Isaías 57.11).
Cabe um exame a respeito de nossa relação com Deus. Será que não estamos colocando a nossa fé na dependência de nossos sentidos, emoções, experiências sensoriais mais do que em Deus, de fato!?

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Priorizando Com Sabedoria

Por que gastais dinheiro naquilo que não é pão? e o fruto do vosso trabalho naquilo que não pode dar satisfação?” (Isaías 55:2).
Não há nenhuma dúvida de que quando se trata de tempo e dinheiro nós temos muitas dificuldades em utilizar bem tais recursos. Muitas vezes achamos que Deus nada tem a ver com estas coisas. Muito interessante a forma como Eugene Peterson traduziu o verso acima: “Por que gastam dinheiro em comida ruim, seu dinheiro ganho com tanto sacrifício em algodão-doce?” (Versão A Mensagem).
Realmente conseguimos gastar mal, adquirindo porcarias e lamentando depois a falta de recursos para o que é mais importante! A parábola dos talentos deveria nos incomodar e ajudar a revermos nossas prioridades. Tempo e dinheiro são talentos que Deus confia a nós. A maneiro como ocupamos o nosso tempo e como gastamos o nosso dinheiro revelam muito de nossas prioridades, daquilo que é de fato importante pra nós!

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Ele Faz Novas Todas as Coisas

Embora os montes sejam sacudidos e as colinas sejam removidas, ainda assim a minha fidelidade para com você não será abalada, nem a minha aliança de paz será removida", diz o Senhor, que tem compaixão de você” (Isaías 54:10).
Ao ler uma promessa maravilhosa como esta do verso de Isaías, uma certeza deveria invadir o nosso coração: nada do que acontece em nossa vida é alheio ao conhecimento e cuidados de Deus. Embora a falta de emprego nos sacuda, apesar de a doença remover a saúde, mesmo que nossos relacionamentos estremeçam, a despeito de nossa fraqueza e frágil fé, Deus permanece fiel. Sua aliança de amor conosco não é abalada, não é alterada por nenhuma das tempestades que se abatem sobre nossa vida.
 Amparados no amor e na super fidelidade do nosso Senhor, sigamos em frente. Sua promessa é de que das ruínas de uma nação arrasada ele é capaz de edificar a mais exuberante das cidades (Isaías 54. 11ss.).

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Deus Reina

Como são belos nos montes os pés daqueles que anunciam boas novas, que proclamam a paz, que trazem boas notícias, que proclamam salvação, que dizem a Sião: ‘O seu Deus reina!’” (Isaías 52:7)
O verso acima pode nos levar a focar em nós mesmos ou em Deus. Gostamos de saber que, como missionários e evangelistas, Deus se agrada de nós; temos pés formosos, pois somos portadores de boas novas. Ou, podemos focar na mensagem principal: Deus reina!
A nobreza não está no meio de comunicação; não está no portador da mensagem. Mas, na verdade anunciada. E, que verdade! Que boa nova!
Pense na história! Países tem sua geografia modificada. Reinos se levantam e chegam à ruína. Homens e mulheres influentes passam. Regimes políticos diferentes dominam nações. Reis, Ministros, presidentes, papas, bispos, todo tipo de liderança, a partir das mais diversas ideologias e opções religiosas, vêm e vão. Há tempos de paz e tempos de guerra. Períodos de fartura e épocas de crise econômica. Uma verdade, no entanto, apesar de toda e qualquer circunstância, permanece: ‘O seu Deus reina!’

terça-feira, 28 de abril de 2015

Orar

Muitas coisas têm sido ditas a respeito da oração. Não é o objetivo aqui, tratar de definições e modelos mais uma vez. A pergunta que deveria nos incomodar, mesmo assim, é: Com que expectativa eu tenho orado?
Embora Deus se agrade de nossas orações, Ele não precisa delas. Somos nós quem dependemos de Deus. Nós é que somos edificados, restaurados, moldados em nosso caráter quando nos permitimos um tempo de maior intimidade com o Senhor. No entanto, podemos deixar que até mesmo estes momentos, que deveriam ser tão especiais, se tornem meros rituais religiosos, frios e mecânicos. Oramos sem fé.
Você já se conscientizou de que ao orar está falando com o Senhor do Universo? De que na oração você está em diálogo com o Deus que te ama incondicionalmente? Agora pense bem: de que forma você tem se apresentado ao Senhor? Quais são as coisas que você tem compartilhado com ele? Ao orar você não está apenas falando consigo mesmo. Tem alguém ouvindo. Alguém muito atento e desejoso por lhe atender!

terça-feira, 21 de abril de 2015

Deus é Fiel

O Soberano Senhor abriu os meus ouvidos, e eu não tenho sido rebelde; eu não me afastei” (Isaías 50:5).
Quem de nós poderia repetir com convicção e segurança a frase acima? Muitos cristãos sentem-se culpados por encontrarem dificuldades para manterem-se firmes na caminhada. Sim. A nossa infidelidade é flagrante! Por mais que nos esforcemos, sempre de novo caímos. É por isso que a Escritura nos revela que mais importante do que focar em nossos próprios sentimentos, importa conhecer a Deus.
Somos inconstantes, infiéis e sujeitos às circunstâncias. No entanto, o Deus no qual cremos é constante, firme e fiel. Nossa relação com Deus não depende das credenciais que podemos apresentar diante dele. Mas, tão somente no seu grande amor derramado sobre nossas vidas.
Naqueles dias de “deserto”, de “frio” e “solidão”, lembre-se, vai passar, as coisas em nós e ao nosso redor passam. O amor de Deus, no entanto, permanece. Você crê não por aquilo que está sentindo, mas, porque sabe que Deus é fiel e em todos os momentos cuida de você!

terça-feira, 14 de abril de 2015

Poder, Pode...!

Uma cova que se faz na terra para receber a planta sempre poderia ser mais profunda. A corda do instrumento que é tocada para produzir a nota certa numa melodia sempre poderia receber uma intensidade maior de força. Sempre é possível colocar no alimento mais do que o sal suficiente para produzir uma boa receita.
A ordem da criação, no entanto, estabelece limites de acordo com a harmonia da criação original de Deus. A questão, portanto, não se resolve meramente por aquilo que podemos. O apóstolo Paulo, diria, “pode, sempre dá, mas, nem sempre convém”. Portanto, o critério para ir o mais profundo possível, experimentar ao máximo de tudo, provar todos os limites, não é se você pode ou não pode. Pois, na maioria das vezes, sim, você pode.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Pessoas, Poderes e Autoridades

Algumas reações em meio às tensões políticas dos últimos meses, no Brasil, deixam transparecer algumas curiosidades. A maior delas parece ser aquela que está gerando um efeito que poucos talvez esperassem ver um dia neste país. Até poucos anos atrás era muito comum que o grosso da população mantivesse uma opinião negativa, de crítica e suspeitas com relação aos políticos. Com o advento da internet e, especialmente com as redes sociais, atualmente desenha-se um novo quadro. Muitos têm defendido governos, políticos e partidos de forma apaixonada. As eleições de 2014 geraram debates acalorados que, inclusive, culminaram em amizades desfeitas, mágoas, ofensas e todo nível de baixaria. Tudo isso vai revelando um quadro ainda confuso aos olhos do observador. Estariam alguns políticos brasileiros mudando drasticamente suas atitudes? A velha máxima do “político ladrão” está em desuso porque cada vez mais nossos políticos tem se convertido à causa do povo, representando, de fato, o anseio dos cidadãos?

Basta um olhar mais atento para perceber que parece ser o contrário. Se os políticos não estão ainda pior, no mínimo, também não temos muita melhora (embora, quando se trata das pessoas envolvidas na política, existam obviamente exceções). A defesa apaixonada de políticos através de eventos, passeatas e manifestações na internet (desde redes sociais, blogues, sites de notícias, etc.) não costuma revelar uma análise coerente, pormenorizada, atenta às ideias e projetos (novamente reconhecemos as exceções). As redes sociais contribuíram para o fenômeno que faz com que as pessoas apenas precisem gostar de determinado tema e debater sobre ele para considerarem-se especialistas (cá estou eu, dando uma de... rs...). Não que seja errado ou um crime emitir opiniões. O que assusta mesmo não é isso. Pois, discordância, discussões acaloradas, debates e conversas sobre temas diversos do cotidiano sempre estiveram presentes nas rodas de boteco e outros fóruns populares. Embora não livre de certas exaltações e, até mesmo, atitudes mais radicais de violência, estas rodas da vida real permitiam uma proximidade com a própria realidade, com o outro de carne e osso, o olho no olho. No mundo virtual, devido a impessoalidade e consciência de não ser responsabilizado de forma mais direta, a violência e agressividade tornam-se mais evidentes.

Quando deixamos de ver o outro como pessoa, um ser humano, alguém criado à imagem e semelhança de Deus como eu mesmo o sou, para ver apenas a camiseta estampada, a bandeira empunhada, o discurso ideológico proclamado, e tantos rótulos que saltam de nossos teclados sem nem ao menos refletirmos sobre o que estamos atribuindo apressadamente ao “oponente”, então, um sinal de alerta deveria soar. Pode ser que alguma espécie de fanatismo já esteja nos dominando de tal forma que nossa luta passou, sim, a ser contra carne e sangue, em favor de potestades e dominadores deste mundo (Efésios 6. 12) que cativaram nossos corações de tal forma que não mais nos importamos em sacrificar família, amigos, enfim, seres humanos no altar de algum ídolo que nos escravizou. Se ainda nos resta algum sinal de lucidez, oremos para que Deus nos conserve humanos, sensíveis, e, com algum discernimento. Além se sermos seres humanos criados à imagem e semelhança de Deus, a cosmovisão cristã revela também que o pecado corrompeu a boa criação de Deus. Assim, somos todos carentes da graça e da misericórdia do Senhor.

Cientes da soberania de Deus, cuidemos para não absolutizarmos nossas convicções a tal ponto de não mais conseguirmos escutar, ponderar, refletir e, quem sabe, admitir que não somos os donos da verdade. Quem sabe, estejamos, sim, equivocados. Talvez eu mesmo, com este texto, esteja. O que importa, não é se devo ou não me manifestar, mas, o quanto estou também disposto a deixar que esta minha posição, tornada, agora, pública, possa sofrer, críticas, questionamentos, correções. Tudo isso, sem que eu considere o autor das opiniões contrárias um inimigo, mas, tão somente, um instrumento de Deus nesta confusa peregrinação humana onde, muitas vezes, não passamos de cegos querendo guiar outros... Neste sentido, sim, mas, sem querer justificar ninguém com isso, nossos políticos são reflexo daquilo que somos todos, enquanto indivíduos falhos, propensos a escorregar, corromper, fraudar, tirar vantagem, legislar em causa própria. A pergunta que fica, portanto, é: Como organizar uma estrutura e processos que protejam os cidadãos de si mesmos? A quem ainda prestamos conta!?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Alimento Consistente

Você já passou pela experiência de passar um dia ou mais sem poder fazer uma refeição consistente? Talvez tenha passado por uma longa viagem, sem tempo para parar e almoçar com calma!? Teve que passar o dia beliscando um salgadinho, uma bala, pequenas “porcarias” pra enganar a fome!? Chega aquele momento em que o que você mais deseja é poder “comer uma comida de verdade”!

Assim como o nosso estômago, também a nossa alma anseia pelo verdadeiro alimento espiritual. Na correria do dia a dia, diante de tantas informações que requerem nosso tempo e atenção, com tantas formas de entretenimento, as leituras rasas, as banalidades compartilhadas nas redes sociais, etc., chega um momento em que ansiamos por algo sólido, consistente, que preenche de verdade.

O estômago ronca, dói, começamos até mesmo a ter o humor alterado quando não nos alimentamos. Quais são os sinais de que você não tem se alimentado adequadamente? Não ter o que comer é uma tristeza! Quando temos opções, respondemos por nossa negligência. Nosso corpo anseia por uma alimentação saudável. Nossa alma anseia pela água da vida, pelo pão que desceu do céu (João 4. 31, 32).

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