Existe mesmo esse negócio de um dia mais correto da semana para o descanso? Seria o sábado? Ou o domingo é o melhor dia? No relato da criação lemos que “no sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou. Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação” (Genesis 2. 2, 3). Se quiséssemos determinar que o dia certo para guardar é o sétimo, estaríamos em situação complicada. Teríamos que fazer uma contagem regressiva dos dias a partir de hoje para o passado na tentativa de chegar ao primeiro dia. E, assim, conferir se no decorrer da história não houve nenhum erro ou equívoco. Só assim teríamos certeza de que o sábado dos dias atuais é mesmo o sétimo dia. No entanto, se nem mesmo o ano que consideramos estar em 2009 está certo, uma vez que Jesus não teria nascido no ano zero da era cristã, não há também como ter certeza sobre qual é o sétimo dia.
Também não importa qual seja o dia, seria impossível encontrar alguém que guarda corretamente um dia de descanso. Ninguém entre aqueles que defendem o sábado, o domingo ou até mesmo outro dia da semana fica sem fazer absolutamente nada naquele dia. Nem mesmo é capaz de guardar esse dia como reza sua religião ou pregam seus líderes. O dia do descanso não foi feito por causa de Deus ou do próprio sábado e, sim, por causa do ser humano (veja Marcos 2. 27 e 28). Toda e qualquer imposição religiosa que tem por fim dar ao fiel status de mais espiritual pelo mero cumprimento da regra é legalista. E, nenhum cumprimento da lei pode garantir a salvação a ninguém. Os méritos humanos não são capazes de comprar favores divinos. Várias vezes nos Evangelhos encontramos Jesus debatendo com os fariseus que em sua hipocrisia colocavam a lei acima do amor.
O Apóstolo Paulo escrevendo sobre a liberdade em Jesus Cristo diz o seguinte: “não permitam que ninguém os julgue pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma festividade religiosa ou à celebração das luas novas ou dos dias de sábado” (Colossenses 2. 16). Qualquer insistência na observância dessas cerimônias deixa de reconhecer o fato de que a lei já foi cumprida em Cristo. “Ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à Lei” (Romanos 3. 20). Não podemos diminuir a suficiência do sacrifício de Cristo na cruz. Ninguém é mais santo ou mais espiritual porque guarda esse ou aquele dia da semana. A salvação é graça de Deus que vem a nós pobres pecadores. Se dependêssemos do cumprimento de qualquer lei estaríamos perdidos. Graças a Deus pela salvação e liberdade que temos em Cristo Jesus!
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