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domingo, 25 de março de 2012

Evangelização e Proselitismo

A palavra evangelização é bastante comum no contexto do cristianismo. Proselitismo, por sua vez, já é mais comum no âmbito social e religioso em geral. Em sua origem, proselitismo vem de prosélito que significa “alguém que chegou”. Reflete a ideia de alguém vindo de outro lugar. No contexto do hebraico antigo seria um estrangeiro vindo de outro lugar que, num sentido religioso, significaria um estrangeiro convertido. Popularmente, hoje, proselitismo seria o esforço proposital de fazer convertidos a alguma fé religiosa, ou a alguma ideia ou mesmo partido político. A evangelização é comumente considerada como a ação de pregar o Evangelho. Esse é o sentido com que os cristãos utilizam o termo, significando, anunciar, em palavras e ações as “boas notícias”. Evangelização, no entanto, é uma palavra que já é utilizada também para se referir a mais do que o anúncio do Evangelho. Se ser evangelizado significa ser submetido à mensagem do Evangelho, então, evangelização pode ser todo esforço de convencer (persuadir) alguém a “chegar”. Logo, poderíamos dizer que todo esforço de evangelização é um empreendimento que se caracteriza como proselitismo?

Toda a realidade que conhecemos consiste em discursos que concorrem para persuadir os ouvintes. Portanto, cada um de nós, todos os dias, está sendo “evangelizado”. Você é evangelizado enquanto assiste à novela ou a um filme, enquanto lê um jornal, livro ou revista. Você é evangelizado pelo seu professor, pelos seus amigos, pelos sites que visita e lê, pelas propagandas e, até, pelas mensagens religiosas, sejam quais forem. Toda mensagem trás uma intenção proposital de convencer sobre algo. Tudo o que você escuta o tempo inteiro é um discurso tentando persuadi-lo para uma visão de mundo ou, uma verdade. Não existe campo neutro. Pois todo portador de uma mensagem está religiosamente comprometido com uma visão de mundo e de realidade. As pessoas “evangelizam” porque acreditam piamente naquela verdade ou porque podem obter alguma vantagem com isso. Logo, esse esforço de persuasão pode ter intenções nobres (conheço algo, sei de uma coisa que pode ser libertador e quero que outros experimentem isso) ou, não tão nobres (enganar para obter vantagem à custa dos outros).

Agora, pensemos: sempre que você discorda de alguém e, até o acusa de proselitismo, o que está em jogo é uma postura, uma ideia, uma proposta diferente e com a qual, geralmente, você não concorda. Ao discordar, porém, e rotular o outro de proselitista, você não estaria agindo pelas mesmas motivações? Ou seja, em vez de ser aquele que “chega” à posição do outro você, na verdade, gostaria que o outro “chegasse” à posição que você sustenta. Dificilmente alguém que está convencido de uma verdade deixará de se esforçar para convencer outros sobre essa verdade, mesmo que esta verdade consista na máxima de que não existe verdade. Ah! Você acabou de ser “evangelizado”... de novo!

3 comentários:

Anônimo disse...

Grande verdade Rodomar. Muito bem colocado. Abraço.

António Je. Batalha disse...

Passei e vi seu blog e gostei, quero deixar um convite: Isto é, se o desejar, gostava que fizesse parte dos meus amigos virtuais no meu blog Peregrino e Servo, mas não se sinta coagiado a seguir, faça-o porque quer fazê-lo. É um blog evangélico, falamos de várias coisas, e é a intenção ajudar a cada pessoa a ser mais feliz, este blog foi feito a pensar na sua felicidade, pretende também aproximar mais a criatura do seu Criador.Decerto vou retribuir. Obrigado.

Ivani Medina disse...

A respeito de proselitismo tenho uma boa história.

http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/e-o-mundo-ocidental-quase-foi-judeu

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