Apesar de muitas pessoas acreditarem que não existe mais escravidão, fato é que no mundo, principalmente em regiões da Ásia e da África, essa prática persiste em pleno século XXI. Existe, inclusive, uma ONG chamada Christian Solidarity International (Solidariedade Cristã Internacional) com sede na Suiça, que trabalha para libertar pessoas, especialmente crianças, vítimas do trabalho escravo. Sua estratégia consiste basicamente em arrecadar dinheiro para comprar escravos e depois libertá-los. Embora louvável e bem intencionado, o projeto recebe críticas por estimular ainda mais um negócio hediondo. Sem entrar nesse mérito, fato é que a iniciativa nos remete ao antigo significado da palavra redenção.
Originalmente, a palavra redenção apontava para o preço a ser pago para comprar de volta um escravo, tornando-o livre pelo pagamento de um resgate. Este é um livramento que depende de um redentor. A ideia de um resgatador, quando falamos no contexto religioso, parece, para alguns, como algo muito fácil e cômodo para aquela pessoa que é resgatada. Porém, imagine a situação de pessoas fragilizadas, amedrontadas, à mercê de homens poderosos, providos de armamento e dinheiro! Imagine quantas são as situações na vida real em que alguém se encontra fragilizado, dependendo da intervenção de alguém outro para poder reerguer-se! É verdade que Deus criou o ser humano com liberdade e responsabilidades diante da Criação e da vida. Porém, dentre as tantas coisas que nós não conseguimos realizar sozinhos, entre elas está a principal. Não podemos alcançar por nós mesmos a salvação. Precisamos de um resgatador.
Apesar de toda confusão que tantas falsas doutrinas sob o rótulo de cristão e evangélico tem causado, a grande e definitiva intervenção divina se deu em Jesus Cristo na Cruz e na ressurreição. Mais do que um milagreiro, um grande profeta, um guru ou guia espiritual Jesus é o redentor. Somos todos escravos, cativos do pecado. Ora, se o preço para nos libertar do pecado é a morte (Romanos 6. 23), então, somente alguém sem pecado poderia pagá-lo. E, esse alguém é Jesus, que afirmou: “eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (João 10. 10).
Muitas doutrinas se espalham afirmando que a salvação é uma conquista pessoal. Mas, onde fica Deus no processo de salvação que depende apenas de nós mesmos? Se é tudo com o indivíduo, pra que Deus, então!? Não. O ser humano por si só não é capaz de salvar a si mesmo. Dependemos de Deus e do seu amor, da sua maravilhosa graça. Ele nos perdoa. Liberta-nos da culpa. Resgata-nos do ciclo do pecado.
O preço foi pago (I Coríntios 6. 20). Você está livre (João 8. 36).
Um comentário:
Nós fazemos prisioneiros de nosso próprio egoismo, orgulho. Tenha um abençoado sábado.
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