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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sempre em Reforma

Protestantes do mundo inteiro lembram mais uma vez a Reforma acontecida no século XVI. Muitas instituições cristãs pelo mundo estão se preparando para os 500 anos de Reforma que acontecerá em 2017. Um dos princípios daquela reforma era que a Igreja deve permanecer em constante processo de reforma - Ecclesia reformata et semper reformanda est (igreja reformada sempre se reformando). As ideias de Martim Lutero tornaram-se uma ameaça aos interesses da igreja instituída na época. E, como ele foi expulso, procurou compreender e explicar a verdadeira natureza da igreja, pois a igreja medieval entendia que era ela mesma portadora do poder divino. Isso significava que era a igreja a portadora dos meios de salvação. Logo, ser expulso da igreja era cair em desgraça e ser excluído do próprio reino de Deus.

Foi assim que Lutero falou de igreja visível e igreja invisível. Além das instituições, existe a igreja como corpo místico de Cristo. Isso significa que a igreja como instituição humana (católica, Luterana, Presbiteriana, Assembleia de Deus, etc...) não pode ser identificada como a igreja verdadeira. A igreja é formada por aqueles que creem, a saber, aqueles que formam o corpo de Cristo. Esta somente Deus pode discernir. E, somente o pecado pode nos excluir da Igreja invisível. Quanto à igreja visível, representada pelas instituições, o fato de alguém ser excluído dela não significa, necessariamente, perder a salvação.

Assim, com todas as mudanças em curso, Lutero destacou aquilo que é essencial para o ser cristão e a igreja: a palavra de Deus nas formas da pregação e dos sacramentos do Batismo e da Santa Ceia, a fé, a Bíblia, a oração, o canto comunitário, o amor ao próximo e o sacerdócio gral de todos os cristãos. Sobre esta questão do sacerdócio geral (1 Pedro 2.9) Lutero ficou especialmente feliz, pois encontrou uma fundamentação bíblica contra a ideia de separação entre clero e leigos. Assim, Lutero pode combater com mais convicção a distinção hierárquica na igreja com suas ideias de que ali também existem chefes e superiores. Vê-se, portanto, que passados quase 500 anos, o princípio da igreja reformada sempre se reformando continua bastante necessário. O Evangelho de Jesus Cristo não é dependente e nem se deixa prender por estruturas humanas. O nosso primeiro exercício, portanto, deve ser sempre o de estar atento ao que o Espírito diz à Igreja!


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