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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O Dilema Humano

Para os reformadores Martim Lutero e João Calvino estava claro que o ser humano é incapaz de seguir a vontade de Deus. Lembramos aqui, mais um vez, o dilema humano muito bem explicitado pelo Apóstolo Paulo: “tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo” (Romanos 7.18-19). Esta é uma verdade que podemos constatar se fizermos uma análise sincera de nós mesmos. Em quantas boas decisões que tomamos acabamos ficando só na promessa?

 Quando Deus revela a sua vontade nas tábuas de pedra (Êxodo 20), além de termos claro diante de nós a sua lei, somos confrontados também com a nossa incapacidade de cumpri-las. A nossa tentação é o de sempre criar as nossas próprias regras. Reconhecer o Deus criador e legislador acima de nós é demais para as pretensões de independência e autonomia que cultivamos. Por isso, diz o tolo em seu coração: "Deus não existe" (Salmo 14. 1). Como temos visto, a rebelião contra Deus é algo desde sempre. O tipo de mundo e sociedade que temos conseguido forjar com esta rebelião também é evidente.

A revelação da lei escrita de Deus faz parte do seu processo pedagógico para com o ser humano. Diante desta revelação só nos restam duas conclusões: somos falhos, limitados, finitos e incapazes de seguir esta vontade; a vontade de Deus é santa, boa, perfeita e agradável. Se pudéssemos viver segundo esta vontade, o mundo seria melhor para todos. Assim como respeitar a lei da gravidade é bom para a minha integridade física, não matar, não furtar e etc., é bom para o convívio social. Independentemente até, de relacionarmos isso a Deus, podemos constatar estas coisas pela simples observação da realidade. O problema é que confundimos a incapacidade de viver à altura ou, de não querermos isso, com a inexistência da norma. Como não queremos seguir certos preceitos, simplesmente os desprezamos, ridicularizamos ou relativizamos. Muitos, por quererem ao mesmo tempo, fazer as próprias regras e ainda manter uma ideia de Deus, recriam um deus caricato, à imagem e semelhança de suas próprias ideologias. Logo, não é mais Deus, e sim um ídolo que adoram.

Portanto, uma primeira função da lei é demonstrar que somos pecadores. E, assim, preparar o caminho para Jesus e a redenção. Somente diante da revelação da boa vontade de Deus é que podemos nos dar conta de que não estamos em condições de, por nós mesmos, cumpri-la. Como Paulo constata muito bem: “eu não saberia o que é pecado, a não ser por meio da lei. Pois, na realidade, eu não saberia o que é cobiça, se a lei não dissesse: Não cobiçarás’" (Romanos 7.7). É quando constatamos o que se espera de nós que ficamos face a face com as nossas deficiências. E, percebemos o quão distante estamos de Deus e de sua vontade. Logo, compreendemos o mal no mundo, muito mais do que um castigo, uma consequência de nossa corrupção.

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