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quarta-feira, 27 de abril de 2011

O Cristão e a Ciência

É dos bancos de nossas universidades que saem os líderes que irão influenciar culturas e ditar os caminhos da política, da educação e cultura geral. O ser humano nasce com potencial criativo, com a capacidade para raciocinar e produzir cultura. Portanto, é também desafio da igreja incentivar a produção intelectual, a inserção das pessoas no meio acadêmico e o diálogo com as diferentes ciências. Muitas vezes, a igreja, em vez de preparar os seus jovens, acaba desestimulando o jovem a estudar e buscar um curso superior. Mas, não foi sempre assim. A Reforma Protestante deu grande prioridade à educação em todos os níveis. A convicção de que Deus deve ser honrado mediante o cultivo intelectual levaram os reformadores a incentivar a criação de escolas. Lembremos que o movimento da reforma surgiu em círculos acadêmicos. Lutero era bacharel e mestre em artes e também Doutor em Teologia. Foi professor universitário em Wittenberg e assim permaneceu por toda a vida. Outros nomes importantes da Reforma como Melanchton, Zwínglio e Calvino foram homens cultos, formados nas melhores instituições de ensino da época.
Já no antigo testamento encontramos Moisés, o libertador do povo de Israel, que "foi educado em toda a sabedoria dos egípcios e veio a ser poderoso em palavras e obras" (Atos 7.22). O livro de Daniel nos apresenta alguns detalhes da vida do profeta Daniel e de seus amigos Hananias, Misael e Azarias: jovens cultos, inteligentes, que dominavam vários campos do conhecimento. O próprio Jesus, aos doze anos de idade, encontrava-se sentado entre os mestres, ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas. Todos os que ouviam Jesus ficavam maravilhados com o seu entendimento e suas respostas (Lucas 2. 46 e 47). Poderíamos citar ainda vários outros nomes de destaque na história do cristianismo como o Apóstolo Paulo, Agostinho de Hipona, Tomás de Aquino, João Wycliff, João Huss, Abraham Kuyper, C. S. Lewis e outros que tiveram suas vidas intimamente ligadas ao meio universitário. Obviamente a história do cristianismo também foi escrita por gente anônima, humilde, pessoas analfabetas que foram exemplo de piedade e serviço. Portanto, não se trata de uma simples apologia da racionalidade e do intelectualismo. O Espírito de Deus é livre e age quando e como quer.
A grande questão, no entanto, é como cada um de nós tem investido os talentos que Deus nos concedeu (Mateus 25. 14-30). Também a nossa capacidade criativa, a nossa razão, todas as nossas faculdades mentais deveriam ser colocados a serviço da glória e honra de Deus. E, como os cristão tem agido nessa área das suas vidas? É fato que se negligenciarmos o ensino de nível superior estaremos também negligenciando a necessidade de influenciar a cultura, a política e a educação por meio do evangelho de Cristo. Infelizmente, o mundo evangélico brasileiro é marcado por um forte anti-intelectualismo que contribui para a inexpressividade dos cristãos na sociedade.

Confira também os textos:
Jovens cristãos e a crise de identidade nas universidades
e Universidades protestantes: benefícios e riscos dos quais tirei algumas idéias que você leu no texto acima.

Um comentário:

Joelmar Barbosa disse...

parabéns pelo texto. Que o Senhor continue te abençoando e trazendo cada vez mais palavras edificantes para todos os que lêem o blog

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