
Todos nós já ouvimos exaustivamente falar a respeito do amor de Deus. Conhecemos também o supra sumo da lei: "Amar a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a si mesmo" (Mateus 22. 37 e 39). Porém, uma apreensão meramente intelectual não pode dar conta do real significado dessas verdades. Basta vermos o quanto é fácil exigirmos aquilo que não é exigível. Como querer que alguém me ame? O amor não se compra, não se barganha, não dá para reivindicar como direito. Tampouco é algo que preciso fazer por merecer. Qualquer relação baseada no que o outro pode oferecer em troca deixa de ser amor. Vira negócio. Não falo meramente de um amor romântico, dos enamorados. Mas, com tudo isso também não quero dizer que o amor seja condescendente. Logo se tornaria indiferença. Se aproximaria novamente da lógica da troca: 'não abordo para não chatear, não chateio para não perder a simpatia'.
Em que se baseia a vida cristã? O que é o discipulado? No Evangelho de Marcos encontramos Jesus estendendo um convite (ou seria uma convocação?) a doze pessoas. Sim, esse chamado implica numa missão. Eles receberiam uma tarefa. Mas, uma leitura mais atenta vai perceber um algo mais no texto: "Jesus subiu a um monte e chamou a si aqueles que ele quis, os quais vieram para junto dele. Escolheu doze, designando-os como apóstolos, para que estivessem com ele..." (Marcos 3. 13, 14). Jesus não estabelece critérios de seleção. Ninguém ali 'fez por merecer'. Primeiramente, Jesus chamou os doze para junto dele, para que estivessem com Ele. A autoridade daquelas pessoas viria de estarem com Jesus, de desfrutarem da intimidade do Mestre. Aquele grupo de amigos deu início a um movimento que revolucionou o mundo. Antes de qualquer tarefa, de qualquer grande missão, o desafio do discipulado consiste em viver sob a influência de Cristo. Isso acontece nos relacionamentos. A experiência de ser. Não podemos oferecer daquilo que não recebemos!
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