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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Uma Voz Que Chama

Se a palavra vocação significa, originalmente, um chamado, a pergunta lógica que faço é: quem chama? E, se vocação está ligado ao que fazemos, poderíamos perguntar ainda para quê sou chamado. Pois o chamado pressupõe, além de uma voz que chama, também uma missão. Compreendendo o meu envolvimento com a realidade como algo que possui algum significado, somente a fé num Deus que chama explica este significado. Posso fazer por fazer, realizar para ganhar dinheiro, elogios, reconhecimento pessoal. Mas, será que não existe algo maior? De maneira bem geral, o relato da criação, em Gênesis, fornece pistas sobre a missão humana. Deus, ao criar os seres humanos, confia-nos a responsabilidade de cuidar e cultivar esta boa criação.

Na teologia reconhecemos estas atribuições humanas como o mandato cultural de Deus. Dentre os verbos que denotam ação, uma responsabilidade confiada às criaturas racionais, nós encontramos: dominar, subjugar, sujeitar, multiplicar, nomear, cuidar e cultivar. Percebemos, portanto, o Deus criador chamando a todos nós para participarmos da criação, desenvolvendo todo o potencial deste mundo. Importante destacar que ao final do primeiro capítulo de Gênesis, Deus faz uma avaliação de todo o resultado de seu trabalho criativo: “Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom” (Gênesis 1:31). Logo, também as atribuições humanas e o fato de que as pessoas deveriam se envolver estava avaliado como algo bom.

A pergunta seguinte que precisamos fazer é: o trabalho que realizamos pode ser avaliado da mesma forma? O fruto de nosso envolvimento com a realidade produz algo bom? Se eu compreendo que toda a minha vida e aquilo que eu faço está conectado com algo maior, a perspectiva muda. Estou contribuindo com algo superior. Atendo ao chamado de Deus. Trabalhar não é pecado. Tampouco é um castigo que recebemos por sermos pecadores. Trabalhar é uma característica intrínseca ao ser humano. Ninguém conseguiria viver o tempo todo no ócio, sem produzir nada. Sentimos falta de nos ocuparmos com algo.

Se Deus é quem me chama e, se ele me chama para algo significativo, a um envolvimento responsável, que tipo de resposta eu estou manifestando? Pense na tua profissão, no teu trabalho... Você consegue enxergar aquilo que você faz como uma contribuição maior para a humanidade? Ou, estamos saindo da cama todos os dias apenas para cumprir uma obrigação enfadonha em troca do salário ao final do mês?

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