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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Os Selos do Apocalipse

O sexto capítulo do livro de Apocalipse apresenta a abertura dos seis primeiros selos. O relato da abertura do sétimo selo encontra-se mais adiante, no capítulo oito. Na época que João redigiu o Apocalipse os selos já eram utilizados no sistema de correspondência dos romanos. O selo representava um lacre inviolável. Ainda hoje sabemos muito bem qual a importância de um lacre. Uma vez rompido, significa que o produto pode ter sido corrompido e, o que é mais grave, por alguém que não tinha a autoridade para tal. Na antiguidade romana, o selo ou lacre marcavam a propriedade e, consequentemente, identificava quem tinha autoridade para abri-lo. Assim, o lacre garantia o sigilo e a proteção do conteúdo. Os testamentos, por exemplo, eram selados com sete selos. Por isso, quando João viu "na mão direita daquele que está assentado no trono um livro em forma de rolo escrito de ambos os lados e selado com sete selos", ouviu logo a seguir "um anjo poderoso, proclamando em alta voz: 'Quem é digno de romper os selos e de abrir o livro?'" (Apocalipse 5.1 e 2).
Muitas vezes a nossa tentação é responder a esta pergunta do anjo. Não o fazemos explicitamente. Porém, sempre que nos deparamos com as tantas tentativas de interpretação que procuram descrever detalhadamente os significados do livro de Apocalipse, é como se estivéssemos diante de alguém que respondeu ao anjo: 'Eu!' A tentação é a de querer saber mais do que o próprio João. O simples exemplo de como os selos eram utilizados na época do Império Romano já nos deveria alertar sobre tantas outras questões históricas e culturais que precisamos considerar para um bom entendimento da mensagem apocalíptica. Trata-se de um princípio que vale para toda a Bíblia.
Na verdade, nem mesmo João é aquele que tem a autoridade para abrir os selos. Ele apenas observava enquanto o cordeiro abria os lacres (confira Apocalipse 6.1). E, quem é o cordeiro? De acordo com a tradição bíblica, o cordeiro é identificado com Jesus Cristo (João 1. 29 e 36; Atos 8.32; I Pedro 1.19). Portanto, é ele o único com autoridade para abrir os selos. João recebe apenas aquilo que o cordeiro permite ser revelado. Na verdade, após a abertura de cada selo, aquilo que é revela para João é bastante enigmático para nós hoje. Inúmeras interpretações já foram dadas aos quatro cavaleiros, por exemplo, que surgem à medida que cada um dos primeiros quatro selos vai se abrindo. No entanto, o que permanece é muito mais mistério do que conclusões dignas de crédito.

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