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terça-feira, 24 de julho de 2012

Parem de Evangelizar

Todo o Brasil já ouviu algo sobre o Evangelho. São raros os casos de pessoas que nunca tiveram qualquer contato com uma Bíblia, ou uma igreja, um pastor, um missionário ou um evangelista. Pelo rádio, pela televisão, pela internet, nos metrôs, em praças públicas e com a distribuição de folhetos, milhares de cristãos todos os dias acreditam estar contribuindo para a evangelização do país. Portanto, é fato que praticamente toda a população brasileira já tenha ouvido o evangelho. É provável, no entanto, que destes, muitos ainda não o viram. Muitas vezes, como já disse o autor Darrow Miller, “a igreja se ocupa na proclamação do evangelho, e se esquece de demonstrá-lo”. É inevitável que nesse momento nos questionemos sobre os 87% de cristãos (a soma de católicos e evangélicos) brasileiros apontados pelo censo do IBGE.

Se for verdade que nossas vidas refletem aquilo em que realmente acreditamos, então, que evangelho é este confessado pela maioria dos brasileiros? O evangelho é e sempre será o evangelho. Assim como Deus é e sempre será Deus. Quando Deus vem ao mundo em forma humana, Ele decide esvaziar-se de toda a sua glória e poder para viver na palestina entre pessoas comuns como você e eu. E, Ele decide, após a sua morte e posterior ressurreição, confiar a sua missão a seres humanos falhos, pecadores, limitados. Não bastasse isso, a loucura parece ficar ainda maior quando refletimos sobre o modo como ele nos fez e colocou em sua Criação. Deus nos fez seres livres. Isso mesmo! Ele não criou marionetes ou robôs. Não existe nenhum controle remoto nas mãos de Deus com o qual ele nos controla. Prova disso encontramos em suas palavras para Adão e Eva: “Você tem permissão para comer de qualquer árvore do jardim, menos da Árvore do conhecimento do Bem e do Mal. Dessa, não poderá comer. No mesmo momento em que comer dessa árvore, você morrerá” (Genesis 2. 16-17). O que temos feito com essa liberdade? O que temos feito com tudo aquilo que Deus nos confiou?

Faço, portanto, um apelo em forma de desafio à igreja que se declara cristã no Brasil: paremos de evangelizar e comecemos a viver aquilo que anunciamos. E, eu não tenho nenhuma dúvida de que os resultados serão incrivelmente melhores e proporcionalmente maiores. Digo isso baseado na experiência da igreja primitiva que vivia e, assim, demonstrava o evangelho. O resultado era que “o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos” (Atos 2. 47). Prepare-se, no entanto, para estar pronto a dar muitas respostas. Pois se você viver o evangelho as pessoas começarão a fazer perguntas (1 Pedro 3. 15). E, então, sim, você terá toda autoridade para falar! Quer começar? O primeiro passo consiste em saber em que você realmente crê.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Onde Estão os Cristãos Brasileiros?

Nas últimas semanas muito se comentou a respeito dos dados do censo do IBGE sobre o quadro religioso no Brasil. Entre 2000 e 2010 o grupo denominado de evangélicos foi o que obteve o crescimento mais expressivo: 61,45%. Por outro lado, o grupo de católicos continua decrescendo. É claro que se faz necessário um olhar mais cuidadoso sobre estes números. Enquanto os católicos representam uma denominação (ou instituição) específica, configurando uma relativa unidade, o mesmo não se aplica aos evangélicos. Por evangélico respondem desde adeptos de igrejas neopentecostais até protestantes históricos. E, aqui, existe uma série de questões fundamentais que geralmente passam despercebidos. Por exemplo, entre aqueles que são classificados como evangélicos, existem grupos que possuem uma afinidade maior com os católicos, chegando a desenvolver projetos em conjunto, do que com outros grupos classificados também entre os evangélicos. Logo, seria por demais simplista olhar estes dois movimentos como aqueles que atualmente representam os dois grandes blocos religiosos do país.

Os evangélicos poderiam ser subdivididos em diversas classificações: protestantes históricos – protestantismo de imigração e protestantismo de missão - pentecostais, neopentecostais. E, dentro de cada um destes grupos teríamos ainda uma série de denominações independentes. O que eu gostaria de chamar a atenção aqui, no entanto, é que tanto evangélicos quanto católicos, em última análise, declaram-se cristãos. Portanto, antes de serem grupos opostos deveriam ser parceiros na causa do Evangelho de Jesus Cristo. Olhando por este ponto de vista, daria para dizer que o número de cristãos no Brasil continua o mesmo há muito tempo. Somos hoje quase 87%. Esta é a porcentagem que tem, por exemplo, a Bíblia como texto Sagrado. Considerando que o cristianismo, em sua origem, é um movimento subversivo, de contestação, que não se amolda aos padrões de um mundo injusto, pergunto: onde está este povo? O que estão fazendo? Por que os cristãos parecem fazer tão pouca diferença na política, na sociedade e na cultura brasileira em geral?

Jesus disse que os seus discípulos são sal da terra e luz do mundo (Mateus 5. 13 e 14). Ou os cristãos (católicos e evangélicos) brasileiros ainda não descobriram o que isso significa, ou, declarar-se cristão ainda está longe de significar aquilo a que Jesus estava se referindo por discípulos. É claro que existem, sim, muitos discípulos de Jesus fazendo a diferença por este Brasil afora. Mas, 87%? Não. Nem mesmo 64,6% (Católicos). Infelizmente, pelo que se pode observar, não somos sequer 22,2% (Evangélicos). O IBGE, com suas dificuldades já criticadas por outros, não é capaz de mensurar o número de discípulos que Jesus tem por este Brasil afora. Ao que parece, são poucos. Mas, como o sal, uma pitada já é suficiente para dar um sabor todo especial!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Até Quando?

No Antigo Testamento o profeta Habacuque começa seu livro questionando: “Até quando, SENHOR...?” Quando olhamos a maldade a nossa volta também perguntamos: Se Deus existe porque os perversos quase sempre prosperam? Onde está Deus em meio a tudo isso? Na história vemos que a humanidade sempre conviveu com essa angústia frente às injustiças sociais, violência e morte.

Olhando ao redor vemos uma realidade de opressão, injustiça e violência que parece se agravar a cada dia. A criminalidade aumenta. Miséria, fome e injustiça estão em toda parte. Nossas vilas e bairros estão abandonados pelos órgãos públicos. Na saúde pessoas ficam horas em filas, jogadas em macas ou mesmo no chão pelos corredores de hospitais superlotados. Os remédios são caros. Quem tem dinheiro procura atendimento particular e se livra um pouco do caos. Na educação as escolas públicas vivem uma realidade onde professores mal remunerados precisam encontrar motivação para levar adiante o seu trabalho de ensinar. Com a educação fundamental precária os mais carentes ficam longe de um curso superior. No Brasil, quem pode pagar por uma educação de base entra na universidade pública e, quem tem menos condições, se quiser buscar formação superior, precisa desdobrar-se para pagar um curso particular. As coisas se invertem! Na segurança outro caos. O cidadão ergue grades, muros e instala alarmes fazendo de sua casa uma prisão. Os bandidos estão cada vez mais livres para fazer o que querem. Roubos, assaltos, estupros e sequestros são coisas normais no país.

Poderíamos falar ainda do tráfego de drogas, da prostituição e facções criminosas que recrutam menores abandonados pelos pais, pelo governo e pela igreja. Poderíamos lembrar ainda as pessoas que desiludidas da vida e sem esperança procuram fugir da realidade em frente a TV, na internet, no jogo, nas drogas, no álcool ou outro vício qualquer. Nossa indignação aumentaria - quem sabe - se percebêssemos em meio a isso tudo, muitos políticos, empresários e religiosos se aproveitando para explorar a ingenuidade e boa fé do povo. São os parasitas da sociedade vivendo à custa da miséria e ignorância alheia.

Quando percebemos essa realidade é fácil gritar com o profeta: “Até quando, SENHOR”? Onde tu estás em meio a toda essa dor, injustiça e opressão? Mas, para refletirmos, quero propor outra pergunta. Nós facilmente gostamos de encontrar alguém para culpar ou responsabilizar pelas nossas mazelas. Uma pergunta é: Onde está Deus no meio de tudo isso? Outra pergunta seria: Onde está o ser humano no meio de tudo isso? Uma coisa é perguntar: Por que Deus permite que essas coisas aconteçam? Outra coisa é perguntar: Por que nós, seres humanos, permitimos que essas coisas aconteçam?

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