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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

E Se Seguissem Você

Por volta de 2014, quando meus filhos tinham 3 e 6 anos de idade, já residindo em Curitiba, eu saía com eles no portão e, chegando à rua, algo chamou a atenção das crianças. Duas pessoas estavam passando. Estas pessoas trajavam roupas idênticas e, até mesmo a mochila que carregavam era semelhante. Ambas também ostentavam um crachá no peito.

Tratava-se de uma dupla de missionários da Igreja dos Santos dos últimos Dias (Mórmons), comum na maioria das cidades brasileiras. Por alguma razão, eles despertaram a curiosidade, especialmente da Sophia. Ela perguntou o que eram aquelas pessoas. Eu, então, tentei explicar para ela. Disse que eram pessoas que saíam por aí falando do Deus no qual eles acreditam.

Ingenuamente imaginei que uma criança, naquela idade, talvez ficaria satisfeita com esse tipo de resposta. Afinal, desde bebês, elas convivem com pais que confessam a Deus, possuem livros e Bíblias em casa, contam histórias sobre Deus, frequentam e as levam a igreja e etc.. Mas, a Sophia não se deu por satisfeita. Perguntou se o Deus daquelas pessoas era o mesmo Deus que a gente acredita. Eu comecei a perceber que estava numa enrascada.

Procurei responder com algo do tipo: bem, eles não acreditam exatamente como a gente, há algumas diferenças... E, antes mesmo que eu pudesse continuar ela interrompe: o deus deles é uma estátua?

Lá estava eu, me contorcendo para tentar explicar: não exatamente, Sophia... Foi então que o Henrique, até aquele momento calado, mas não desligado da conversa, percebendo meu malabarismo e toda a dificuldades para oferecer uma resposta satisfatória, interrompeu abruptamente com uma sugestão brilhante: Pai, por que a gente não segue eles, daí a gente vai ver o deus deles!?

Eu já contei esse episódio algumas vezes e quase sempre fica como mais uma dessas curiosidades engraçadas da relação pais e filhos, especialmente filhos pequenos que vivem a aventura de descobrir o mundo. Como cristão, no entanto, eu jamais pude evitar de lembrar repetidas vezes da palavra de Jesus a respeito das crianças. Uma interpretação possível é que Jesus lembra aos adultos de que, além de ensinarmos, devemos prestar atenção a elas, as crianças, pois também tem muito a nos ensinar, aos adultos.

Hoje, já passados 4 anos daquele episódio, eu costumo me lembrar especialmente da sugestão do Henrique, então uma criança com pouco mais de 3 anos de idade: “Pai, por que a gente não segue eles, daí a gente vai ver o deus deles!?”

Eu não explorei com o Henrique, na época, o que exatamente ele tinha em mente ao propor aquilo. Talvez tenhamos dado algumas risadas e seguimos nosso caminho. Os dois estavam mais interessados no parquinho para onde nos dirigíamos. A imaginação de uma criança é algo realmente incrível! Mas, hoje, quando me pego refletindo sobre algumas coisas das Escrituras, especialmente sobre o discipulado, uma pergunta me assalta: Que tipo de Deus as pessoas descobririam se resolvessem me seguir?

Um comentário:

ALMIRO WILBERT disse...

Sim, Rodomar, é o tipo de pergunta que me faço quando ouço que alguém que se mostra muito mais ligado a serviços de amor do que eu, teria se declarado ateu. Não teria ele "'gritado': me nego a acreditar no mesmo deus que tu dizes acreditar e agindo como ages?!"

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