O ser vivente surge no momento em que a “escultura” feita do pó da terra recebe o fôlego de vida (Genesis 2. 7). Por que é tão importante resgatarmos isso em nossos dias? Escutamos muitos relatos sobre fantasmas, espíritos, reencarnação, enfim, uma separação entre corpo e alma ou entre matéria e espírito. E, embora muitas pessoas tentem justificar essas idéias pelas Escrituras, a Bíblia não oferece base suficiente para esse tipo doutrina estranha. Na antiga cultura hebraica via-se a pessoa como um ser integral. Era assim que se concebia o ser humano, como uma unidade.
Embora já presente em outras culturas, a idéia que separa espírito e matéria se desenvolve na cultura grega. Com a mistura de antigas crenças pagãs e a filosofia de Platão ocorre o fortalecimento de questões que evoluíram para a conhecida doutrina da reencarnação. O Apóstolo Paulo também se viu confrontado com idéias que negavam a ressurreição. Para os gregos, a matéria era impura, portanto, má. Só o espírito é puro, mais elevado, correspondendo ao mundo ideal. Também o cristianismo sofre até hoje forte influência desta visão platônica. É na idéia da reencarnação, no entanto, que essa doutrina está mais presente em nossos dias. Os reencarnacionistas creem que para alcançar a perfeição (salvação) precisam libertar-se do corpo (a matéria má) e alcançar a pureza espiritual. A alma imortal precisa libertar-se do corpo mortal.
Enquanto que no cristianismo o inimigo a ser vencido é a morte (I Coríntios 15. 26), nas filosofias e doutrinas dualistas que separam matéria e espírito o inimigo é a matéria, o corpo, o físico... Logo, como alcançar a perfeição? Conclui-se que fica anulada qualquer possibilidade de redenção por meio de um Salvador. Cada um é responsável por sua própria peregrinação tendo que somar pontos através das obras de caridade. É um ciclo que segue até que a alma encontre a paz e a perfeição. Como uma vida pode ser curta para isso, o espírito pode reencarnar-se inúmeras vezes.
Como duas verdades opostas não podem ambas ser verdade sobre uma mesma questão, existem os debates e a apologia que cada filosofia ou religião faz de sua versão sobre as mais diversas questões da vida. Os cristãos crêem na ressurreição. E, a base mais sólida para isso é a ressurreição do próprio Jesus Cristo. Negar isso é negar a história. Nada mais poderia causar o impacto necessário para dar origem à igreja. Mas, o argumento histórico, por si só, não pode obrigar alguém a acreditar. Fato é que se Jesus não ressuscitou, isso tem implicações sérias para o mundo e a vida humana. É algo que vai além de meras crenças religiosas subjetivas e sem importância!
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