Na época do antigo império romano existia na Ásia uma cidade chamada Éfeso. É onde atualmente fica a Turquia. Éfeso era a mais importante cidade comercial da Ásia Menor, capital da Ásia provincial e protetora do templo de Ártemis (a deusa romana Diana). Todos se orgulhavam dos impressionantes monumentos históricos da cidade. O templo de Ártemis se destacava. A moeda local tinha esculpido ‘Guardiã do templo’, pois era assim que a cidade era conhecida. Esse templo era na época, uma das sete maravilhas do mundo. Éfeso era uma das mais famosas e populosas cidades da Ásia. Tinha uma população de cerca de 350 mil habitantes. Sua localização estratégica próximo ao Mar Egeu fez com que a cidade se tornasse importante rota comercial graças ao grande porto em torno do qual a cidade se organizou. O seu teatro comportava 25 mil pessoas sentadas. A cidade era também orgulhosamente chamada de ‘A Luz da Ásia’.
Guardadas as devidas proporções, principalmente as diferenças culturais e históricas, Éfeso se assemelha em muito com nossas cidades pós-modernas. Cidades de médio porte, com muito comércio, exploração, imperialismo, religiosidade de todos os tipos, gente procurando se dar bem a qualquer preço, miséria, orgulho de um passado que não volta mais, o povão servindo como massa de manobra aos políticos e poderosos sem escrúpulos, etc... Num contexto assim, tudo que possa ameaçar as forças opressoras que estão levando vantagens terá que ser eliminado (ou comprado). Só para ficar em um exemplo, O templo de Ártemis em Éfeso dava lucro. Muita gente passava por ali e levavam algum suvenir de lembrança. As miniaturas do templo confeccionadas em prata vendiam como água no deserto. O povo consome objetos sagrados de uma forma impressionante! Inúmeros templos se multiplicam até hoje nesse ramo de negócios que rende milhões.
A coisa em Éfeso começou a esquentar quando um certo Paulo chegou acompanhado de uns amigos ensinando algumas coisas diferentes. “Paulo entrou na sinagoga e ali falou com liberdade durante três meses, argumentando convincentemente acerca do Reino de Deus” (Atos 19. 8). Como muitos se opuseram, Paulo alugou uma escola e ali passou mais dois anos ensinando. A partir desse trabalho de Paulo muita coisa começou a mudar na cidade: pessoas foram libertas, curas e milagres aconteceram, muitos abandonaram as práticas antigas, houve confissão e arrependimento, famílias eram reestruturadas, enganadores e aproveitadores foram desmascarados, livros, amuletos e todo tipo de material sobre ocultismo foi queimado e o nome de Jesus era engrandecido. O Evangelho libertador de Jesus trouxe transformação. Inevitavelmente, para alguns, os negócios começavam a piorar. Pois é, o Evangelho não tem muito a ver com negócios e comércio...!
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