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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Família e Sociedade

A agenda antifamília que está em curso no Brasil trás, entre outras, algumas propostas como: a retirada do termo ‘Pai’ e ‘Mãe’ de certidões de nascimento e demais documentos de identificação. As expressões “pai” e “mãe” devem ser substituídas por “filiação”; a legalização do aborto até a décima segunda semana de gestação; os termos ‘família’ e ‘casamento’ também estão sob ataque e, pela primeira vez na história, nos vemos diante da necessidade de (re)definir o significado dessas palavras. Alguns argumentam que estas são medidas superficiais ou culturais que estão ganhando força em todo mundo, no entanto, o fato é que trata-se de algo bem mais sério e profundo. É um sintoma do quanto a nossa geração está se distanciando de Deus e dos valores e princípios por Ele estabelecidos.

Mais do que uma questão cultural, esta é uma questão espiritual. E, isso é diferente de dizer que esta é apenas uma questão religiosa, como muitos gostam de argumentar. Taxar uma opinião como ‘religiosa’ é uma estratégia bastante utilizada com a intenção de calar a boca daqueles que se erguem pelos princípios e valores na sociedade. Pois assim, acreditam estar colocando as coisas no devido lugar, lembrando a todos que os religiosos são obscurantistas, retrógrados e ignorantes. E, que se estes têm opiniões diferentes, deveriam manter seus pontos de vista no âmbito privado, dentro de suas religiões ou suas casas. As consequências da religião de cada um, porém, não podem ser trancadas entre quatro paredes. Os valores e princípios como a fidelidade, o casamento, a disciplina dos filhos, o respeito mútuo, a vida devocional, etc, não são apenas elementos de um ritual religioso sem sentido. Mas, questões fundamentais que mantém a saúde de uma sociedade.

 Além da obediência a Deus e à ordem da criação, o viver segundo a vontade de Deus é demonstração de sabedoria, cujos frutos podemos experimentar em nossos lares e também são testemunho para o mundo à nossa volta. É claro que não podemos ser ingênuos. O que temos visto ao longo da história é a manifestação constante da rebelião humana contra Deus e a sua ordem. E, o pecado atinge também os lares cristãos. Mas, é fato que um serviço deliberado com ataques à família e aos valores tradicionais tem ganhado cada vez mais força, com mobilização política, através da mídia e da militância de grupos que querem impor a sua própria visão na sociedade, não admitindo qualquer possibilidade de estarem perpetuando uma deturpação, imoralidade ou promiscuidade. O resultado que esse tipo de ideologia acaba gerando é perceptível. Mediante esta realidade, torna-se cada vez mais urgente o estudo sério das Escrituras e a obediência ao padrão absoluto de Deus. O que a Bíblia nos ensina sobre a vontade de Deus para a família?

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Esse Cara Sou Eu

Davi já era rei sobre Israel quando teve um caso extraconjugal com uma mulher chamada Bate-Seba. Para tê-la, Davi fez uso de seus poderes como rei e mandou o marido de Bate-Seba juntar-se ao exército que estava guerreando contra a cidade de Rabá. A ordem de Davi para o seu comandante foi clara: "Ponha Urias na linha de frente e deixe-o onde o combate estiver mais violento, para que seja ferido e morra" (2 Samuel 11:15). Fatalmente, aconteceu o pior, o marido de Bate-Seba morreu flechado. “Passado o luto, Davi mandou que a trouxessem para o palácio; ela se tornou sua mulher e teve um filho dele” (2 Samuel 11:27).

É depois deste episódio que o profeta Natã confronta o poderoso rei contando-lhe uma pequena estória: "Dois homens viviam numa cidade, um era rico e o outro, pobre. O rico possuía muitas ovelhas e bois, mas o pobre nada tinha, senão uma cordeirinha que havia comprado. Ele a criou, e ela cresceu com ele e com seus filhos. Ela comia junto dele, bebia do seu copo e até dormia em seus braços. Era como uma filha para ele. Certo dia, um viajante chegou à casa do rico, e este não quis pegar uma de suas próprias ovelhas ou do seus bois para preparar-lhe uma refeição. Em vez disso, preparou para o visitante a cordeira que pertencia ao pobre" (2 Samuel 12:1-4). Davi ficou muito indignado com esse desfecho e disse que aquele que fez isso foi injusto e teria que pagar. Qual não foi a surpresa ao ouvir de Natã a seguinte resposta: "Você é esse homem!”(2 Samuel 12:7).

 Mentiroso, promíscuo, egoísta...! Este é Davi. Mas, abaixemos o dedo, esse também sou eu! Por mais que erremos, no entanto, não perdemos a capacidade de discernir bem e mal, o certo e o errado. A capacidade de indignar-se mostra que Davi continua com algum senso de justiça. Davi, que tinha tudo que podia desejar. Deus o fez rei sobre Israel e nada lhe faltava. Mesmo assim, deixou-se levar cometendo injustiça com adultério, mentiras e assassinato. É impressionante como um erro pode nos levar fatalmente a outro. Uma mentira exige outra mentira maior na tentativa de encobrir o erro anterior. Logo nos vemos envolvidos numa rede da qual não conseguimos mais sair. E, o pior, é que o nosso pecado fatalmente acaba atingindo e prejudicando também a outros. Por isso, pensemos duas vezes antes de acharmos que tudo o que fazemos é apenas “um problema meu!” Jesus que nos conhece bem, já alertava os discípulos: "Vigiem e orem para que não caiam em tentação” (Mateus 26:41). Viver segundo a vontade de Deus não é apenas seguir cegamente as leis de um Deus caprichoso. Mas, é viver como alguém que compreendeu o que significam as palavras de Cristo quando disse: “amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros” (João 13:34). O amor pensa primeiro no bem do outro e não em autossatisfação a qualquer preço!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O Semeador

Neste mundo nos deparamos todos os dias com coisas maravilhosas. Lugares fantásticos como a Cascata do Caracol em Canela-RS; o esplendor do pôr do sol do Guaíba em Porto Alegre; a beleza do sul da França retratada em importantes obras de Van Gogh; a música de Johann Sebastian Bach; os incríveis aparelhos eletrônicos com seus múltiplos recursos... Por que tudo isso está aqui? De onde vieram todas estas coisas? Nenhuma pessoa com algum bom senso diria que é acaso ou sorte. Para tudo aquilo que existe a partir da engenhosidade humana ninguém responderia que veio do nada, da sorte ou do acaso. Essa resposta é permitida apenas para as coisas maiores, como o Planeta, o Universo e, até para o próprio ser humano.

Quando se sobe a qualquer ponto mais alto no norte do estado do Espírito Santo é possível contemplar os montes e rochas imensos no horizonte. Dos morros mais próximos com suas plantações de café e pastagens até as rochas mais longínquas. A tonalidade vai passando cada vez mais do verde para o azul. Se eu fosse poeta poderia descrever melhor, sem dúvida, o que significava, na minha adolescência, contemplar a formação de uma tempestade ao longe nessas paisagens. Sentia-se a chuva antes mesmo dela chegar. O cheiro de terra molhada é simplesmente inconfundível. Os dias quentes de verão suavizados pela brisa no alto de uma mangueira com seus frutos bem ali, ao alcance das mãos! A percepção clara da presença de Deus! O semeador estava a semear...!

Contemplando a natureza, as paisagens do campo, a simplicidade dos panoramas rurais, de repente nos sentimos diante de verdadeiras parábolas da Criação. O mundo natural, diferente do que muitos possam pensar, ajudam a iluminar o evangelho. É “quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste”, declama o salmista, que “pergunto: Que é o homem, para que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes?” (Salmos 8:4). Se não acreditamos que as maravilhosas obras de nossas mãos sejam fruto de mero acaso, como deduzir assim de todo esplendor à nossa volta? Fico imaginando o que estava diante de Davi, inspirando-o quando compôs o Salmo 19: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite...” (Salmos 19:1-2). O que levou às conclusões de Paulo: “desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas” (Romanos 1:20). O semeador continua a semear...!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O Próprio Umbigo

Costuma-se dizer do egoísta que ele vive em torno do próprio umbigo. O egoísta seria aquele sujeito ingrato que não reconhece que já foi ajudado por alguém. É aquele que acredita ser merecedor de tudo o que já fizeram por ele. Olhar para o meu próprio umbigo me remete ao verão do ano de 1976. Foi num dia 1º de fevereiro no ainda distrito de Vila Valério, norte do estado do Espírito Santo. Não que eu seja capaz de lembrar-me do dia em que eu nasci. Apenas sei o que me contaram. Com a vida, no entanto, aprendi que as pessoas não são encontradas em bananeiras no fundo do quintal. Nem mesmo são trazidas por cegonhas ou coisas assim. Olhar para o meu próprio umbigo deveria ser não tanto uma expressão do meu egoísmo, mas, um sinal, uma lembrança de que eu jamais me faria sozinho. Não precisamos do umbigo para ser egoístas, simplesmente o somos. É o umbigo, portanto, que me ajuda a ser menos ensimesmado.

Fui gerado, cuidado, carregado, alimentado, feito durante nove meses dentro do corpo de outra pessoa. Não há como eu compreender a minha vida senão como graça. Não escolhi existir. Hoje, não escolheria não existir. Outra expressão comum relacionada ao umbigo é utilizada quando as pessoas querem falar de independência ou autonomia: cortei o cordão umbilical. Lembro também, de há alguns anos, ter conhecido a mulher que serviu de parteira e auxiliou a minha mãe quando eu precisava nascer. Nem isso eu fiz, foi alguém outro que precisou cortar o cordão. Sim, quando olho para o meu próprio umbigo lembro a minha origem. É um sinal. Todos nós temos um umbigo. Ele me faz entoar com o salmista: “Ah, sim! Tu me moldaste por dentro e por fora; tu me formaste no útero de minha mãe. Obrigado, grande Deus – é de ficar sem fôlego! Corpo e alma, sou maravilhosamente formado! Eu te louvo e te adoro – que criação! Tu me conheces por dentro e por fora, conheces cada osso do meu corpo. Sabes exatamente como fui feito: aos poucos; como fui esculpido: do nada até ser alguma coisa. Como um livro aberto, tu me viste crescer desde a concepção até o nascimento; todos os estágios da minha vida foram exibidos diante de ti” (Salmo 139. 13-15).

Gratidão. Sim, a Deus, aos meus pais e a tantos outros sem os quais eu não estaria aqui. Quando olho para o meu umbigo, posso fazê-lo, sim, por puro egoísmo. Essa pode ser uma expressão utilizada para lembrar a minha verdadeira natureza que é egocêntrica, rebelde, ingrata. Refletir melhor sobre o umbigo, no entanto, pode ajudar-nos exatamente naquilo que sempre de novo precisamos. Não foi para o egoísmo e a ingratidão que fomos criados, nem é nisto que está a nossa felicidade. Assim, declaro também com o salmista: “Sê o meu Senhor! Sem ti, nada faz sentido” (Salmo 16. 2). Olhar para o meu umbigo ajuda-me a lembrar de onde e de quem eu vim!

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