Ainda hoje Igreja é confundida com denominação, religião e principalmente o templo. A figura do templo foi bem forte na época anterior a Jesus Cristo. Mesmo depois de Cristo e seus primeiros discípulos terem ensinado que a Igreja são as pessoas que formam a comunidade de fé, muitos ainda a confundem fortemente com instituições e prédios específicos. Os templos hoje deveriam ser lugar onde a igreja se reúne para orar, adorar e celebrar o amor de Deus. Um espaço também de comunhão entre os irmãos na fé. Richard Wurmbrand no livro "Alcançando as alturas" explana sobe o episódio onde Jesus entra no templo e expulsa os mercenários. A casa de oração não deveria ser conhecida como um covil de ladrões e mercenários.
Muitos cristãos estão insatisfeitos com as suas igrejas. Isto era de se esperar em vista do trabalho de autodemolição que bispos e pastores sem fé tem feito na igreja. Será que Jesus chamaria essas igrejas modernas de "covis de ladrão"? Ou, talvez, ‘agencia de mercenários’? Quantos "ladrões" havia na casa de oração? Alguns dos mais altos líderes do templo eram desonestos e traziam má reputação para o templo. Mas no meio dos sacerdotes e do povo em geral havia muitas pessoas consagradas. Zacarias, um sacerdote, e sua esposa, Isabel, pais de João Batista, "ambos eram justos diante de Deus". Eram justos no covil de ladrões. Simeão, movido pelo Espírito foi ao templo (ao covil de ladrões). Portanto, o Espírito Santo trabalha nos templos (na Igreja), mesmo quando eles se tornam em covis de ladrões.
Um publicano (agente cobrador de impostos a serviço do imperialismo romano) foi ao templo, ao "covil de ladrões", e não teve coragem de continuar na sua vida de pecado. Ao contrário, batia no peito, dizendo, "Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador". Este homem desceu justificado para sua casa (Lucas 18. 13).
Portanto, um homem pode achar a salvação até mesmo num templo que se deteriorou ao ponto de se tornar covil de ladrões. Mas, as exceções não impediram Jesus de se indignar e entrar no templo para purificá-lo. O templo judeu não era uma igreja morta ou apóstata. Era um covil de ladrões que o Messias não tinha abandonado, aonde ele ia adorar, onde os rituais ordenados por Deus eram realizados, onde a lei podia ser cantada e onde havia muitos santos.
Procure os santos da sua igreja também. Não abandone a igreja, nem por descuido nem por negligência. Melhor ainda, seja um santo. Deixe que Deus faça de você um instrumento de purificação da Igreja dos nossos dias.
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