A auto-ajuda geralmente defende que o ser humano deve seguir seus instintos. Buscar dentro de si as soluções para a vida e planejar, ou, programar o futuro através das respostas encontradas no seu coração. As pessoas são orientadas na direção do “ter”, e não mais do “ser” ou “viver”. Consumimos livros buscando respostas fáceis, tentando resolver sozinhos os problemas. Focando somente o desenvolvimento pessoal, deixamos de unir-nos a outros seres humanos ou movimentos sociais para resolver os problemas em conjunto e solidariedade. Ignoramos que os problemas não são apenas pessoais e isolados. A humanidade é interdependente.
Os tempos atuais são caracterizados também por uma cultura terapêutica. O narcisismo, a consciência internalizada e a busca pela identidade levam as pessoas a perseguir o bem-estar pessoal. Nunca as pessoas procuraram tanto psicólogos, terapeutas e as chamadas terapias alternativas. Até mesmo as igrejas são influenciadas por essa tendência. As mensagens enfocam mais a cura dos males, a prosperidade e as emoções enquanto que tópicos importantes são relativizados. As mensagens e sermões servem meramente de entretenimento, com o objetivo de fazer as pessoas sentirem-se bem. O importante é 'casa cheia'. Conhecer as Escrituras em profundidade e ser relevante na sociedade pouco importam.
E a Bíblia? É também só um livro que mostra às pessoas como viver melhor? Martinho Lutero disse que sua consciência era cativa da Palavra de Deus. A Bíblia estava acima dos seus sentimentos e razões próprias. Existe uma diferença entre o princípio bíblico e a tese da auto-ajuda: “O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?” (Jeremias 17. 9). Se a maioria dos livros enfatiza o ser humano como todo poderoso e capaz de sozinho ajudar a si mesmo, a Bíblia é realista. Focando sinceramente a nós mesmos, a conclusão a que chegaremos não será muito diferente da descoberta do Apóstolo Paulo: “Miserável homem que eu sou!” (Romanos 7. 24). Leia esse texto adiante e verá que o Apóstolo encontrou reposta para seu dilema.
Sim, as pessoas podem e devem buscar na Bíblia palavras de ânimo, conforto, sabedoria, consolo e encorajamento. Pois, certamente encontrarão. Mas, isso acontece porque as Escrituras nos leva para além de nós mesmos. Revela-nos um Deus de amor, graça e misericórdia. Um Deus que nunca nos deixará sozinhos pelos vales da sombra da morte. Desafio você a ler e refletir ainda em João 8. 12 e 2 Timóteo 3. 16, 17.
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