A nossa geração não se sente desafiada a refletir e debater os grandes assuntos em pauta. Preferem manter-se numa posição de expectadores, assistindo o que acontece. Leem os textos, livros e artigos. Assistem aos programas e admiram as idéias originais, os posicionamentos, as críticas ácidas daqueles que ousam expor suas idéias. Absorvem tudo sem questionar a coerência ou a viabilidade das propostas. Repassam os textos num 'copiar + colar' precipitado enquanto as apresentações de power points lotam nossas caixas de e-mail. Se antes a sabedoria e a fonte de inspiração estavam na poesia, filosofia e livros como a Bíblia, agora é só ir no Google e digitar a palavra mensagem e tudo está resolvido. Grupos de estudo e debate foram substituídos por: "se você gostou dessa mensagem repasse para os seus amigos". As redes sociais na internet costumam oferecer fóruns de interação. Você já notou quais os assuntos costumam 'bombar'?
Se você tem alguma curiosidade de saber quais são os assuntos que mais interessam às pessoas, 'pergunte' ao Google. Os termos mais pesquisados não chegam a ser surpresa. A vida das celebridades interessa e interessa muito, basta ver o sucesso dos programas de fofoca na televisão. Saber o que vai acontecer no próximo capítulo da novela ou com quem aquela atriz famosa está 'de amasso' no momento é mais importante do que questões políticas sobre o próximo presidente da república, por exemplo. Quando se trata de política, meio ambiente, saúde, educação, segurança, etc., poucos tem o que dizer. Mas, experimente perguntar quem vai ganhar a copa do mundo! A grande questão é: como nós estamos nos deixando emburrecer tanto sem nos darmos conta? A quem interessa uma população alienada enquanto alguns poucos definem os rumos da humanidade?
Essa alienação é percebida por poucos. Entre os que percebem, a maioria ainda a defende. Participar do debate é menos interessante do que justificar-se em sua cômoda posição. Logo, a famosa frase 'este mundo está perdido' ganha força. Típica frase chavão de uma cultura avessa a pensar alternativas. É como se as coisas fossem assim e pronto. Alguma força ou 'mão invisível' comanda tudo e nada pode ser feito. O mundo vai se acabar mesmo, então, vamos aproveitar o que dá. Como eu não penso, também não espere que eu acredite em propostas de transformação, libertação e edificação de algo. Eu sou um cético. Aliás, eu só quero é ser feliz! Pensando bem... Ái! Talvez não tenha sido muito diferente em outras épocas. O que surpreende é que seja assim naquela que é conhecida como 'a era do conhecimento'.
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Um comentário:
Um site muito bom .. Obrigado ..
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