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terça-feira, 8 de maio de 2012

O Sal de Assis

No distante século XII, na cidade de Assis, na Itália, nasceu uma criança, filho de um rico comerciante de tecidos. Em homenagem à França, que era para onde seu pai viajava frequentemente para buscar mercadorias, aquele menino recebeu o nome de Francisco. A criança cresceu num lar onde nada lhe faltava. Quando jovem, aproveitava para buscar alegria nas noites e suas festas, banquetes e serenatas. Era muito extravagante e popular. Em busca de fama e de mais dinheiro foi para uma guerra na Perúsia. As coisas não saíram tão bem como ele esperava e, acabou prisioneiro. Após ser libertado voltou para casa, mas, as coisas não seriam mais as mesmas. Fragilizado pela guerra e pelo tempo na prisão, Francisco passou a comportar-se de maneira diferente. Rejeita o dinheiro e as coisas que antes pareciam lhe dar prazer. Entrou em conflito com o pai ao vender todas as coisas e passou a ajudar os pobres e leprosos. Francisco foi deserdado e aos 25 anos rejeita voluntariamente todos os benefícios da casa paterna.

Tudo o que aquele jovem desejava era dedicar-se à oração e buscar uma vida mais semelhante a de Cristo. Diferente do que era comum na igreja, foi original ao afirmar a bondade da Criação de Deus. Por isso é considerado também por muitos como o santo patrono dos animais e do meio ambiente. Era também um apreciador das artes que considerava útil no cultivo da devoção. Francisco deu sinais de que compreendeu que o papel de um cristão neste mundo não se resume a esperar pela volta de Cristo ou por um mundo no além. O Reino de Deus já começou e os cristãos são chamados para viverem como exemplo e sinal deste reino num mundo caído e que sofre os males do pecado.

Jesus disse que os cristãos são sal da terra e luz do mundo (Mateus 5. 13-14). O sal salga simplesmente porque isso é da sua natureza. A luz ilumina porque é da sua essência. Nenhuma lei precisa ser imposta para fazer com que o sal e a luz cumpram o seu propósito. Se não salgar, não é sal. Se não iluminar, não é luz. O que Jesus está falando não é algo a ser acrescentado à prática de alguém, não se trata de uma ordem que torna alguém um religioso melhor. Jesus está se referindo à essência, à propriedade do que é ser um cristão. Embora não se saiba ao certo a autoria, a famosa oração da paz foi sendo identificada como a oração de São Francisco, talvez, por refletir o estilo de vida e a opção de Francisco. Ela reflete também, a inquietação que só pode partir de um coração genuinamente cristão, de alguém que sabe que não deve permanecer insípido e nem escondido debaixo de um balde virado:
“Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz.
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando, que se recebe. Perdoando, que se é perdoado e é morrendo, que se vive para a vida eterna!
Amém”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Admiro o amor que ele desenvolveu pela criação divina e criação artística. Demonstra refinada sensibilidade. Se a igreja tivesse seguido a risca alguns de seus ensinamentos não haveria a necessidade de existir o movimento Greenpeace por exemplo, pois, defenderíamos a natureza, por amor ao criador.
niño

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