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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Mais Médicos, Menos Cura

O termo evangélico está desgastado. O exemplo de tantas pessoas que se declaram evangélicas não é dos melhores. Não que os cristãos, de modo geral, tenham se afastado das práticas do amor, da caridade, da oração, da comunhão e da celebração comunitária. Mas, nas últimas décadas o Brasil testemunhou um vertiginoso crescimento de denominações que se declaram cristãs sem que sua ética reflita a tradição cristã. Líderes se autoproclamam pastores sem nenhuma formação especial, templos se tornaram cada vez maiores, os membros que antes formavam uma comunidade foram substituídos por frequentadores que, como clientes, buscam o melhor produto pelo menor preço. Mercenários da fé se espalharam pelo país atrás de uma prosperidade que gera cada vez mais pessoas desiludidas. A ganância e a cobiça fazem com que estratégias agressivas sejam empreendidas para saciar a voracidade dos “bispos”, “apóstolos” e “pastores” mediáticos.

 A corrupção vista na esfera política e nas organizações privadas, também está presente na igreja. Onde há pessoas, ali está o potencial para desvirtuar tudo. Cristãos familiarizados com a Bíblia e seus ensinamentos obviamente não se surpreendem. O verdadeiro cristianismo é realista quanto à natureza humana. A perfeição que muitos exigem daqueles que professam o cristianismo não existe. Como o próprio Jesus disse “não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes” (Mateus 9.12). E, neste sentido, doentes somos todos nós, crentes e não crentes, frequentadores ou não de uma comunidade cristã, “pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Romanos 3.23).

As novas igrejas não sabem mais tratar estes “doentes”. Elas não são os “hospitais” que as pessoas necessitam. Imagine que você precise de um médico. E, em vez de ele fazer um diagnóstico preciso, te examinando com cuidado e paciência, escutando seus sintomas, simplesmente dissesse que você deve tomar este ou aquele remédio! E, pior, aquela pessoa vestida de branco sequer é um médico de verdade. Simplesmente ele resolveu que era e montou o seu consultório. Ele é também dono da farmácia e do hospital. Este é o seu negócio. Como negócio, ele quer lucrar. Logo, seu foco não será mais a cura dos pacientes, a qualidade de vida de quem o procura. Tudo o que ele quer é que as consultas sejam pagas, os remédios de sua farmácia sejam vendidos e os leitos de seu hospital particular sejam ocupados.

Restaria alguma esperança para alguém que procurasse um “médico” assim? Os “crentes” das pseudo igrejas de nossos dias são perfeitamente capazes de agirem como “sacerdotes” mercenários ou, no dia a dia, em sua profissão, como médicos, advogados, políticos, engenheiros, comerciantes, empresários, etc sem nenhuma preocupação além daquilo que sua doença lhes permite enxergar como sendo normal! Ninguém mais os confronta com a cura. Igrejas socialmente irrelevantes produzem mais do mesmo!

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