Um jovem de sucesso em busca de algo mais. Ele queria a eternidade. Como ele reconhecia em Jesus um mestre, foi a Ele e fez a pergunta: “Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna?” (Marcos 10. 17). Ele entendia a salvação como algo que EU conquisto. O jovem buscava a fórmula, o mapa, o manual a ser seguido para alcançar o seu objetivo.
Como será que os líderes, gurus e mestres das diversas religiões responderiam a pergunta do jovem rico? Eis uma questão interessante! Moisés provavelmente diria: Os 10 Mandamentos... Obedeça-os e será salvo. Maomé, por sua vez: basta acreditar num único Deus, rezar cinco vezes por dia, submeter-se ao jejum anual no mês do Ramadã, pagar dádivas rituais e efetuar, se possível, uma peregrinação à cidade de Meca. E Buda? “Todas as pessoas já estão salvas, mas, não percebendo esta verdade, cada um sofre no mundo”. Esforce-se para purificar o ego, pois ele é o problema que impede de percebermos a salvação. A salvação está em perceber que, na verdade, já estamos salvos. Outro líder dos tempos modernos diria: Boas obras; faça o bem, e assim nas próximas encarnações você será melhor. Você irá evoluindo até se tornar um ser elevado, perfeito... “Fora da Caridade não existe salvação”. Através de sucessivas reencarnações, pelos seus próprios esforços e pela prática das boas obras vai aprimorando-se a si mesmo até conseguir a salvação.
Voltando ao contexto cristão, temos as seitas que manipulam a Bíblia conforme interesses estranhos. Como elas responderiam ao jovem rico? A teologia da prosperidade: Vida eterna? O que é isso? Diga-me o seu problema que a gente já faz uma sessão de descarrego, você nos dá a sua oferta, compra umas rosas, uns sabonetes e uns lenços que a sua vida vai mudar. É aqui e agora...
E, por fim, as nossas próprias teologias confusas e meritocráticas. O contexto gospélico que cada vez mais se confunde com o sincretismo religioso brasileiro, o que diria? Ore pelo menos duas vezes por dia, jejua uma vez por semana, vá a igreja e participe de tudo que é programa que inventam lá, pára de pecar, não ouça mais música do mundo, faz um pacto com Deus, começa a chamar as pessoas de irmão e irmã, pergunta se ele ta na benção, deseje sempre a paz, ande com roupas de inverno mesmo que seja verão, dê o dízimo, fale em línguas, seja batizado nas águas, não durma na vigília, etc...
Com esse tipo de resposta, a pergunta do Jovem faz sentido: O que fazer? Todas essas respostas dizem bem o que fazer. Ele sairia satisfeito. Porém, na conversa com Jesus, o jovem “ficou abatido e afastou-se triste”.
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