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domingo, 25 de maio de 2008

Entre Dois Senhores

quem se utiliza da religião para obter lucro ou qualquer outro benefício
irá sempre se opor ao anúncio da Palavra de Deus

Com a chegada do Apóstolo Paulo e seus amigos anunciando o Evangelho na cidade de Éfeso, algumas coisas começaram a mudar. Muitos vêem suas fontes de lucro ameaçadas. Por isso, quem se utiliza da religião para obter lucro ou qualquer outro benefício irá sempre se opor ao anúncio da Palavra de Deus. O amor gracioso de Deus é libertador e comunitário. Jesus jamais tolerou que o templo ou o nome de Deus fossem utilizados para proveito individual, ou, para alguém alcançar posição de poder ou obter maiores rendimentos financeiros.

O Evangelho liberta as pessoas da sede por riquezas e bens materiais, liberta da escravidão aos ídolos e da dependência por objetos sagradas. Um enorme mercado religioso se cria em torno da idolatria, da alienação causada pelo pecado, da exploração da boa fé das pessoas. E, quando o Evangelho chega decretando o fim de toda dependência, verdadeiros principados e potestades sentem-se ameaçados no seu poder escravizador. A oposição a Cristo então se levanta. Surgem as ameaças, as intimidações, os boicotes, pessoas inescrupulosas tentando de todas as maneiras resguardar a sua fonte de segurança.

Essa dependência nós também encontraremos nas igrejas cristãs. Muitos dependem do seu ministério, de um cargo de liderança, de um serviço que prestam para, assim, sentirem-se úteis e importantes. Encontram na estrutura da igreja a oportunidade de status e poder. Logo, o serviço deixa de ser o amor ao próximo para ser algo que trás algum mérito pessoal: reconhecimento, elogios, gratificações, oportunidade de decidir sobre a vida das pessoas, a chance de freqüentar certas rodas, algo para ocupar o tempo e o coração vazios... Vive-se dentro da estrutura eclesiástica, aparentemente tão perto de Deus, porém, ao mesmo tempo, tão longe. Aquilo que deveria ser o ambiente comunitário de amor e liberdade no reino de Deus acaba se transformando numa arena de disputas de poder entre egos inflamados. Então, também ali, o Evangelho que deveria ser algo natural e bem vindo, passa a ser ameaça. O Cristo é imobilizado e ignorado. O Evangelho que me desestabiliza, que ameaça a minha segurança física, emocional, social e financeira, não é bem vindo.

Todo esse contexto de idolatria que alimenta a indústria religiosa, seja hoje ou no tempo da antiga cidade de Éfeso, me lembra as palavras de Jesus no sermão da montanha onde Ele diz que “ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mateus 6. 24). Dois senhores: Um é Deus. E o outro? Não se trata de uma estátua ou qualquer imagem, um objeto, uma pessoa em si, um local, algum templo... Todas essas coisas são apenas manifestações físicas. São as formas que encontramos para simbolizar o deus a quem servimos.

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