Um dos temas com o qual tenho me ocupado em minhas leituras ultimamente é Cosmovisão. O que é Cosmovisão? No livro O Universo ao Lado, James Sire trás a seguinte definição: "Uma cosmovisão é um comprometimento, uma orientação fundamental do coração, que pode ser expressa como uma história ou um conjunto de pressuposições (hipóteses que podem ser total ou parcialmente verdadeiras ou totalmente falsas), que detemos (consciente ou subinconscientemente, consistente ou inconsistentemente) sobre a constituição básica da realidade e que fornece o alicerce sobre o qual vivemos, movemos e possuímos nosso ser" (p. 16).
No livro, que eu recomendo, o autor discorre sobre as principais visões de mundo: o teísmo cristão, o deísmo, o naturalismo, o niilismo, o existencialismo e outros. Cada visão de mundo implica numa maneira própria de encarar a realidade, interpretar a vida e apresentar a solução aos desafios colocados. A grande questão é: Todas as cosmovisões, mesmo sendo diferentes, oferecem respostas válidas às grandes questões da vida?
Uma dessas grandes questões, por exemplo, é sobre o ser humano. O que é o ser humano? Seria uma máquina altamente complexa? Ou, um deus adormecido? Seria uma pessoa feita à imagem e semelhança de Deus ou apenas um símio nu?
Discorrendo sobre o teísmo cristão, Sire diz que "a personalidade é a principal característica no tocante aos seres humanos, assim como, acho justo dizer, é a característica principal sobre Deus, que é infinito tanto na sua personalidade como em seu ser. Nossa personalidade está fundamentada na personalidade de Deus. Isto é, encontramos nossa verdadeira morada em Deus e por meio de um íntimo relacionamento com ele. "No coração de todo homem há um vazio com o formato de Deus", escreveu Pascal. - "Nossos corações não descansam até encontrarem repouso em Ti", escreveu Agostinho.
Como Deus satisfaz nosso desejo supremo? Ele o faz de diversas maneiras: sendo o encaixe perfeito para a nossa própria natureza ao satisfazer nossos anseios por um relacionamento interpessoal, ao ser, em sua onisciência, o fim de nossa busca por conhecimento, ao ser, em seu infinito ser, o refúgio para todos os nossos medos, ao ser, em sua santidade, o alicerce justo de nossa busca por justiça, ao ser, em seu infinito amor, a causa da esperança da nossa salvação, ao ser, em sua infinita criatividade, tanto a fonte de nossa criativa imaginação quanto a suprema beleza que buscamos refletir quando criamos algo" (p. 35 e 36).
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