No diálogo com as pessoas é comum que façamos perguntas. É assim que buscamos interagir. Perguntas demonstram interesse e desejo por dialogar. As perguntas são importantes também porque nos ajudam a aprender algo novo. Seres humanos são curiosos por natureza e isso nos leva a questionar. Diversas podem ser as intenções por trás de uma pergunta.
No tempo que Jesus Cristo viveu na terra Ele despertou muitos sentimentos, emoções, curiosidade e interesse nas pessoas. No diálogo com Jesus ou, a respeito dEle, as perguntas também eram comuns. Entre aqueles que saiam para ouvir a mensagem anunciada por João Batista no deserto estavam pessoas comuns do povo, cobradores de impostos e soldados. Após serem impactados pela mensagem muitos destes perguntavam pelo que deveriam fazer. Certa vez, um jovem muito rico que estava preocupado com a morte, chega a Jesus com a pergunta: “que farei para herdar a vida eterna?”(Lucas 18. 18). Após a multiplicação dos pães e peixes, quando Jesus apresenta-se como o pão da vida, o povo pergunta: “O que precisamos fazer para realizar as obras que Deus requer?” (João 6. 28). Todas essas são perguntas sinceras onde as pessoas realmente queriam uma resposta aos anseios do coração. Mas, havia também os religiosos entendidos nas leis que faziam os seus questionamentos. A diferença na pergunta deles está na intenção. Eles não queriam aprender. Não estavam realmente em busca de uma resposta. Na maioria das vezes estavam apenas querendo testar Jesus. Queriam debater e argumentar pelo simples prazer de mostrar o quanto sabiam.
Num dos debates com um desses mestres da lei Jesus concluiu a conversa contando a parábola do Bom Samaritano (Lucas 10. 25-37). O religioso quis testar Jesus com a pergunta: “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna?” Como a resposta de Jesus incluía o amor ao próximo, o fariseu quis levar a conversa adiante: “E quem é o meu próximo?” Religiosos, fariseus, hipócritas são assim. Perdem-se em debates intermináveis, dão voltas e mais voltas para se justificar. Quando ouvem o que precisam ouvir, fingem não entender e lançam outra pergunta. E, como aquele debate não ia levar a nada, Jesus busca a linguagem do coração. Ele conta uma parábola. O relato sobre o Bom Samaritano vai responder às questões que o povo simples ali presente trás no coração. Se o perito na lei também prestou atenção, percebeu que a ênfase daquilo que Jesus lhe disse está na ação: “Faça isso, e viverá”. E, mais uma vez ao terminar a parábola: “Vá e faça o mesmo”.
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