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terça-feira, 23 de abril de 2013

As Escrituras

Existe muita confusão no que se refere à lei de Deus e a Bíblia. E, isso acontece especialmente porque para muitas pessoas a Bíblia não passa de um livro de regras. Infelizmente, devemos admitir, é assim também que muitos cristãos a tratam. Por isso, quando, por exemplo, escutam alguém argumentando contra o aborto, contra a eutanásia ou contra a homossexualidade, se defendem dizendo que deveríamos, então, seguir todas as leis da Bíblia. Com isso elas querem dizer que não é coerente seguir apenas algumas “regras” da Bíblia, mas, todas, como aquelas que falam em pena de morte por apedrejamento e etc. É um tipo de resposta que revela pouco conhecimento bíblico e teológico. Como já dissemos, muitas pessoas encaram a Bíblia como um livro religioso de normas que deveria ficar restrito aos adeptos desse tipo de leitura fundamentalista.

Uma leitura mais atenta, porém, revelará algo mais. Já entre os grandes reformadores como Martim Lutero e João Calvino, percebe-se uma distinção entre os aspectos moral, cerimonial e judicial da lei. Na literatura cristã e nos estudos teológico encontramos uma vasta gama de autores e pesquisadores que nos ajudam a compreender este aspecto. Portanto, não estamos sós diante das Escrituras. Além da comunidade de fé, temos também o testemunho e o trabalho sério de muitos outros cristãos na história para nos auxiliar. O estudo, a reflexão, o aprendizado, como temos dito, fazem parte da nossa natureza. Vamos nos empenhar e fazer bom uso desse talento!

O que estamos dizendo, então, é que existem, sim, aspectos da lei que encontramos na Bíblia e que estão obsoletos. Por quê? A resposta é que haviam leis que eram condicionados àquele tempo, povo e lugar a que o relato bíblico se refere. Lembremos novamente que a revelação de Deus não se dá num vácuo. Deus se revela a um povo, dentro da história e numa cultura específica. Logo, é necessário atenção a isto para não confundirmos a vontade de Deus com aspectos culturais, como costumes, ritos e até mesmo leis civis e judiciais daquele povo em questão. É aí que as ciências podem ajudar. A exegese e a hermenêutica bem como estudos históricos, geográficos, antropológicos e sociológicos dos tempos bíblicos tornam-se recursos indispensáveis para uma melhor compreensão da mensagem. Não nos esqueçamos, porém, que os estudiosos também são seres humanos pecadores. Como tais, podem buscar apenas reforçar seus pressupostos por meio de seu empreendimento científico. É por isso que a Bíblia não é um livro para ser interpretado e lido apenas individualmente. Deus revela a sua vontade para a comunidade. E, esta vontade é confirmada ou refutada pela realidade.

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