Negar a morte redentora de Cristo é sintoma do pecado. Mostra o quanto temos dificuldades para admitir a corrupção do nosso próprio coração. Se o pecado não existe, então, o sacrifício de Jesus também não pode ter nada de remidor, foi
O mais triste é que nem mesmo as igrejas e o povo que se declara cristão em nosso país parecem acreditar nisso. Vivem como se tudo estivesse perdido, alienam-se em seus mega templos com suas músicas razas e discursos vazios. Posicionam-se sempre na defensiva como se o ‘mundo’ fosse apenas um grande território das trevas pronto a despedaçar o povo de Deus. Travam batalhas espirituais quixotescas e declaram profecias que nunca se cumprem. Conhecem um deus mesquinho e limitado que se interessa somente em ser agradado e temido. Transformaram a fé numa relação de troca ignorando o sacrifício definitivo de Cristo. Poucos da multidão neoevangélica sabem o que significa redenção, vocação e espiritualidade. Vivem como se Deus se preocupasse apenas com as almas e ignorasse as aflições cotidianas vividas pelo corpo.
A religião é invenção humana. Na busca por recuperar aquilo que se perdeu, o ser humano busca explicar para si o que acontece a sua volta. Desintegrados, separados, alienados, seguimos vagando em busca daquilo que possa dar sentido às nossas vidas. Nesse processo, não faltam aqueles que aproveitam para obter vantagens. Se existe a procura, apressam-se em produzir ofertas. Descrentes da realidade ou intervenção divina e real, vão depositar suas esperanças no materialismo puro. Utilizam-se da necessidade religiosa de uma massa ignorante para encontrarem sentido na sua própria religião ignorada. Pedem provas da existência de Deus, mas são incapazes de provar a sua inexistência. Debochando da ingenuidade e boa fé do povo, desprezam a sua própria necessidade de sentido que os leva a elaborar a sua própria religião.
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