A Ti, das profundezas de meu coração, tenho dedicado altares festivos para que, em cada momento, Tua voz me pudesse chamar.
Sobre esses altares estão gravadas em fogo estas palavras: ‘Ao Deus Desconhecido’.
Seu, sou eu, embora até o presente tenha me associado aos sacrílegos.
Seu, sou eu, não obstante aos laços que me puxam para o abismo.
Mesmo querendo fugir, sinto-me forçado a serví-Lo.
Eu quero Te conhecer, Desconhecido.
Tu, que me penetras a alma e, qual turbilhão, invades a minha vida.
Tu, o incompreensível, mas meu semelhante, quero Te conhecer, quero servir só a Ti”.
Um comentário:
Coloco aqui o comentário de um amigo (cristao católico)em meu blog. Acho que tem tudo a ver com essa oraçao (que também já postei em meu blog).
Mas tb li muito Nietzsche. E creio que a sua utopia era tão radical que o levou à loucura. Comparo a sua loucura à "loucura do amor evangélico". Sim, aquela em que se dá a vida pelo irmão, em que se ama até, e prioritariamente, o inimigo. Cito isto por te saber estudioso da Bíblia.
O ateísmo de Nietzche era um mal disfarçado amor pela humanidade, que queria ver transformada radicalmente, numa transvaloração da própria cultura. Se é isso mesmo que entendi...
Bem, pena que o caminho da vontade
de poder não era o mais indicado...
Sei que você nao concorda com o "todo" do texto. Mas até por essa oraçao é possível ver que Nietzsche tinha boas intençoes, ao contrário do que fundamentalistas cristaos e ateus (agnósticos) querem fazer parecer.
Abraço.
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