Você alguma vez já parou para refletir sobre as razões que te levam as discussões e disputas com outras pessoas? No Evangelho de Lucas, encontramos os discípulos de Jesus numa discussão acerca de qual deles seria o maior (Lucas 9. 46). Essa disputa começou lá com os doze em volta de Jesus, mas até hoje o assunto ainda está bem presente. É claro que a maioria de nós não ousa falar assim tão abertamente sobre o caso e, muito menos nos atrevemos a reivindicar status assim, na ‘cara dura’. No entanto, basta prestarmos atenção a nossas motivações internas para logo concluirmos que sempre queremos ser o primeiro, o maior, o mais importante.
Jesus percebeu o que estava acontecendo. E Ele mais uma vez toma de exemplo uma criança para dizer que “aquele que entre vocês for o menor, este será o maior” (v. 48). Essa é a lógica desconcertante de Deus. Aliás, a lógica de Deus muitas vezes é totalmente sem lógica. É por isso que muitos sábios ensinam que as Escrituras são para serem ouvidas, precisamos meditar e acolher a Palavra em nossos corações. É meditar e deixar as nossas vidas se moldarem ao padrão de Deus. Mas, o que acontece? Nós queremos encaixar Deus dentro de um padrão aceitável à nossa própria lógica. Estamos sempre nos precipitando. Metemos os pés pelas mãos e nos orgulhamos de coisas que não fizemos. Estamos sempre em busca da grandeza, dos méritos, do aplauso e do elogio.
Jesus era realmente muito paciente e amoroso. Lidar com os discípulos não devia ser fácil. Era cada ‘furo’, cada pisada na bola! No texto de Lucas 9. 46 – 56 são três mancadas: 1) A ‘discussão entre os discípulos acerca de qual deles seria o maior’ – Vaidade. 2) “Mestre, vimos um homem expulsando demônios em teu nome e procuramos impedi-lo, porque ele não era um dos nossos” – Precipitação. 3) Ao verem que Jesus não foi recebido pelo povo, ‘os discípulos Tiago e João perguntaram: “Senhor, queres que façamos cair fogo do céu para destruí-los?”’ – Arrogância.
Esses discípulos eram mesmo umas peças! Conseguiam sair com cada uma! E Jesus sempre aproveita para ensinar algo novo. Ele não desistiu dos doze discípulos, mas insistiu com eles. E, logo depois, lá estão eles novamente tentando eliminar a concorrência e querendo mostrar serviço para ganhar uns pontinhos com o Mestre! Que reconfortante é descobrir esse Deus gracioso nas Escrituras. Ah! Como eu sou parecido com os discípulos quando se trata de pisar na bola e de dar mancada! Como é bom saber que o amor de Deus o faz insistir comigo! Pois Cristo “não veio para destruir a vida dos homens, mas para salvá-los”.
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