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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O Fim das Escolas Especiais?

Temos acompanhado pelo noticiário a ocorrência de manifestações pelo Brasil contra o fechamento das escolas especiais. O fato é que há uma proposta para se votar pelo fim dos repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) às instituições que oferecem ensino especial. De maneira resumida, para o povo soava mais ou menos assim: o MEC quer acabar com as APAES. Parece ser o caso, mais uma vez, de pessoas querendo ditar o que é melhor para os outros sem estarem diretamente envolvidos com a matéria sobre a qual desejam legislar. Pais e educadores diretamente envolvidos com a questão demonstram-se contrários ao fim das escolas especiais. Caso emblemático é o do senador Wellington Dias (PT-PI), que é pai de uma adolescente autista. Apesar de ser do partido identificado ideologicamente com as propostas igualitárias, ele é um crítico ao texto da proposta. A chamada meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE) sofrerá uma nova redação graças à pressão popular.

Importante destacar ainda que estas escolas oferecem muito mais do que um mero passatempo às crianças e jovens assistidos. Sem falar de muitos adultos com necessidades especiais e que também tem recebido assistência nestas escolas. É simplesmente impressionante como num país onde a educação é tratada com tanto desleixo, quando surgem novas propostas, estas apontarem na direção de acabar com aquilo que ainda funciona. Qual seria a ideologia por trás de tais medidas? Com quais argumentos esse tipo de matéria é proposta? O que seria de fato uma educação inclusiva? Faz algum sentido brincar com as pessoas e formular palavras bonitas quando não existe o mínimo para se garantir uma educação digna aos brasileiros? Como simplesmente obrigar os pais de alunos especiais a colocarem seus filhos nas instituições de ensino regular quando estas não recebem do Governo subsídio, suporte e estrutura adequados?

Enquanto por um lado se critica o nivelamento e o tratamento massificante na educação, por outro querem nivelar ainda mais? As pessoas não são todas iguais e requerem, sim, uma atenção diferenciada. Aceitar isso não é nenhum crime e nem pode ser rotulado como preconceito. Qualquer pai ou mãe que tenha mais de um filho já sabe que as crianças são diferentes, aprendem de formas diferentes e requerem uma atenção individualizada. O Brasil é especialista em criar e aprovar leis. Será que não seria possível criar primeiro projetos modelo, testar as ideias antes de sair propondo leis? Já está mais que provado que a maioria das leis no Brasil “não pegam” ou simplesmente pioram as coisas por ignorarem completamente a verdadeira realidade das pessoas.

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