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sexta-feira, 28 de julho de 2017

Criador e Redentor

[...] nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra (v.16)

Não somente o nosso lugar é aparentemente pequeno e insignificante diante da grandeza da criação, mas, também nossa rebeldia e pecado poderiam nos levar ao questionamento: [...] que é o homem, para que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes? (Sl 8.4). Os primeiros capítulos do livro de Gênesis revelam mais claramente aquilo que o próprio salmista constata: fomos criados para ocupar o lugar entre Deus e a sua criação. Nosso lugar é aquele que se submete ao Criador e, ao mesmo tempo, exerce domínio sobre toda a criação desse Deus (Sl 8.5-8 e Gn 1.26-30). Apesar desse lugar de honra, nós nos rebelamos insatisfeitos.

O fato de buscarmos trilhar um caminho próprio, independentemente de Deus, no entanto, não foi razão suficiente para fazer o Criador desistir de nós. O Deus Criador de todas as coisas, rei em majestade, o único digno de toda honra e louvor, poderoso que está acima de toda realidade que podemos perscrutar, não desiste de sua criação: ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados (Cl 1.13-14).

As Escrituras revelam um Deus Criador. Revelam uma humanidade caída em pecado, em oposição a ele. Revelam um Deus misericordioso e compassivo. A narrativa cristã testemunha um Deus Criador que não desiste de sua criação. Deus se revela um autor cuja obra de arte ganha vida. Até mesmo nossos garranchos desajeitados acabam fazendo sentido dentro de um espectro visto por quem os contempla a partir da eternidade. Somos criação de um Deus que se importa e se preocupa. Tanto que enviou seu filho, para por meio dele reconciliar consigo todas as coisas [...]. (Cl 1.20).

Confundimos Tudo

[...] o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou (Romanos 1. 19)

Muitas narrativas alternativas à visão bíblica e cristã da criação surgiram na busca por explicar a origem de todas as coisas. Acontece que muitos acabam dando os créditos ao autor errado. Isso acontece porque, por julgarmos saber as respostas, acabamos ignorando em nosso empreendimento que também nossa mente é passível de erros e equívocos. A queda não apenas nos separa de Deus como também afeta nosso intelecto e nossa capacidade de acessar a verdadeira realidade das coisas.

O Apóstolo Paulo lembra que, como consequência do pecado, nossos pensamentos tornam-se fúteis, nossos corações tornam-se insensatos e, acabamos, assim, suprimindo a verdade para abraçar a injustiça. Confundimos a loucura com sabedoria. A humanidade substitui a glória do Deus imortal pelas coisas que nós mesmos criamos. Ignoramos o grande autor da vida como se tudo tivesse um fim em si mesmo. Assim nosso mundo se torna opaco, sem vida. E, na ânsia pela vida, produzimos coisas que não mais refletem a beleza, a verdade, a justiça do Criador. Paulo diria que trocamos a verdade do Criador pela mentira. Adoramos e servimos as coisas criadas em vez do Criador (Rm 1.25).

É por isso que dependemos de Deus e de sua revelação. Somente o Criador de todas as coisas para nos reconduzir à perspectiva correta. Nele reside toda a realidade das coisas. A verdadeira sabedoria consiste em depender e confiar inteiramente em Deus: o temor do Senhor é o princípio da sabedoria; todos os que cumprem os seus preceitos revelam bom senso [...]. (Sl 111.10).

Senhor, perdoe meu orgulho e autossuficiência. Quero abraçar o princípio correto. Dá-me sensatez para reconhecer que há algo mais do que meus fúteis pensamentos.

A Criação Revela a Glória de Deus!

[...] Que é o homem, para que com ele te importes [...]? (Salmo 8. 4)

Como tudo começou? De onde veio este mundo em que vivemos? De onde surgiram as plantas, os animais e os seres humanos? Porque existe algo em vez do nada?

Certamente você já deve ter escutado inúmeras tentativas de respostas para tais questões. Muitos esforços e investimentos financeiros na ciência e na tecnologia são justificados pela busca de respostas a respeito das origens do Universo.

A maioria das dúvidas em torno das origens do Universo e do surgimento da vida, no entanto, giram em torno de “como” as coisas acontecem. Ignoramos, assim que saber como um aparelho de celular é fabricado ainda não diz muita coisa a respeito de quem o produziu e nem mesmo de onde vieram as peças, o material, as composições utilizadas para a sua fabricação. O fato é que, praticamente todos nós, utilizamos aparelhos sofisticados, com inúmeros recursos e, ao mesmo tempo, poucos entre nós saberiam descrever como é possível fazer com que a voz chegue até outra pessoa que está a muitos quilômetros de distância por meio de um pequeno aparelho.

Temos a consciência de que há muito mais para descobrir do que é possível dar conta num curto espaço de tempo que dura a vida sobre a terra. Isso, no entanto, nunca nos impediu de buscar, descobrir, investigar. Queremos saber. Vivemos em busca de respostas. Essa natureza curiosa, inquieta e carente de sentido nos leva a querer organizar a realidade de um modo minimamente coerente, estável e ordenado. As coisas precisam fazer algum sentido para nós. No desenrolar da história, diversas narrativas foram aparecendo. Todas procurando dar conta da aventura humana neste mundo, com suas tramas, conquistas e derrotas, alegrias e tristezas, ganhos e perdas...

Obrigado, Senhor, porque és um criador que se revela. A ti, Senhor, rendo graças, toda a glória pertence a ti! Amém.

Deus Criou


No princípio Deus criou os céus e a terra. (Gênesis 1. 1) 
Ao meditar novamente no Salmo 8 saltou aos olhos um fato que nem sempre percebemos. O reconhecimento do salmista de que há um agente que está lá antes de todas as coisas. Céus e terra são obra dos dedos de Deus. Foi ele quem criou os seres humanos, também todos os rebanhos, manadas, aves e peixes. Portanto, não poderia haver frase mais simples, direta e verdadeira para iniciar as Sagradas Escrituras: no princípio Deus criou os céus e a terra (Gn 1.1). Deus é o grande autor que dá origem a todas as coisas! 


A longa e rica tradição da igreja cristã sempre de novo foi alimentada pelas palavras de abertura da Bíblia. Credos, Confissões e Catecismos trataram de enfatizar que tudo deve a sua origem a Deus. É praticamente impossível permanecer indiferente à beleza da criação de Deus.

Assim como o salmista, também muitos outros sentiram-se instigados ao longo da história a conhecer mais deste autor extraordinário. Apreciar a criação de Deus desperta em nós a imaginação e desencadeia uma série de perguntas que inevitavelmente passam pela busca por sentido: que é o homem, para que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes? (Sl 8.4).

O desafio parece estar em começar pela pergunta correta. Só é possível nos conhecermos melhor e obtermos as melhores respostas se começarmos pela pergunta chave inicial: quem é o autor de todas as coisas? Não é incrível como a Bíblia traz esta resposta já em sua primeira linha!? Note que ao continuar lendo as Escrituras você jamais encontrará nenhum esforço de argumentação ou embates para provar que Deus existe. Para os autores bíblicos, simplesmente é assim. Nela tudo é relatado na perspectiva de que há um Deus.

Senhor, muito obrigado por te importares tanto! Amém.

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