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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Somos Todos Responsáveis Pela Natureza

Isso mesmo! Cristãos preservam, protegem e defendem a natureza. Se alguém se diz cristão e trata com desleixo a sua cidade, a sua casa, o seu quintal e o meio em que vive, é porque ainda não compreendeu as reais implicações de sua fé. Sabemos também que é natural encontrar pessoas que se dizem uma coisa e que com suas atitudes demonstram algo diferente e, até, contrário. Lamentável. O processo de aprendizagem, no entanto, é progressivo. Há esperança. Coloquemo-nos humildemente diante de Deus e, que nossas mentes sejam transformadas, dia após dia, para que experimentemos a sua vontade que é boa, perfeita e agradável (Romanos 12. 2).

É realmente uma pena que a tradição cristã tenha deixado se impregnar de uma crença que divide a realidade em duas: espiritual e físico. Esta divisão, que é uma herança da cultura grega, faz com que muitos religiosos encarem o mundo físico e, portanto, grande parte da criação de Deus, como algo ruim, mal, negativo. Logo, desenvolve-se a crença de que importante mesmo é a alma, o espírito, o céu. O desafio consiste em buscar na tradição hebraica uma compreensão do ser humano, da vida e do mundo que seja integral. Se Deus criou todas as coisas e avaliou tudo como sendo muito bom (Genesis 1. 31), então, precisamos rever nossos conceitos dualistas. Pois muito da relação descomprometida com a natureza, os animais e o meio ambiente em geral, pode ser fruto desse equívoco que distorce a realidade.

Vejamos alguns textos bíblicos que relatam a criação. “Disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão. Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1.26-27). E, “Deus os abençoou, e lhes disse: Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra" (Gênesis 1.28). Mais adiante: E, finalmente, “depois que formou da terra todos os animais do campo e todas as aves do céu, o Senhor Deus os trouxe ao homem para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a cada ser vivo, esse seria o seu nome. Assim o homem deu nomes a todos os rebanhos domésticos, às aves do céu e a todos os animais selvagens” (Gênesis 2.19-20). Releia prestando atenção nos verbos dominar, multiplicar, encher, subjugar, nomear. São ações que se espera de quem? Portanto, Deus colocou o ser humano delegando a eles responsabilidades para com a sua boa criação.

sábado, 17 de agosto de 2013

“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”

Enquanto Deus encarnado, Jesus Cristo percorria a região da Palestina e gostava de conversar e ensinar. O grupo de doze discípulos tinha o privilégio de acompanhar e participar mais de perto da vida e dos ensinamentos do metre. Os feitos e os ensinamentos de Jesus logo o tonaram conhecido e sua fama se espalhava. Por isso, certo dia, num diálogo com seus amigos mais próximos, Jesus dizia: “As pessoas por aí, de acordo com o que vocês me relataram, tem diferentes impressões a meu respeito. Uns dizem que eu sou João Batista, outros que eu seria Elias, tem até quem diga que sou Jeremias ou algum outro profeta. Mas, e vocês, eu quero saber o que vocês dizem que eu sou?”

“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” - respondeu imediatamente Simão Pedro. Ao que Jesus retrucou: “Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus. E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la”. O tempo passou. Jesus fez e ensinou ainda muitas outras coisas. Até que finalmente foi crucificado, morto e sepultado. Depois de sua ressurreição e ascensão, a igreja começava a se espalhar com a pregação do evangelho. Os discípulos, também conhecidos como apóstolos, se empenhavam nesta tarefa pregando e se comunicando por meio de cartas com as novas comunidades que iam surgindo. E, aquele mesmo Pedro do grupo de Jesus, é um dos pregadores e líderes das comunidades emergentes. Certa vez, pregou a respeito daquele Jesus e o seu evangelho dizendo: “Este Jesus é a pedra que vocês, construtores, rejeitaram, e que se tornou a pedra angular. Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos”.

A mensagem de Pedro indicava que ele havia entendido bem as palavras do seu mestre. Algum tempo depois de pregar as palavras acima, encontramos este mesmo Pedro escrevendo à Igreja: “À medida que se aproximam dele, a pedra viva — rejeitada pelos homens, mas escolhida por Deus e preciosa para ele — vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo. Pois assim é dito na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa, e aquele que nela confia jamais será envergonhado. Portanto, para vocês, os que creem, esta pedra é preciosa; mas para os que não creem, a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular”.

Sim. Pedro sabia quem era a pedra, o verdadeiro fundamento da Igreja, bem como quem é que a edifica (Confira Mateus 16.13-18; Atos 4.11-12; I Pedro 2.4-7).

terça-feira, 6 de agosto de 2013

“Saiu Igualzito ao Pai”*

Saber que somos feitos à imagem e semelhança de nosso criador (Gênesis 1. 27) significa compreender muitas coisas. Sabemos que estamos ligados a uma fonte transcendente que é capaz de nos completar e dar sentido à vida. Encontramos também respostas a respeito de nossa vocação. Aos criar o ser humano, Deus esclarece que ele deveria cuidar e cultivar a terra, dar nome aos animais, crescer e reproduzir-se (Gênesis 1 e 2). Várias gerações mais tarde recebem de Deus aquilo que ficou conhecido como Os Dez Mandamentos (Êxodo 20). Dentre estes mandamentos encontramos aquele que diz: "Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra” (Êxodo 20. 4). Na tradição bíblica, um ídolo não era compreendido como sendo outro Deus em si. Mas, como aquilo que representava o verdadeiro Deus na terra. O ídolo era simbólico. Não vendo Deus, sentindo a falta de uma presença de Deus, o povo criava uma imagem para este Deus. Portanto, é isso que Deus está dizendo para o povo não fazer!

O problema é que o povo, na ânsia de ter uma manifestação local, um Deus visível, concreto, presente, logo procura retratar este Deus. Por exemplo, durante a peregrinação do povo de Israel pelo deserto rumo à Canaã, Moisés era o líder e, para o povo, o porta voz, a representação de Deus. Quando Moisés demora-se no monte, o povo resolve criar outra imagem de Deus para si (Êxodo 32). É quando decidem criar o seu bezerro de ouro. O problema em criar imagens representativas de Deus é que atribuímos a essa imagem características da nossa humanidade. E, logo nos esquecemos do verdadeiro Deus e passamos a adorar a sua imagem. O resultado é que se adora um ídolo que não representa de fato quem Deus é. Por que, então, Deus diz que não devemos criar ídolos ou imagens de Deus? Ora, se um filho cresce com a tendência de tornar-se parecido, tanto fisicamente quanto em personalidade, com os seus pais, lembremo-nos de que a imagem de Deus na terra já existe. Quem foi criado à imagem e semelhança de Deus?

Toda imagem que fizermos será não apenas algo menor e mais limitado que Deus, mas, também mais limitado que nós mesmos. Sem falar que me ponho no lugar de Deus ao querer eu mesmo criar algo à imagem e semelhança dele. Tudo o que eu vou conseguir será reproduzir algo que se parece mais comigo do que com Deus. Tudo isto faz parecer ridículo qualquer crença num objeto, num imagem de escultura, ou qualquer outra coisa que elegemos para adorar. É ainda mais sério quando voltamos à questão da semelhança: com quem nos tornamos mais parecidos ao longo da vida? O salmista diz que os ídolos são feitos por mãos humanas. E, tornamo-nos como eles ao fazê-los e confiar neles (Salmos 115. 1-8). Tornar-se parecido com algo menor do que aquilo para o qual fomos criados é desumanizar-se! A desumanização é fruto de nossa idolatria!


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 * Enquanto escrevia este texto lembrei desta frase que está nesta música que é muito conhecida aqui no Rio Grande do Sul: Guri - Os Serranos. Na internet é possível encontrar diversas outras versões e regravações com muitos outros intérpretes.

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